domingo, 8 de janeiro de 2017

Ultimate planeja ter Amanda Nunes lutando em card numerado no Brasil

Evento está previsto para final do primeiro semestre, ainda sem sede definida. Organização também pode fazer temporada do programa de Dana White no país

Por Las Vegas


Amanda Nunes chocou o mundo ao nocautear Ronda Rousey em apenas 48 segundos, na luta principal do UFC 207. Antes do evento, o presidente da organização Dana White, havia dito que uma vitória sobre Ronda colocaria a "Leoa" no mapa das grandes estrelas do MMA. Para que isso realmente se confirme, o Ultimate sabe que precisa promover a atleta, da mesma forma que fez com "Rowdy". 
Segundo o vice-presidente sênior internacional do UFC, Joe Carr, o trabalho com Amanda está apenas começando. A organização planeja promover a lutadora intensamente no Brasil, com tours e até possivelmente uma luta no evento numerado previsto para o meio do ano.
-  Se você olhar, a Amanda bateu a Miesha no UFC 200, o que para gente foi um grande evento. O UFC 207, pelo que já recebemos dos números, provavelmente estará no Top 3 dos eventos de 2016. Foram dois eventos gigantes em que ela fazia a luta principal e venceu de uma maneira muito impressionante. Espero que a forma com que a Amanda venceu no UFC 207 a coloque no mapa do mundo das grandes estrelas do esporte. Nós vimos o que aconteceu com a Holly Holm. Ninguém a conhecia direito no mundo do MMA, até que ela venceu a Ronda. Acho que temos que fazer um melhor trabalho com a Amanda no Brasil e, no cenário ideal, queremos que ela lute nesse card numerado que vamos fazer por lá no meio do ano. Será um evento na Globo, de frente para uma grande audiência. Também faremos um grande tour com ela no Brasil a partir do mês que vem. 
Durante a entrevista ao Combate.com, o dirigente voltou a falar sobre os três eventos que a organização deve realizar no país em 2017:
- Nós fechamos o ano com uma vitória muito sólida para o Brasil, com a Amanda Nunes nocauteando a Ronda no UFC 207. Estamos empolgados para 2017, faremos três eventos no Brasil. Um deles já foi anunciado, em Fortaleza, com Vitor Belfort e Kelvin Gastelum, e também teremos um evento numerado no segundo trimestre. E aí voltaremos com um Fight Night, provavelmente no final do terceiro trimestre ou começo do quarto.
Quanto aos planos da organização de desenvolver novos mercados, Joe Carr explicou que o foco continua sendo Brasil e América Latina, além de Rússia e China. O dirigente também revelou que o Ultimate pode realizar uma edição do programa "Looking for a Fighter", no qual Dana White visita eventos menores buscando novos talentos, em solo brasileiro.
Confira os principais pontos da entrevista:
Joe Carr, vice presidente senior internacional UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Joe Carr é vice-presidente sênior internacional do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Evento numerado no Brasil no meio do ano:
- Ainda não sabemos a cidade, temos uma data em mente no final do segundo trimestre. Temos algumas opções, mas a boa notícia é que os nossos negócios no Brasil têm ido muito bem, então temos diversas cidades entrando em contato para sediar eventos. Curitiba ficou muito satisfeita com o UFC 198 no ano passado e quer sediar outro evento, nós não fomos ao Rio há um tempo então acho que também pode ser lá...
Novos talentos brasileiros 
- Claro que o Jacaré não é um novo talento, mas está logo ali na fila pelo cinturão. Thomas Almeida com certeza assistiu à luta entre Cody e Cruz, no UFC 207, e agora sabe que a derrota para o Cody é uma derrota menos pior, afinal veja o que o Cody fez com o Cruz. Tenho certeza de que o Thomas sabe que perdeu para o campeão e está logo ali no mix. Vamos apoiá-lo este ano e esperamos que ele possa se reerguer para buscar uma nova chance ao título em uma revanche contra o Cody. A Cláudia Gadelha também está logo ali. É difícil, porque ela já enfrentou a Joanna duas vezes, mas ainda é a número um do ranking, então também está logo ali no topo.
Volta de Anderson Silva
- Anderson ainda continua sendo o nosso maior nome do UFC não só no Brasil, mas também aqui nos Estados Unidos. Ele ainda tem uma grande legião de fãs, então nos ajuda na nossa audiência de uma forma global tê-lo de volta. Ele é um dos melhores de todos os tempos e acho que está saudável, está treinando e pronto para voltar. Acho que é só questão de tempo para nós acharmos qual luta faz sentido, aonde faz sentido... talvez ele no Brasil, já que ele não luta por lá há um bom tempo... Era para ter lutado em Curitiba, no UFC 198, mas acabou ficando doente. Seria incrível que ele pudesse voltar, e voltar no Brasil.
Teremos TUF Brasil esse ano?
- Eu não sei se vamos fazer o mesmo formato tradicional do TUF. Estamos olhando para opções diferentes. Nos EUA, temos o Dana White procurando lutadores em eventos menores, ele viaja pelo país procurando novos talentos, e isso tem sido um show de bastante êxito para a gente. Ele quer fazer eventos internacionais, então talvez possamos fazê-lo ir para o Brasil fazer uma edição desse programa, quem sabe no segundo quadrimestre, já perto do UFC numerado, pra que ele possa ver eventos menores e procurar novos talentos lá. Então, seja através do TUF ou de outros formatos, estamos sempre criando novos projetos para continuar buscando novos talentos também no Brasil.
Novos mercados
- Eu acho que há muita empolgação em torno da Rússia. Temos muito lutadores talentosos lá, acho que temos em torno de 25 a 30 no nosso plantel, então a Rússia é um grande foco. Acho que a China também é um grande foco, vamos ter nosso primeiro evento por lá no segundo semestre do próximo ano. E eu acho que a América Latina é sempre um foco, fomos muito bem sucedidos no Brasil, temos também bons resultados no México. Fizemos algumas edições do TUF América Latina e achamos talentos na Argentina, Chile, Peru, Colômbia... Acho que existem outros mercados da América Latina que queremos explorar em 2017 para, potencialmente, termos o nosso primeiro evento na América do Sul fora do Brasil.

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