sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Pelo título, diretoria faz concessões 
e agrados aos jogadores na reta final

Cuca fala em 'pacto para a arrancada' para explicar regalias como mais folgas, concentrações menores e premiação dobrada em caso de título

Por Lucas Catta PrêtaBelo Horizonte
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A espera é longa. Tem mais de 40 anos. Na última e única vez que o Atlético-MG levantou o título de campeão brasileiro, em 1971, boa parte do atual elenco nem era nascida. Para que a glória volte a ser alcançada nesta temporada, a diretoria atleticana ofereceu alguns benefícios e “mimos” aos jogadores. Tudo para incentivá-los a chegar no dia 2 de dezembro, data de encerramento do Brasileirão, com o Galo em primeiro lugar. No momento, com 53 pontos, o Alvinegro ocupa a segunda posição, a seis pontos do líder, Fluminense.
Cuca, técnico do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Flickr Atlético-MG)Cuca espera comprometimento dos jogadores na reta final (Foto: Bruno Cantini / Flickr Atlético-MG)
Entre os benefícios, dois deles se referem ao descanso e conforto dos atletas. Nesta semana, por exemplo, os jogadores tiveram dois dias de folga, no domingo e segunda-feira, após a partida de sábado. O técnico Cuca explica que o elenco precisava de repouso, mais do que o treino.
- Só nós jogamos no meio de semana (contra o Flamengo e, depois, a Portuguesa). Dá para dar uma equilibrada entre repouso e treinamento. E o repouso agora era mais importante. É um momento que os jogadores sentem muitas dores.
Por reivindicação do elenco, também foi mudado, nesta semana, o esquema de concentração. Antes, os jogadores ficavam dois dias “reclusos”, seja na Cidade do Galo, para os jogos em Belo Horizonte, ou em hotéis, antes de partidas fora de Minas Gerais. A partir do confronto contra o Figueirense, neste sábado, o período caiu para um dia.
Essa solicitação já havia sido feita pelos jogadores ao técnico Cuca, que repassou o pedido à diretoria. Mas a cúpula alvinegra entendeu que era necessário continuar o regime de dois dias. Os atletas, então, argumentaram novamente o desgaste, já que a concentração os obriga, por exemplo, a ficar longe das famílias. Apesar de acatar o pedido, Cuca deixou o recado: esse foi um voto de confiança que precisa ser cumprido.
Cuca, treinador do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Flickr Atlético-MG)Cuca: concessões são para o bem do Atlético-MG  (Foto: Bruno Cantini / Flickr Atlético-MG)
- Eu faço parte de uma engrenagem enorme que é o Atlético-MG. Tenho minha função, os jogadores a deles, o presidente, a dele. Trabalho para o melhor convívio possível. Não adianta eu, o Maluf (diretor de futebol) e o presidente termos compromisso se os jogadores não tiverem. Foi uma reivindicação dos jogadores, desde que fiquem mesmo em casa, com a família. Acreditamos que as coisas vão fluir e acontecer bem até o final.
Por fim, o bolso dos jogadores também será ainda mais beneficiado a partir de agora, com as vitórias que vierem. O presidente Alexandre Kalil aumentou o “bicho” pago aos atletas, praticamente dobrado.
O técnico Cuca, em total sintonia com a diretoria atleticana e o elenco, acredita que este momento, com o time na cola do líder Fluminense, é o ideal para deixar todos satisfeitos. Tudo para atingir o principal objetivo da temporada, ser campeão.
- Tudo que a gente pode fazer para benefício a gente faz. Ninguém pensa em si próprio, mas para o bem do Atlético-MG em geral. A gente quer que o jogador tenha alegria, mas dentro de um compromisso. Estamos adotando algumas medidas, que podem não ser muita coisa, mas que podem ser um pouco diferentes. São coisas pensadas, e estamos sempre conversando. Estamos juntos com os jogadores. Temos que fazer um pacto para a arrancada final, e pensar no jogo a jogo.

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