Revista alemã causa polêmica ao usar foto de Lauda para retratar Schumi
'Titanic' teve 35 edições banidas desde sua criação, em 1979, e tricampeão
austríaco critica a publicação: 'Eu me pergunto: quem produz tamanho lixo?'
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Capa da revista satírica Titanic (Foto: Reprodução)
Famosa
por sátiras ácidas, polêmicas e, na maioria das vezes,
consideradas de mau gosto, a revista alemã "Titanic" tem causado
alvoroço com
a sua mais recente edição. Na capa, a publicação usa uma foto do
tricampeão de
Fórmula 1 Niki Lauda – que sofreu um grave acidente no GP da Alemanha de
1976, quando foi retirado do carro em chamas –, com a legenda:
"Exclusivo! Primeira
foto após o acidente: veja o quão lesionado Schumacher ficou", numa
questionável brincadeira com
o trágico incidente sofrido pelo heptacampeão alemão no dia 29 de
dezembro de
2013, quando esquiava nos Alpes Franceses.A piada do folhetim não para por aí. O artigo se propõe a ensinar os pais a explicar com jogos e diversão a queda sofrida por Schumi. Uma das brincadeiras consiste em completar um labirinto em montanhas cobertas de neve. No entanto, caso o leitor erre o caminho, ele cairá e irá parar no hospital.
Lauda tratou imediatamente de rechaçar a publicação:
– É uma publicação sem vergonha e desrespeitosa. Eu me pergunto: quem produz tamanho lixo? – reclama o tricampeão ao site austríaco Austriantimes.at.
Desde sua criação, em 1979, a revista teve 35 edições banidas e proibidas de serem publicadas. Dentre as capas infames que não puderam ser colocadas à venda, está a edição que atacava o Papa Bento XVI. Nela, sob o título "Noch eine Undichte Stelle Gefunden" ("Encontrada mais uma ruptura") – uma alusão ao escândalo de furto de documentos secretos na Santa Sé publicados na imprensa e batizado com o nome de "Vatileaks" – o Pontífice é retratado com uma grande mancha amarela na parte da frente da batina branca, outra marrom na parte de trás, numa clara referência a urina e fezes.
Edição que satiriza Papa Bento XVI foi proibida de circular (Foto: Reprodução/Titanic)
O editor chefe da revista, Thomas Gsellha, afirmou que qualquer famoso está sujeito às brincadeiras.
– A reação da mídia britânica é hipócrita. As pessoas estão apenas irritadas, pois a ideia foi tirada de debaixo dos seus narizes – afirmou.
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