quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Entre gafe com Parreira e exaltação, Marin explica 'não' a Tite e Muricy

Presidente da CBF dá a entender que não quis prejudicar Corinthians, por causa do Mundial, e Santos, que já tem Neymar sempre na Seleção

Por Alexandre Aliatti e Vicente Seda Rio de Janeiro
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O discurso do presidente da CBF, José Maria Marin, na apresentação de Luiz Felipe Scolari como novo treinador da seleção brasileira foi marcado por um tom patriótico, explicações e algumas gafes. Em um hotel no Rio de Janeiro, Marin explicou a escolha do novo treinador, falou de alternativas, exaltou a fama internacional de Felipão e do coordenador técnico Carlos Alberto Parreira. Mas trocou o nome do tetracampeão duas vezes (chamou de "Antônio Carlos Parreira" e de "Carlos Alberto Parreiras") e se queixou de algumas reações aos nomes escolhidos.
- Lamento profundamente porque nós, brasileiros, algumas vezes não reconhecemos o idealismo de outros brasileiros. Precisamos dar valor às nossas coisas, aos nossos patriotas, e a nós mesmos. Se um Felipe Scolari, um Parreira, são conhecidos e respeitados no mundo inteiro, mesmo aqueles que não concordam, pelo menos respeitem o passado e os feitos realizados pelos dois homens escolhidos pela Confederação Brasileira de Futebol - reclamou exaltado, no fim da coletiva.
Ao abrir o evento, Marin fez um discurso explicando por que não escolheu Pep Guardiola (mesmo sem citar no nome do espanhol). O dirigente elogiou diversos técnicos brasileiros e explicou que Tite e Muricy foram descartados por motivos específicos, dando a entender que não quis prejudicar Corinthians e Santos no momento:
- Vamos falar do treinador Tite, do Corinthians. Tornou realidade o grande sonho de milhões de corintianos. A conquista da Libertadores. (...) Queremos que o Corinthians no estrangeiro, o seu treinador, a sua equipe, tenham a maior tranquilidade. Que o foco do treinador, a sua concentração, esteja voltada exclusivamente para esse título. (...) Temos Muricy Ramalho. Grande treinador com grandes conquistas e trabalho no exterior também. O Santos, através do seu presidente Luis Álvaro, tem dado grande colaboração à Seleção, cedendo aquele que é considerado o maior jogador do momento. O garoto Neymar. Já nos deu Neymar, não queremos desfalcar o Santos do seu técnico.
felipão scolari josé maria marin e Parreira marco polo del nero e rubens lopes coletiva brasil (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Del Nero (federação paulista), Felipão, Parreira, Marin e Rubens Lopes (federação do Rio) durante a apresentação da nova comissão técnica da Seleção  (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Com Parreira, Marin cometeu duas pequenas gafes. Chamou o coordenador de "Antônio Carlos Parreira" e de "Carlos Alberto Parreiras" em momentos diferentes da coletiva. A seguir, elogiou todos os nomes especulados para a Seleção, do espanhol Pep Guardiola ao treinador do Corinthians, Tite. E surpreendeu ao falar de Andrés Sanches, ex-diretor de seleções - cargo que foi extinto de sua saída -, que oficializou sua demissão após ser voto vencido na demissão de Mano Menezes e na escolha do novo treinador - queria ver Tite à frente da seleção. Sanches afirmou que não queria ser a "rainha da Inglaterra". Marin não rebateu:
- Antes de encerrar, quero tornar públicos meus sinceros agradecimentos ao Mano Menezes, à comissão técnica e ao meu amigo Andrés Sanches. As portas da CBF sempre estarão abertas a ambos. Desejo felicidades a todos eles e torno a insistir, as portas da CBF sempre estarão abertas.

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