sábado, 26 de maio de 2012

Em noite de pouca inspiração, Atlético-GO e Ponte ficam no 1 a 1
Times erram muito e seguem sem vencer no Campeonato Brasileiro
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • arbitragem
    Foi bem
    Manoel Nunes Lopo Garrido (BA) passou despercebido, como manda o figurino de uma boa arbitragem. O juiz aplicou 2 cartões e conduziu bem o jogo.
  • decepção
    Adilson Batista
    Sem abrir mão do esquema com apenas um atacante, sem referência na área, o técnico não conseguiu dar bom padrão de jogo ao Atlético-GO.
  • lance capital
    10 do 2º tempo
    Depois de ficar quatro vezes em impedimento, Roger aproveitou cruzamento de João Paulo, finalizou de primeira e empatou a partida para a Ponte Preta.
A CRÔNICA
por Fernando Vasconcelos
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O Atlético-GO, que festejou o empate contra o Cruzeiro na primeira rodada do Brasileirão, agora lamenta uma nova igualdade. Em sua estreia no Serra Dourada, o Dragão ficou no 1 a 1 com a Ponte Preta, que somou o primeiro ponto em seu retorno à Série A. Bida e Roger balançaram as redes em uma noite de pouca inspiração dos dois adversários.
Com dois pontos, o Rubro-Negro fica na oitava colocação pelo menos até o complemento da rodada. A Macaca subiu para 14ª posição, com um ponto. Na próxima rodada, o Atlético-GO recebe o Grêmio, em Goiânia, no dia 6 de junho. A Ponte Preta jogará contra o Flamengo, em Campinas, no mesmo dia. Ciente de que o Atlético-GO ficou devendo, o lateral Ernandes ressaltou a necessidade de melhorar ao longo do Brasileirão.
- A gente sabe que não fez um bom jogo. Teremos que trabalhar muito para melhorar na competição. Vamos esquecer a Ponte Preta. Bola pra frente.
Bida comanda o Dragão
Falta de entrosamento não foi o problema da Ponte Preta. Embora tenha entrado em campo com nove modificações em relação ao time que enfrentou o próprio Dragão no mês passado pela Copa do Brasil, a Macaca ficou mais tempo com a posse de bola e incomodou o adversário com jogadas pelas laterais e passes em profundidade para Roger. No Atlético-GO, Adilson Batista repetiu a formação que estreou contra o Cruzeiro, mas o time da casa não apresentou bom volume de jogo.
A primeira chance de gol ocorreu aos oito minutos. Após cruzamento de André Luís, o goleiro Roberto saiu mal do gol, tentou proteger a bola perto da linha de fundo e perdeu para Roger. O atacante tentou o chute de fora da área e acertou a rede pelo lado de fora. Com apenas um atacante de ofício, o Rubro-Negro tinha dificuldades para se manter no ataque e dependia das investidas dos meias Elias e Bida, já que Diogo Campos não conseguia criar perigo à Ponte.
No entanto, os dois meias atleticanos vivem grande fase, sobretudo Bida, que não perdoou o rival. Aos dez minutos, quando a Macaca controlava as ações, Tiago Alves saiu jogando mal, e a bola sobrou para Elias, que cruzou de primeira. Dentro da área estava Bida. O camisa 10 honrou a responsabilidade de marcar os gols rubro-negros e acertou um belo voleio, sem chances para Lauro: Atlético-GO 1 a 0.
Atlético-GO x Ponte Preta (Foto: Weimer Carvalho / O Popular)Marino disputa jogada com João Paulo Silva (Foto: Weimer Carvalho / O Popular)
Sem se abater com o gol sofrido, os visitantes buscaram a igualdade aos 17 minutos. Estreante da noite, o meia Marcinho deixou Roger na cara do gol. O atacante invadiu pela direita e chutou alto. A bola bateu no travessão antes de sair em tiro de meta. Ao longo da semana, Roger reclamou da cobrança da torcida, que está na bronca com o futebol do jogador.
O centroavante até mostrava vontade no Serra Dourada, mas pecava em seu posicionamento. Só no primeiro tempo foram três impedimentos do Camisa 9, para o desespero do técnico Gilson Kleina. Mas o técnico adversário, Adilson Batista, também sofreu no Serra Dourada. O marcador implacável era o próprio torcedor rubro-negro, que pedia uma formação mais ofensiva em campo.
No banco de reservas Adilson tinha os atacantes Danilinho, Felipe e William à disposição, mas não abria mão de sua convicção. O Atlético-GO chegava em alguns lances com perigo pelo lado direito do campo, com o volante Marino. Outro lance de perigo ocorreu aos 34 minutos. Após cobrança de falta de Elias, Paulo Henrique subiu mais alto e obrigou Lauro a fazer boa defesa.
Redenção de Roger
Muitos torcedores da Ponte Preta podem ter perdido a esperança com Roger logo no primeiro minuto do segundo tempo. Após 15 minutos de intervalo, o atacante não esperou nem uma volta no ponteiro para ficar em posição irregular novamente. O atacante recebeu cruzamento da esquerda, obrigou Roberto a fazer boa defesa, mas o lance já não valia. Roger estava impedido.
No entanto, enquanto o time da casa pecava por omissão e não ameaçava a Ponte, Roger pecava agindo. Depois de várias tentativas, o jogador foi premiado em lance de oportunismo e competência. João Paulo cruzou para a área atleticana, Paulo Henrique não alcançou a bola e o camisa 9 da Ponte, em posição legal, mandou de primeira para o fundo da rede: 1 a 1 e chuva de vaias no Serra Dourada.
O alvo principal dos protestos era o técnico Adilson Batista, que não esperou nem a saída de bola para substituir Diogo Campos por William, alteração que não mudou o esquema tático com um atacante. Roger quase virou o jogo aos 15, em chute de fora da área. Bida, discreto após fazer um golaço no primeiro tempo, respondeu no minuto seguinte, em chute à esquerda de Lauro.
No decorrer do segundo tempo, o treinador do Atlético-GO ainda colocou Felipe na vaga do volante Fernando Bob, mas o Dragão não empolgou. A Ponte Preta diminuiu o ritmo e também parou de ameaçar o goleiro Roberto.

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