quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Eletrobras efetua depósito de R$ 8,4 milhões e paga funcionários e elenco

Por ordem judicial, estatal encerra resistência, e dinheiro deve começar a
ser distribuído já nesta sexta-feira. Verba penhorada também pode entrar

Por André Casado Rio de Janeiro
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São Januário, Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)São Januário voltará a receber todos os seus
funcionários (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Os funcionários do Vasco finalmente podem respirar aliviados. A decisão judicial favorável obtida pelo Sindicato de Clubes, há duas semanas, foi contestada pela Eletrobras, mas a estatal recebeu a ordem definitiva, na manhã desta quinta-feira, para fazer o depósito de R$ 8,4 milhões na conta da entidade, que repassará o valor para pagar grande parte da dívida na folha cruz-maltina. Os jogadores, no entanto, receberão apenas a quantia que sobrar e podem continuar com atrasos, embora a folha tenha sido reduzida para 2013, com vencimentos mais enxutos.
Entre esta sexta e a próxima segunda-feira - dependendo da agilidade da transação bancária -, os profissionais de diversas áreas de São Januário terão acesso ao dinheiro, que corresponde à fatia do primeiro semestre de 2012 da patrocinadora do clube e que estava bloqueada em virtude da falta de pagamento de impostos tributários e previdenciários, principalmente. Várias outras receitas seguiram o mesmo caminho, e o departamento jurídico ainda luta para convencer a Fazenda Nacional a liberá-las para aliviar a grave crise financeira atual do Vasco.
Uma delas, cuja origem não foi confirmada pelo Sindeclubes, deve render uma verba extra de até R$ 2 milhões. Isso será confirmado nas próximas horas.
- Não tem nada a ver com Eletrobras. É outra penhora. Com mais esse valor, acho que conseguiremos pagar tudo - informou o advogado Henrique Fragoso, animado com o desfecho.
O custo dos funcionários que foi informado à entidade gira em torno de R$ 900 mil com pouco menos de 500 pessoas. Com o cálculo, será possível resolver, portanto, até mesmo o 13º salário que ficou pendente, zerando os débitos e fazendo que muitos retornem ao trabalho diário, o que ficou comprometido pelo atraso de benefícios como o vale-transporte. O acúmulo de sujeira no estádio, aliás, é resultado do número reduzido de mão de obra.
O diretor executivo René Simões acompanha a situação de perto e já havia informado na apresentação do lateral-direito Nei que o juiz da 16ª Vara emitiu uma nota ratificando a solução. Ele passou a notícia ao elenco ainda em Pinheiral, Sul do estado do Rio de Janeiro, durante a pré-temporada, e vem sendo cobrado pelos mesmos sobre a data.

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