quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sem Liedson, rendimento do ataque do Timão despenca no Brasileirão

Nos últimos cinco jogos, Corinthians aumenta média de finalizações, mas pontaria piora. Levezinho volta domingo para acabar com carência do setor

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
Emerson Liedson treino Corinthians (Foto: Ag. Estado)Emerson não conseguiu substituir à altura o
companheiro Liedson (Foto: Ag. Estado)
A volta de Liedson ao Corinthians contra o Ceará, domingo, às 16h, no Pacaembu, é um alívio para o técnico Tite. Desde que o Levezinho passou por uma artroscopia no joelho esquerdo, dia 22 de julho, o ataque do Timão caiu de produção. Sem a presença do veterano artilheiro, aliada à má fase dos outros titulares, a equipe diminuiu quase que pela metade o número de gols marcados nas últimas cinco rodadas, mesmo finalizando mais vezes.
Nos dez primeiros jogos, o Alvinegro não foi arrasador apenas pelas nove vitórias e um empate. O time marcou nada menos que 19 gols, média de 1,9 por confronto. Entretanto, a partir da derrota para o Cruzeiro, já sem o centroavante, o clube do Parque São Jorge viu seu rendimento diminuir para apenas uma bola na rede por duelo – cinco em cinco.
O período coincide com o pior momento do Corinthians no Campeonato Brasileiro. Além da derrota para a Raposa, os comandados de Tite contabilizaram um revés frente ao Avaí, um triunfo sobre o América-MG e empates contra Atlético-PR e Santos. O desempenho queimou toda a gordura acumulada. Agora, o Timão divide a liderança com o Flamengo, ambos somando 33 pontos, apenas dois acima do rival São Paulo.
A pontaria, aliás, vem sendo o grande problema recente para o treinador corrigir. Os gols estão escassos, mas o número de chutes cresceu. Com Liedson, o Timão finalizou até a décima rodada 129 vezes, média de 12,9 bolas contra a meta adversária. Sem ele,  a média de 15,2 com 76 em cinco rodadas. Diante do Santos, porém, foram apenas oito conclusões, o pior desempenho em todo o torneio, ao lado do jogo contra o Bahia. Tite reconhece o problema.
- Esse é um fator muito importante. Vivo dizendo para os jogadores queimarem a mão do goleiro, exigir que ele faça grandes defesas. Mas tem a questão do entrosamento também – disse o treinador.

O Corinthians teve três formações diferentes do ataque nos últimos cinco jogos. Jorge Henrique, Willian e Emerson jogaram juntos contra Cruzeiro, Avaí e América-MG. Diante do Atlético-PR, o setor foi composto por Willian e Jorge Henrique. Já frente ao Santos, Willian e Emerson fizeram a dupla ofensiva.
Os atacantes, aliás, não passam por boas fases. Willian, por exemplo, não marca há seis rodadas, desde quando anotou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, dia 14 de julho, no Pacaembu. Jorge Henrique fez dois nos últimos cinco jogos, mas teve atuação apagada na Arena da Baixada e cumpriu suspensão na Vila Belmiro. E o garoto Elias Oliveira, que passou a entrar mais vezes, ainda não marcou.
O caso que mais preocupa é o de Emerson, contratado como um dos grandes reforços da temporada, mas que ainda não vingou. Em 12 partidas, Sheik balançou a rede apenas uma vez, contra o Avaí. No mais, acumulou chances perdidas e um futebol muito instável.
Liberado pelos médicos, Liedson volta a campo no fim de semana. Tite e a torcida agradecem!

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