Carro de batida com mortes no Dakar é de equipe com mutilados de guerra
Veículo que colidiu com táxi no Peru transportava time Race2Recovery, formado por militares feridos em conflitos no Afeganistão, Golfo e Malvinas
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dias antes do acidente (Foto: Divulgação)
A batida aconteceu após o quinto dia de competições da edição 2013 a 10km da fronteira com o Chile. A Land Rover que transportava três integrantes da equipe colidiu de frente com um táxi, resultando na morte de um motorista e um passageiro. Um outro táxi tentou desviar do acidente e acabou capotando. Ao todo, dez pessoas ficaram feridas.
Um homem não se mede pela forma como cai, mas sim pela forma como se levanta"
Tony Harris,
chefe da Race2Recovery
chefe da Race2Recovery
Eles foram transferidos para um hospital de Tacna e depois transportados para outro hospital em Lima, capital do Peru. Segundo a assessoria, os integrantes estão conscientes, com quadro estável e não correm risco de morte.
- Nossos corações estão com as famílias e parentes daqueles que morreram neste trágico acidente. Oferecemos nossas condolências e solidariedade. Toda nossa equipe foi recebida com muita amizade e simpatia do povo peruano desde que chegou para o Dakar – disse Tony Harris, capitão da equipe.
Duas pessoas morreram no acidente envolvendo dois táxis e o carro do time (Foto: Reprodução / Libero.pe)- Decidimos antes mesmo de começarmos que continuaremos com nosso esforço. O acidente é, obviamente, um choque enorme, mas sabemos que temos a benção dos feridos. Eles querem que o time chegue ao fim da competição – completou.
Time conta também com ex-soldados com danos psicológicos e problemas respiratórios
Integrantes
da equipe Race2Recovery: Phillip Gillespie, Tom Neathway, Tim Read,
John Winskill, Andrew Taylor, Whittingham Daniel, Mark Zambon e Tony
Harris. (Foto: Divulgação)A Race2Recovery possui 28 integrantes. Dentre eles, não há apenas ex-militares que perderam membros em conflitos, mas também soldados que possuem lesões na coluna, danos psicológicos e problemas respiratórios decorrentes de guerra, além de voluntários civis. O time é composto, em sua maioria, por britânicos, exceto o francês Derousseaux Cathy (co-piloto de Harris) e os norte-americanos Mark Zambon e Tim Read.
A equipe também compete para arrecadar fundos para o Centro de Recuperação Casa Tedworth, que presta terapia física e psicológica a soldados para reintegra-los à sociedade. Antes de embarcar para o Dakar, o chefe Tony Harris declarou em entrevista ao jornal peruano “La Republica” que “um homem não se mede pela forma como cai, mas sim pela forma como se levanta”. Palavras ainda mais importantes neste momento difícil enfrentado pela equipe.
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