terça-feira, 3 de julho de 2018

Valentina diz ter acordo verbal para enfrentar Montaño no dia 8 setembro

Combate aconteceria no UFC 228, em Las Vegas. Atleta do Quirguistão também voltou a afirmar que trilogia com Amanda Nunes é a única coisa que a faria voltar ao peso-galo

Evelyn Rodrigues

Por Evelyn Rodrigues, Las Vegas, EUA

27/06/2018 17h07 Atualizado 27/06/2018 17h07

Próxima desafiante ao cinturão peso-mosca do UFC, Valentina Shevchenko acompanhou de perto a participação de sua irmã, Antonina Shevchenko, no "Contender Series" dessa terça-feira, em Las Vegas. Após celebrar muito a contratação da "Pantera" pela organização, Valentina aproveitou para falar sobre a negociação de sua luta com Nicco Montaño, atual campeã da divisão. O combate vem sendo planejado pelo UFC desde que a quirguistanesa derrotou Priscila Pedrita, em fevereiro, mas até agora não saiu do papel porque Montaño está lesionada.

- Da parte dela é um acordo verbal, mas não sei. Será que posso acreditar ou ela está jogando com as palavras? Antes ela dizia que estaria pronta pro dia 7 de julho, e aí disse que seria ótimo lutar na semana internacional da luta. Mas quando o UFC ofereceu a luta no dia 28 de julho, que era ainda mais tempo, ela disse que iria fazer a cirurgia, que não estava pronta. Espero que dessa vez ela dê 100% de sua palavra e a luta aconteceria no dia 8 de setembro no UFC 228. Eu espero que tudo se resolva até pegarmos os contratos com o UFC, aí nós duas vamos assinar e finalmente vamos fazer o que nós temos que fazer, que é lutar. Não temos que falar, ou postar no Twitter: “Vamos lutar”. Não, nós temos que lutar, nos preparar e fazer o nosso trabalho.

Valentina ainda quer trilogia com Amanda Nunes no futuro (Foto: Evelyn Rodrigues)

Questionada sobre como pretende administrar a carreira no UFC, agora que a irmã Antonina fará parte do plantel da organização competindo na mesma divisão (peso-mosca), Valentina voltou a afirmar que no futuro pretende fazer a trilogia com Amanda Nunes, e que esse é o combate que a faria voltar ao peso-galo.

- Nesse momento eu estou planejando a minha carreira no peso-mosca, porque eu esperei por esse momento por muito tempo. Estava lutando no peso-galo, mas não importa se eu estava me sentindo bem naquele peso, toda luta eu sentia que as minha adversárias eram muito maiores. Você sente a diferença, elas são mais altas, têm braços mais longos, mesmo no peso-mosca eu não sou a maior. Mas eu faço exatamente o que eu tenho que fazer na minha classe de peso, porém também quero ter a minha revanche com a Amanda Nunes, porque eu não concordo com o resultado da nossa última luta. Quanto mais eu vejo essa luta, mais eu reforço a minha opinião. No futuro, sei que terei uma nova oportunidade de lutar com ela, mas eu não vejo isso acontecendo agora. O meu plano é primeiro fazer tudo o que eu puder no peso-mosca.

Ex-campeã mundial de muay thai e kickboxing, a quirguistanesa revelou que não conseguiu conter o nervoso durante a luta de sua irmã.

- Eu estou muito feliz pela Antonina. Eu estava tão nervosa! Nunca pensei que poderia ficar tão nervosa. Sempre pensei que era calma, que conseguia controlar minha emoção, mas essa luta me mostrou que eu não consigo. Quando vi as joelhadas no clinch, eu sabia exatamente como a adversária estava se sentindo, porque quando a Antonina joga o joelho, você só quer escapar, por favor abra a porta do octógono e me deixe ir! É isso que você sente após cada joelhada, mas estou muito feliz que ela se saiu tão bem. A luta dela foi sensacional, foi linda, e técnica e ela mostrou ao mundo que merece estar aqui. Ela conseguiu o contrato com o UFC e agora nós somos as primeiras irmãs na história a lutarmos no UFC - finalizou.