quarta-feira, 25 de junho de 2014

Georges St-Pierre participa de defesa de "Rei da Maconha" de Nova York

Ex-campeão dos pesos-meio-médios do UFC assina carta em que admite amizade com traficante preso Jimmy Cournoyer: "Nunca o julguei"

Por Nova York
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Georges St-Pierre (Foto: Rodrigo Malinverni)Georges St-Pierre escreveu carta falando de sua
amizade com Cournoyer (Foto: Rodrigo Malinverni)
Um traficante preso em Nova York, identificado pela imprensa local como "Rei da Maconha", conta com uma celebridade do mundo da luta como parte de sua estratégia de defesa, em julgamento em corte federal: Georges St-Pierre. O ex-campeão dos pesos-meio-médios do UFC assina uma carta detalhando seu relacionamento com Jimmy Cournoyer, canadense de 34 anos que admitiu recentemente ser um dos maiores fornecedores de maconha do estado de Nova York.
O advogado de Cournoyer, Gerald McMahon, incluiu cartas de parentes e amigos do traficante em sua defesa, em que descrevem o criminoso como vítima do divórcio de seus pais durante sua adolescência e buscam desmitificar sua imagem como mafioso rico com estilo de vida de celebridade. De acordo com o jornal canadense "Montreal Gazette", uma das cartas incluídas é assinada por Georges St-Pierre.
"Meu nome é Georges St-Pierre, sou campeão do mundo do UFC. Estou escrevendo esta carta concernendo meu grande amigo Jimmy Cournoyer", começa o documento, segundo o jornal. A partir daí, o lutador conta que conheceu o traficante num restaurante em 2009 e rapidamente se tornou seu amigo. Os dois teriam viajado para Ibiza numa ocasião e Cournoyer inclusive se tornou parceiro de sparring de GSP.
"Jimmy se tornou como um irmão para mim. Nós viajamos juntos, treinamos juntos, fomos a restaurantes, boates, e nos divertimos muito. Jimmy é um amigo muito leal que eu respeito demais. Nunca julguei Jimmy. Na verdade, o que ele estava fazendo (com) sua vida não era da minha conta. Temos uma relação muito humana; nós dividimos as mesmas paixões, que são fitness e artes marciais", continua a carta. St-Pierre também revela no documento que já visitou Cournoyer duas vezes na cadeia desde que ele foi preso, em 2012, e diz que terá "um lugar para ele ao meu redor" quando sair da prisão.
St-Pierre não está sendo acusado ou investigado por envolvimento nos negócios do traficante. Ele também não admite nenhum uso de substâncias ilícitas na carta.
Cournoyer deveria ter sido sentenciado na sexta-feira passada, mas a promotoria conseguiu um adiamento, e a pena deve ser revelada em agosto. Como parte de seu acordo, Jimmy Cournoyer admitiu culpa de participação em conspiração entre 1998 e 2012, e confessou ter traficado nos EUA pelo menos 100 toneladas de maconha cultivada em Quebec, no Canadá. Ele também teria traficado pelo menos 83kg de cocaína, e também admitiu participar de lavagem de dinheiro. Por conta do acordo, Cournoyer se compromete a cumprir 20 anos de prisão obrigatória, mas ainda está sujeito a prisão perpétua, e terá de abrir mão de US$ 11 milhões (R$ 24,2 milhões) apreendidos pela polícia em Laval, Quebec, de acordo com o jornal "New York Post".
A promotoria alega que Cournoyer era conectado a mafiosos poderosos de Montreal e Nova York. Já a imprensa americana divulgou que St-Pierre não era a única celebridade com conexão ao traficante: o ator Leonardo DiCaprio teria frequentado seu círculo social, e ele teve um relacionamento amoroso com a modelo brasileira radicada no Canadá Amelia Racine.

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