terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vitor Belfort compra casa em Miami
e se muda de vez para a Blackzilians

Lutador inventa marketing com protetor de dedo na mão esquerda e fala
sobre planos de ser executivo: 'Só depende do Dana White e do Lorenzo'

Por Adriano Albuquerque e Ivan Raupp Rio de Janeiro
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A Blackzilians agora faz parte de vez da rotina de Vitor Belfort. Após um período experimental de treinos, o lutador brasileiro acertou sua ida para a equipe americana de Boca Raton, da qual fazem parte Rashad Evans, Alistair Overeem, Thiago Silva, Anthony Johnson, Gesias Cavalcante, Guto Inocente, Tyron Spong, Cosmo Alexandre, entre outros. De acordo com a mãe de Vitor, Dona Jovita, ele já comprou uma casa em Miami, que é próxima à cidade, e até matriculou os filhos em uma escola de lá. O carioca, que vinha treinando no Rio de Janeiro, contou que a mudança se deveu a um ensinamento de seu falecido mestre Carlson Gracie.
- O Carlson me disse uma vez: "Se você quer ser campeão um dia, lembre-se que leão anda com leão, hiena com hiena e elefante com elefante. Eles não se misturam". Então, fui para um lugar cheio de leões, todos com vontade. O líder da equipe é o Glen (Robson), um empresário de sucesso e meu amigo. Eu vinha conversando com ele há bastante tempo, desde antes de enfrentar o Anthony Johnson. Eu fiquei de ir para lá, mas aconteceu de eu enfrentar um lutador deles (Johnson, em janeiro deste ano) e não fui. Os caras lá são muito bons. Lá tem grandes wrestlers, como o Rashad, e estava faltando essa parte no meu jogo. Fui muito bem recebido. Estou muito satisfeito. Se tudo der certo, vou permanecer lá. Estava fazendo falta para mim todo esse material humano. Todo dia eu aprendo uma coisa nova - disse ao SPORTV.COM.
Vitor Belfort UFC (Foto: Adriano Caldas / Globoesporte.com)Vitor Belfort e o protetor de dedo: 'Estou de olho em você' (Foto: Adriano Caldas / Globoesporte.com)
Vitor Belfort contou um pouco dos treinamentos em Miami e disse que não viu problema algum em ser companheiro de Overeem e Johnson, dois lutadores que já enfrentou. Essa, por sinal, é a ideia que ele sempre defendeu, de que não existe problema em dois amigos ou companheiros de treino se enfrentarem no MMA.
- Com o Overeem eu não treinei muito, porque ele é bem mais pesado. O Rashad tem me ajudado muito. Treinei com o Anthony Johnson outro dia também. Não tem esse negócio. É exatamente o que eu prego. Estou lá quebrando esses paradigmas. Existe muita gente boa lá.
O peso-médio esteve em um encontro com a imprensa nesta terça-feira e apareceu com um protetor de dedo no indicador da mão esquerda. Segundo ele, foi uma ideia inovadora que teve:
- Eu criei isso para o Ipad e o Iphone, para não sujar a tela com o dedo. É também uma forma de marketing. Estou de olho em você! Executei mais uma das minhas ideias - afirmou, fazendo referência a uma frase que diz em uma propaganda.
Vitor Belfort e Rashad Evans na Blackzilians (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)Vitor Belfort e Rashad Evans na Blackzilians, em
Boca Raton (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
E essa ideia foi mais um sinal claro de que Vitor pretende mesmo se tornar um executivo do UFC após se aposentar das lutas, o que ele já afirmou que pretende fazer só daqui a cinco anos. O objetivo, segundo ele, é esse mesmo.
- Só depende do Dana White e do Lorenzo (Fertitta). Agora, de mim, meu amigo? Existem três tipos de pessoas no mundo: as que fazem as coisas acontecerem, as que veem as coisas acontecerem, e as que não sabem o que acontece. Qual tipo de pessoa é você? Eu faço as coisas acontecerem! E de vez em quando vejo as coisas acontecerem.
O adversário de Vitor Belfort no UFC Rio III, o americano Alan Belcher, não compareceu ao encontro com a imprensa devido a problemas pessoais. Se vencê-lo em 13 de outubro, o brasileiro tem grandes chances de se credenciar para disputar o cinturão. Perguntado se pensaria em subir de categoria caso Spider não aceite enfrentá-lo de novo, assim como está fazendo com Chris Weidman, ele brincou:
- Deixa o Anderson Silva para lá (risos). Estou pensando no Alan Belcher. Vamos competir, vamos lá. Quero ganhar dele, depois a gente fala de outras coisas. Este é o meu desejo (disputar o cinturão), mas nem sempre a gente consegue o que a gente pede.

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