domingo, 6 de março de 2011

Chuta, mas não marca: erros de finalizações prejudicam Palmeiras

Verdão é o terceiro que mais finaliza no Campeonato Paulista, mas tem 13 gols em 11 jogos. Contra o Santo André, foram 19 chutes e nenhum gol

Por Diego Ribeiro São Paulo
O Palmeiras é um time que chuta, chuta, mas custa a fazer um gol. Exceção feita ao duelo contra o Comercial, na goleada por 5 a 1 da Copa do Brasil, o Verdão tem encontrado dificuldades para acertar o pé nas finalizações. No Campeonato Paulista, as estatísticas comprovam esse problema recorrente - e reconhecido pelos próprios jogadores. Apesar de ser a terceira equipe que mais chuta a gol na competição, o ataque é apenas o décimo mais positivo, empatado com Ituano e Mogi Mirim.
No empate por 0 a 0 contra o Santo André, neste sábado, o time de Luiz Felipe Scolari deu 19 arremates a gol e não conseguiu marcar, mesmo com um jogador a mais por quase 70 minutos de jogo. A média do Palmeiras em seus 11 jogos no Paulistão é de 16,8. Mesmo assim, o ataque só conseguiu marcar 13 gols, média de 1,18 por partida. O artilheiro do clube na competição é Kleber, com cinco tentos.
Tem sido recorrente nos jogos do Palmeiras: chances, o time tem muitas, mas ainda falta um finalizador nato para colocar a bola na rede. Felipão busca um camisa 9 desde o início da temporada e ainda não foi atendido pela diretoria. Além de Kleber, Adriano Michael Jackson vem tentando exercer essa tarefa. Juntando Paulistão e Copa do Brasil, a dupla fica empatada na artilharia da equipe com seis gols cada. Números que ainda não satisfazem o elenco.
adriano palmeiras x santo andré (Foto: Agência Estado)Adriano foi marcado de perto pela defesa do Santo
André: passou em branco (Foto: Agência Estado)
- Hoje (sábado, contra o Santo André) faltou o gol, como vem faltando às vezes. O time criou bastante, teve as chances, mas acabou parando na defesa deles. Hoje não deu para ganhar, mas na quarta-feira vamos melhorar - disse o goleiro Deola.
Outra estatística mostra que o Palmeiras consegue iniciar bem as jogadas. Afinal, é o time que mais desarma no Campeonato Paulista, com média de 28 bolas roubadas por jogo. O fundamento é essencial para armar contra-ataques e surpreender o adversário. Mesmo assim, a equipe não tem conseguido traduzir os bons números em gols.
- Tentamos bastante jogadas laterais, mas os zagueiros levaram vantagem. Contra times assim, precisamos abrir o jogo para os espaços aparecerem - ressaltou o volante Marcos Assunção.
Na próxima quarta-feira, o Palmeiras pega o Noroeste, em Bauru. Nova chance para a equipe retomar o caminho do gol e melhorar a estatística que pode fazer o time, definitivamente, entrar na briga por títulos na temporada.

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