sábado, 1 de outubro de 2011

Em tarde de Ananias e Kléber, Portuguesa e São Caetano empatam

Lusa chega ao décimo jogo sem derrota graças a dois gols do meia, e Azulão segue na zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro

Por Alexandre Massi São Caetano do Sul, SP
A partida não era das mais fáceis. Apesar de ocupar a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série B, o São Caetano jogava em casa e ainda estava invicto sob o comando de Márcio Araújo - em três jogos, foram dois empates e uma vitória. Porém, a Portuguesa não deu bola para o fator casa nem para os números, e conseguiu um ponto valioso no ABC: 3 a 3.
Pela Lusa, a tarde foi de Ananias, com dois gols, e Edno, com participação nos três tentos. Pelo São Caetano, o destaque foi o meia Kléber, também com dois gols.
Com o resultado, a Portuguesa segue líder da Série B com 54 pontos, chega a dez jogos de invencibilidade, e o acesso parece questão de tempo. Já o São Caetano foi a 30, mas segue na zona de rebaixamento. Na próxima rodada, a Lusa recebe o ASA. O jogo será realizado no Canindé, terça-feira, às 20h30m. O Azulão, por sua vez, no mesmo dia e horário, visita o Sport na Ilha do Retiro.
Primeira etapa com bastante luta
Antes de a bola rolar, o discurso na Portuguesa era de que o estado do gramado do Anacleto Campanella e o calor em São Caetano (aproximadamente 35 graus quando a partida teve início) atrapalhariam o espetáculo. Mas, na prática, isso não ocorreu em nenhum momento.
O São Caetano, liderado pelo meia Kleber, criou duas boas chances logo nos cinco primeiros minutos. Na primeira, aos dois, o camisa 10 e cérebro do time arriscou de fora da área, assustando Weverton. Já aos quatro foi a vez do zagueiro Revson aparecer como elemento surpresa, aproveitar falha de Mateus, que não conseguiu cortar cruzamento de Artur, e assustar o goleiro da Portuguesa.
Os sustos fizeram a Lusa e, principalmente, Ananias acordarem. Aos sete, o meia, que atuou improvisado no ataque, sofreu falta de Revson. Marcelo Cordeiro, em jogada ensaiada, cobrou no segundo pau, e Edno ajeitou para Mateus, de cabeça, acertar o travessão.
Aos dez, Edno foi novamente garçom. Ele recebeu lançamento pelo lado esquerdo, foi até a linha de fundo e cruzou para Ananias, que apenas completou para as redes.
A vantagem no marcador diminuiu o ímpeto do líder da Série B. E, apenas oito minutos depois do gol da Lusa, o São Caetano chegou ao empate. Luís Ricardo perdeu bola pelo lado direito. Kléber aproveitou a bobeira e chutou de longe. Weverton, adiantado, nada pôde fazer. A bola ainda bateu no travessão antes de entrar.
O gol animou o Azulão, que ainda teve outras duas boas chances no primeiro tempo, ambas com Antônio Flávio. Na melhor delas, o atacante finalizou de primeira, da marca do pênalti, e exigiu bela defesa de Weverton.
Porém, quando o time do ABC era melhor, a Portuguesa utilizou uma de suas melhores armas: o lado esquerdo. Marcelo Cordeiro cruzou, na medida, para Ananias, como um centroavante, cabecear forte e colocar a Lusa novamente em vantagem.
Edno perde chances, mas depois se redime
O sol baixou, a temperatura caiu, mas o jogo continuou eletrizante. A Portuguesa teve três ótimas chances nos dez primeiros minutos. Primeiro com Marco Antônio, que recebeu bom passe dentro da área, e finalizou para defesa tranqüila de Luiz. E depois com Edno, que ficou duas vezes cara a cara com Luiz. Mandou uma para fora e chutou a outra no meio do gol, que o goleiro do Azulão salvou com o pé.
O castigo veio aos 12. Após cruzamento vindo da direita, Bruno Recife, ex-Lusa, subiu mais alto que a zaga e cabeceou para o gol. Weverton ainda espalmou, mas a bola já estava dentro do gol.
Vendo que sua equipe começava a perder espaço no meio de campo, Jorginho decidiu tirar o artilheiro da Lusa na tarde, Ananias, que começava a apresentar sinais de cansaço. Em seu lugar, entrou Raí. Com isso, Marco Antônio e Henrique ganharam mais liberdade para chegarem ao ataque. E foi justamente com o último que a Lusa voltou a ficar em vantagem. Edno fez boa jogada de pivô e rolou para Henrique, livre dentro da área, finalizar cruzado.
Só que, pela terceira vez na partida, o São Caetano não desanimou e foi buscar o empate. Kléber marcou aos 28, após escorar cobrança de falta, mas o auxiliar marcou corretamente o impedimento. Aos 33, porém, não teve jeito. Kléber, em boa jogada individual, driblou dois adversários e chutou forte, sem chances para Weverton. Resultado que agradou às duas equipes.

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