quinta-feira, 30 de maio de 2013

Vinny admite: precisa de vitória 'convincente' sobre Perosh no Rio

Brasileiro está na terceira luta de seu contrato e quer grande triunfo em sua primeira luta de MMA no país para garantir emprego e renegociar com UFC

Por Rio de Janeiro
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O peso-meio-pesado brasileiro Vinny Magalhães vive um momento crucial em sua carreira no MMA: está na metade de seu segundo contrato com o UFC e, com uma vitória e uma derrota, precisa de um resultado positivo em sua próxima luta para se firmar e garantir sua permanência na organização. Cerca de um mês após uma derrota para Phil Davis, oitavo colocado no ranking da categoria no Ultimate, uma oportunidade de ouro caiu no colo do carioca: um combate com o veterano australiano Anthony Perosh em sua cidade-natal, Rio de Janeiro, no UFC 163, ou UFC Rio 4, marcado para o dia 3 de agosto, na Arena da Barra. Vinny se vê como favorito na luta, mas sabe que precisa fazer mais do que simplesmente vencer.
Phil Davis x Vinny Magalhaes UFC 159 (Foto: Getty Images)Vinny Magalhães (dir) contra Phil Davis, no UFC 159: brasileiro busca recuperação (Foto: Getty Images)
- Na minha situação atual no UFC, não importando com quem eu vá, eu só posso pensar em chegar lá e vencer, não só vencer, mas também convencer, afinal, essa é a minha terceira luta no meu contrato de quatro lutas. E logo depois dessa luta é que começa o período de renegociação de um contrato novo, então essa luta tem um valor até mais importante do que apenas manter meu emprego - admitiu Vinny em entrevista ao Combate.com.
No papel, a luta é favorável ao brasileiro, que é 12 anos mais jovem que o australiano. Os dois são faixas-pretas de jiu-jítsu, mas Vinny tem títulos mundiais no submission (estilo de luta agarrada sem quimono), enquanto Perosh foi medalha de bronze em dois Mundiais.
- O Anthony nunca foi finalizado, não teve muitas lutas contra outro lutador de solo do mesmo calibre ou melhor que ele, e quando teve (Jeff Monson), perdeu de nocaute técnico, no solo. Ou seja, quando a oportunidade surgir, eu vou encerrar essa luta antes dos 15 minutos, de uma maneira ou de outra - afirmou o carioca.
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Confira a entrevista com Vinny Magalhães na íntegra abaixo:
COMBATE.COM: Por que você aceitou a luta com o Perosh?
Vinny Magalhães: Na verdade eu sempre prefiro lutar nesse ritmo, sempre ter uma luta atrás da outra, e não ter que esperar seis meses para ter uma luta. Porém, como eu estou vindo de derrota, eu não estou na posição de ficar pedindo pra lutar com ninguém. Por minha sorte, dois dias depois da minha luta, o Anthony Perosh deu uma entrevista para um site australiano, dizendo que gostaria de lutar comigo no Brasil, pois seriam dois faixa-pretas de jiu-jítsu lutando na terra do jiu-jítsu. Eu não poderia recusar.
E o que espera dessa luta? O Perosh é faixa-preta, mas seu currículo é mais vistoso...
Na minha situação atual no UFC, não importando com quem eu vá, eu só posso pensar em chegar lá e vencer, não só vencer, mas também convencer, afinal, essa é a minha terceira luta no meu contrato de quatro lutas. E logo depois dessa luta é que começa o período de renegociação de um contrato novo, então essa luta tem um valor até mais importante do que apenas manter meu emprego. Em relação a como eu caso com ele nessa luta, eu acredito que eu tenha vantagens em outras áreas sobre ele, não só no jiu-jítsu. Então tudo pode acontecer... A meu favor!
ufc 152 Vinny Magalhaes e Igor Pokrajac (Foto: Agência AP)Vinny Magalhães finalizou Igor Pokrajac em sua
penúltima luta (Foto: AP)
E lutar em casa, como vai ser? Você nunca lutou MMA no seu país, quanto mais na sua cidade. Está ansioso?
Na verdade, se eu tivesse saído do meu contrato com a M-1 Global a tempo, a minha estreia era para ter sido no segundo evento do UFC no Rio. Porém, como eu tive um problema e tive que esperar o término do meu contrato, acabou que nunca aconteceu. Acho que essa luta está acontecendo no Rio na hora certa, pois essa é uma luta de muita importância pra minha permanência no UFC, então vai ser bom contar com o apoio dos meus amigos e familiares, que provavelmente irão comparecer ao evento. Ansiedade existe, mas nao é muito diferente de qualquer outra luta. Não importa a localidade da luta, o que importa é quando as portas se fecham ali no octógono, e quando isso acontece a sensação é a mesma em qualquer lugar do mundo.
Você vai vir mais cedo pro Rio pra treinar e se aclimatar? Vai ficar na casa da família?
Não decidi isso ainda, mas não existe vantagem alguma em ir mais cedo para acostumar com o clima do Rio, o fuso é curto, de apenas quatro horas, e o Rio é no nível do mar, então se fosse o contrário, sair do Rio para lutar me Vegas, onde a altitude é de 2.500 pés, talvez eu fosse mais cedo, porém de Vegas para o Rio, não tem tanta vantagem assim. Se eu decidir algo do tipo, provável que não seja por um período longo, talvez 10 dias antes da luta.O UFC geralmente manda os lutadores cinco dias antes.
E o que você viu da sua luta com o Phil Davis que vai ter que mudar e melhorar para essa luta?
Toda luta tem algo a te ensinar, e essa última não foi diferente, e qualquer necessidade de mudança não passou despercebida, porém eu prefiro não comentar no que eu acho que faltou ou não na última luta, esses ajustes a gente faz dentro do academia.
Para terminar, tem alguma previsão para a luta? Nocaute, finalização?
Como falei, só vencer não adianta, tenho que convencer. Então, vou querer encerrar a luta antes da decisão. O Anthony nunca foi finalizado, não teve muitas lutas contra outro lutador de solo do mesmo calibre ou melhor que ele, e quando teve (Jeff Monson), perdeu de nocaute técnico, no solo. Ou seja, quando a oportunidade surgir, eu vou encerrar essa luta antes dos 15 minutos, de uma maneira ou de outra.

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