Wellington Paulista espera superar
má fase e conquistar o título brasileiro

Atacante quer marcar contra o Palmeiras e torcer para resultados favorecerem

Por Fernando Martins Y Miguel Belo Horizonte

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Wellington Paulista quer acabar com má fase
(Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)

Símbolo de alegria e descontração do grupo celeste, o atacante Wellington Paulista tem atravessado um momento que contrasta bastante com sua personalidade. A ausência de gols incomoda bastante o jogador, mas a fé de que o jejum acabe no domingo, diante do Palmeiras, às 17h (de Brasília), na Arena do Jacaré, é grande.

Apesar de ser titular absoluto do técnico Cuca, com quem já trabalhou no Botafogo, Wellington nem sempre foi unanimidade no clube, muito menos entre os torcedores. Até a metade do ano, quando o atacante Kleber deixou a equipe para atuar no Palmeiras, a titularidade no ataque era do Gladiador e de Thiago Ribeiro.

A situação era a mesma do ano passado, quando Kleber atuou grande parte da Libertadores. Porém, foi dos pés de Wellington que saíram gols importantes, como os marcados contra o Grêmio, na semifinal da competição continental, que classificou o time celeste para a decisão com o Estudiantes.

No Brasileiro do ano passado, a história se repetiu. Kleber ficou um bom tempo fora da equipe por conta de uma pubalgia, e Wellington soube aproveitar a chance e marcar gols importantes que ajudaram a levar a Raposa para a Libertadores desse ano.

O jogador recordou que chegou a ser questionado no início da temporada, mas não se incomodou ao ver os torcedores pedindo a contratação de um centroavante para o ano que vem.

- Não me incomoda isso. No início do ano, trouxeram o Robert e o Farías e falaram que eu não iria jogar, mas eu continuei jogando. Só quero fazer o meu papel de ajudar o Cruzeiro.

As saídas de Kleber e Adilson Batista, somadas à chegada de Cuca, abriram as portas da titularidade para o camisa nove. Mas as seguidas lesões musculares acabaram por atrapalhar Wellington, que marcou apenas 16 vezes na temporada, sendo ultrapassado por Thiago Ribeiro, que marcou em 23 oportunidades.

As atuações contra Corinthians e Flamengo no segundo turno, quando perdeu boas chances de marcar, foram a gota d’água para o jogador reconhecer a má fase vivida.

- É uma fase que todo jogador passa, e chegou a minha vez. Fico triste por chegar em uma etapa tão importante para o Cruzeiro. Mas o mais importante é correr. Uma hora a bola vai entrar, e os gols vão voltar. Nos times que eu passei, sempre fiz gol. É uma fase, e neste ano tive lesões que me atrapalharam muito.

No treino da última quinta-feira, um fã-clube do jogador foi à Toca da Raposa II presenteá-lo e mandar boas energias.

- A gente não pode apoiar só nas fases boas. Isso é apenas uma fase passageira. Vai passar e domingo, se Deus quiser, ele vai voltar a marcar – disse Caroline, presidente do fã-clube.

O jogador ficou emocionado com a recepção das três torcedoras, que compareceram ao treino vestidas com camisas com fotos do artilheiro.

- É muito importante o apoio, esse carinho do torcedor. Incentiva muito a gente. Nas ruas, o torcedor vem pra mim e fala que é má fase e vem me agradecer pelo que eu fiz ano passado e esse ano também. Espero que passe logo.