quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Campeãs do handebol são recebidas por ministro e pedem Liga mais forte

Em Brasília, atletas agradecem apoio recente do governo às seleções no esporte, mas cobram fortalecimento dos clubes e dos campeonatos nacionais

Por Brasília
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Nove jogadoras que participaram da campanha do inédito título mundial da seleção feminina de handebol, em dezembro, na Sérvia, foram recebidas nesta terça-feira, em Brasília, pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Acompanhadas de representantes da comissão técnica e da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), as atletas presentearam o ministro com uma camisa autografada por todas as campeãs e agradeceram o apoio da pasta à modalidade. No entanto, não deixaram de pedir o fortalecimento dos campeonatos nacionais.
seleção handebol recebidas por Aldo Rebelo Brasília (Foto: Fabrício Marques)Meninas da seleção são recebidas em Brasília (Foto: Fabrício Marques)


- Hoje, as coisas melhoraram muito com o apoio do Ministério do Esporte, do Banco do Brasil e dos Correios, mas ainda falta. A gente, como seleção, tem um apoio enorme. Mas dentro do Brasil, a Liga Nacional e os clubes ainda precisam de um apoio grande - disse a goleira Babi, eleita a melhor da posição no mundial da Sérvia.

- Com esse resultado, esperamos conseguir um pouco mais de estrutura na nossa Liga. Vamos conseguir profissionalizar um pouco mais e esperamos que os atletas não precisem sair para jogar. Acho que podemos conseguir um handebol melhor aqui dentro - completou a armadora Duda, vencedora do prêmio de melhor jogadora do campeonato.
seleção handebol recebidas por Aldo Rebelo Brasília (Foto: Fabrício Marques)Jogadoras conversam com Aldo rebelo (Foto: Fabrício Marques)
Das 16 jogadoras da seleção feminina, apenas três atuam no Brasil. Outras seis jogam na Áustria, duas na Dinamarca, uma na França, uma na Eslovênia, uma na Rússia e uma na Hungria. A central May está atualmente sem clube.

Segundo Aldo Rebelo, o fortalecimento dos campeonatos nacionais está entre as prioridades do Ministério do Esporte para a modalidade.

- Os recursos que foram destinados para o handebol já deram seus primeiros resultados. Agora, o esforço maior é de organizar uma liga profissional que acolha os atletas. O nosso problema é que havia uma geração boa que saía das escolas e não tinha onde ser aproveitada no profissional. Então, a maior parte vai jogar fora. Seria importante que ao menos uma parte ficasse jogando no Brasil - disse o ministro.

Rebelo ainda fez questão de ressaltar outros investimentos que já estão sendo feitos pelo governo federal no handebol.

- Temos um trabalho importante com as categorias de base. São mais de 300 atletas do handebol no programa bolsa atleta. Financiamos desde encontros de professores voltados para a modalidade até participação em torneios internacionais de alto rendimento.

Entre 2010 e 2013, o Ministério do Esporte firmou oito convênios com a CBHb, no valor total de R$ 21 milhões, aplicados na preparação das seleções, intercâmbios e organização de grandes torneios. Atualmente, o handebol conta cerca de 300 jogadores beneficiados pelo programa Bolsa-Atleta. Em julho do ano passado, o governo anunciou ainda patrocínio recorde para a temporada 2013-2014. Por meio das empresas estatais Correios e Banco do Brasil, serão destinados R$ 9,4 milhões à Confederação. Deste total, R$ 6,4 milhões serão investidos nas seleções masculina e feminina por meio do Plano Brasil Medalhas, do Governo Federal, que visa à preparação de atletas para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
seleção handebol recebidas por Aldo Rebelo Brasília (Foto: Fabrício Marques)Meninas entregam camisa autografada (Foto: Fabrício Marques)

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