quarta-feira, 27 de março de 2013

Viscardi Andrade inverte papéis e desperta ciúmes da esposa modelo

Participante do TUF Brasil 2 confessa ter sofrido com saudades durante confinamento e lembra 'perrengues' para treinar jiu-jítsu e MMA

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
Tanto quanto sua luta contra Thiago Jambo para entrar na casa da segunda temporada do The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões, o que chamou a atenção sobre Viscardi Andrade no segundo episódio da série foi sua bela esposa, a loura Bárbara da Costa. O lutador paulista já está acostumado: a loura é modelo e faz muitos trabalhos fotográficos e na televisão. Viscardi jura que não é muito ciumento, mas não escondeu uma ponta de satisfação em ter os papéis invertidos a partir de domingo que vem, quando estará semanalmente no ar.
- Eu sou bem tranquilo. Tem um ciúme natural, de homem, mas ela é bem tranquila. O trabalho dela não expõe muito o corpo, não é nada vulgar. Ela é meio brava. Eu brinquei, "Agora é minha vez, quando alguém passar recado vou dizer que é um fã", aí ela não gostou, não. Por incrível que pareça, ela é mais ciumenta que eu! - diverte-se Viscardi.
Viscardi Andrade x Thiago Jambo MMA TUF Brasil UFC (Foto: Divulgação/ UFC)Viscardi Andrade tenta uma finalização contra Thiago Jambo na eliminatória do TUF (Foto: Divulgação/ UFC)
Serão mais de dois meses para curtir, na academia e na rua, o sucesso do programa, e também para matar as saudades de Bárbara e de sua filha de 4 anos de idade. Durante o tempo de confinamento na casa do TUF, cerca de seis semanas, o lutador paulista admite que aprendeu a valorizar ainda mais sua família.
FICHA DO LUTADOR  
Nome Viscardi Andrade
Local de nascimento São Paulo (SP)
Idade 29 anos
Altura 1,82m
Cartel 13v-5d
- Achei que ia tirar bem, que ia sentir falta, mas que passaria tranquilo, mas não foi, não. Você fica sem ter notícia, acredita que está tudo bem porque ninguém da produção passou nada, mas fica pensando se está tudo bem mesmo, ainda mais porque ela mora comigo, a família dela é de Minas Gerais, então ela ficou muito sozinha. Fiquei meio tenso com isso. Fiquei pensando na minha filha, brincando. Me imaginei, ali deitado na casa, brincando com ela, e lembrava que, puxa, às vezes mandava ela brincar do lado para descansar e agora podia estar brincando com ela. Foi bom porque pude pensar em algumas coisas, passei a dar mais valor para certas coisas e comecei a mudar aqui fora - reconhece.
De sua família, Viscardi Andrade sempre recebeu apoio integral e tudo o que precisou durante sua infância e adolescência, em Jales, interior de São Paulo. Aos cinco anos de idade, foi matriculado no judô para controlar a energia e "levar umas broncas", como ele mesmo diz, por ser muito "arteiro". Quando estava prestes a pegar a faixa-preta, parou para cursar a faculdade de direito. Só durou até o terceiro ano. Decidiu que aquilo não era o que queria. Seu desejo era mesmo lutar vale-tudo, como se chamava o MMA na época, e seguir nos passos do ídolo Royce Gracie.
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Com esse sonho na mala, embarcou para a capital do estado aos 21 anos de idade e se matriculou numa academia da família Gracie. Para se manter na cidade grande, porém, Viscardi teve que "ralar" e passar por dificuldades pela primeira vez na vida.
Bárbara da Costa e Viscardi Andrade TUF Brasil MMA (Foto: Reprodução/Facebook)Viscardi com a esposa, Bárbara da Costa
(Foto: Reprodução/Facebook)
- Fui trabalhar em dois empregos, de domingo a domingo. Durante a semana, eu trabalhava numa surfaçagem, o lugar onde se faz lente, no estoque, e, no fim de semana, eu trabalhava com placas móveis de propaganda. Passei um ano e meio sem folga e sem férias, ralando para poder pagar meus treinos, minhas contas e comer. Foi bastante perrengue, passei boa parte desse tempo me alimentando de hambúrguer ou steak, que era algo barato. Era steak e pão, que dava para comprar um, dividir em dois e comer metade no almoço, metade no jantar. Era essa a alimentação. Não tinha suplemento, e eu ainda dava aula. Eu tinha que comer e trabalhar durante o horário de almoço. Cansei de ir a competições virado, porque, para fazer as placas, era de madrugada. Chegava quebrado, morto, e, na maioria das vezes, voltava com a medalha. Ali, vi que tinha futuro: se sem dormir, sem comer, eu ganhava, se eu me dedicasse, ia me sair bem melhor - conta.
Aos poucos, as condições melhoraram e Viscardi passou a apenas dar aulas e treinar. Em 2010, viveu o ápice: foi campeão mundial de jiu-jítsu na faixa-preta, venceu o campeonato paulista de quimono e sem quimono sem levar pontos e ainda saiu vitorioso em sete lutas de MMA no ano. Hoje, tem sua própria academia em São Paulo e já computa, por suas contas, 22 vitórias e cinco derrotas. Seu cartel oficial no site especializado "Sherdog" registra 13 vitórias e cinco derrotas, sendo que o paulista vem de seis triunfos consecutivos desde outubro de 2011. Seu currículo inclusive já o credenciaria a assinar com o UFC sem precisar passar pelo TUF.
- Eu já estava negociando havia mais ou menos um ano para entrar direto. Mas acabou que o UFC comprou o Strikeforce e o WEC há pouco tempo, então tinha muita gente para lutar antes de contratar de novo. Fiquei na espera. O TUF ainda é um caminho mais difícil, porque você luta um torneio difícil por três meses, mas, no TUF, você faz mídia também, pode sair tanto com patrocínio quanto com contrato no UFC. É uma chance de agregar muita coisa. Quem saiu do TUF Brasil 1 ficou mais famoso do que todo mundo que luta no UFC, porque a TV atinge a grande massa. Isso é o mais interessante - analisa Viscardi.

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