Paulo Henrique brilha nos pênaltis contra o Bahia e leva Goiás à final

Goleiro defende quatro cobranças, duas no segundo tempo e duas na disputa decisiva, tem sorte com bola no travessão e garante classificação

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

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Na tarde desta terça-feira, Bahia e Goiás travaram um duelo emocionante pela semifinal da Copa São Paulo de Futebol Júnior. No estádio Nicolau Alayon, em São Paulo, as equipes terminaram empatadas em 1 a 1 no tempo regulamentar da partida e deixaram para os pênaltis a definição do dono da vaga na final. Mas, se o Bahia soubesse que o goleiro Paulo Henrique estava em um dia inspirado, teria feito de tudo para sair dos 90 com uma definição.
O Tricolor começou o jogo superior ao Goiás e abriu o placar logo aos 12 minutos, com gol de Matheus. O Esmeraldino correu atrás do prejuízo e arrancou empate, com gol de Erick. Na segunda etapa, a equipe goiana voltou com tudo e, apesar de ter um jogador expulso, pressionou o Tricolor de Aço. Também estava reservado para o segundo tempo o brilho da estrela de Paulo Henrique: o goleiro defendeu duas vezes os pênaltis cobrados por Raylan.

Bahia e Goiás decidiram vaga na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior (Foto: Ag. Estado)

Com a confiança adquirida nas penalidades defendidas, Paulo Henrique foi avassalador na cobrança de pênaltis. Com a frieza de um jogador experiente, ele fechou o gol e defendeu as duas primeiras cobranças do Tricolor baiano. A terceira foi perdida por Zé Roberto. O Esmeraldino só precisou converter suas três cobranças para comemorar a classificação.
O adversário do Goiás na final da Copinha será conhecido na noite desta terça-feira. Às 21h (horário de Brasília), Palmeiras e Santos disputam a vaga na decisão no torneio, que será realizada na próxima sexta-feira.
Bahia começa em vantagem, mas Goiás reage e arranca empate
O Tricolor baiano começou a partida com ares de quem venceria com facilidade. Explorando bem as laterais, o Bahia sufocou o Esmeraldino no início do primeiro tempo. Sob forte marcação do time baiano, a equipe goiana teve dificuldade para achar espaços e não ofereceu perigo nos primeiros minutos.
O resultado da blitz tricolor veio logo aos 12 minutos. Após uma cobrança de falta da intermediária e bate-rebate na área esmeraldina, Matheus pegou a sobra, tentou duas vezes e abriu o placar. Bahia 1, Goiás zero. Feijão ainda teve chance de ampliar alguns minutos depois, mas bateu para fora.
A resposta não demoraria a chegar. O despertar do time goiano estava marcado para o meio da primeira etapa. Com tentativas de Erik e Clayton Sales, o Goiás tirou o fôlego dos jogadores do Tricolor baiano. O goleiro Renan fez o impossível para manter a vantagem no placar.
Aos 41, no entanto, não teve jeito. Após cruzamento na área do Bahia, Maracás falhou e deixou a bola passar. Dos pés de Erick, a redonda foi direto para o fundo da meta de Renan. Tudo igual no estádio Nicolau Alayon.
Ryder ainda perdeu uma grande chance de retomar a vantagem para os baianos aos 44 minutos. O atacante recebeu de costas, girou e avançou sozinho até a área. Mas a falha viria no chute: o jogador bateu mal e mandou a bola por cima, longe do gol.
Goiás com um a menos e pênalti perdido duas vezes
As equipes fizeram um início de segundo tempo equilibrado. Com tentativas de Paulo, pelo Goiás, e Carlos, pelo Bahia, Tricolor e Esmeraldino mantiveram o 1 a 1 no placar. No entanto, aos 8 minutos, um elemento que poderia desequilibrar o confronto: por falta dura em Ryder, Yago levou o segundo amarelo e foi mais cedo para o chuveiro.
A vantagem númerica quase foi revertida minutos depois. Liniker derrubou Ryder dentro da área. Pênalti a favor do Bahia. Destaque da equipe tricolor, Raylan foi escalado para a cobrança. Mas o dia não estava favorável: o jogador bateu no centro do gol, e Paulo Henrique defendeu com facilidade. Mas a juíza Regildênia de Holanda deu uma segunda chance à equipe baiana: mandou voltar a cobrança por invasão de área. Raylan foi novamente à marca do pênalti, mudou de canto... E Paulo Henrique voltou a defender.
O Bahia sentiu os pênaltis perdidos e deu espaço para que o Goiás desenvolvesse seu futebol. Se não fosse o goleiro Renan, o destino da partida teria sido definido mais cedo. O arqueiro fez grandes defesas em chutes de Erik, que mandou uma bomba de fora da área, e Liniker, que arriscou de longe.
No final do confronto, o Tricolor ainda esboçou uma reação. Afoito pela pressão do cronômetro, o Bahia tentou o triunfo com oportunidades inacreditáveis perdidas por Raylan e Feijão. Sem alteração no placar, restou a definição nos pênaltis.
Nas cobranças de pênaltis, Paulo Henrique voltou a fechar o gol. Com frieza, o goleiro defendeu as duas primeiras cobranças do Bahia, vindas dos pés de Caio César e Ryder. Zé Roberto ainda mandou na trave o terceiro pênalti do time baiano. Ao Goiás, bastou converter os três pênaltis batidos.