quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Agente de Alecsandro espera fim do Brasileiro para procurar novo clube

Insatisfeito, atacante não descarta ficar, mas oferta que interesse ao Vasco pode levá-lo de São Januário. Lesionado, ele não deve mais jogar este ano

Por André Casado e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Alecsandro Juninho Pernambucano vasco treino (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Como Juninho, Alecsandro pode não ir mais a
campo (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
Depois de desfalcar o time contra o Coritiba, Alecsandro também deve ficar fora das duas últimas rodadas do Brasileirão e pode não jogar mais pelo Vasco. O atacante é um dos titulares com chances de deixar a Colina no fim da temporada. A insatisfação com a crise financeira vivida pelo clube, que se intensificou recentemente, fez com que o jogador desse sinal verde para seu empresário procurar outro destino a partir do dia 3 de dezembro. Até agora, garante Oldegard Filho, ainda não há sondagens pelo camisa 9, mas as chances de permanência não parecem grandes.
O artilheiro cruz-maltino na competição, com dez gols, marcou apenas duas vezes no segundo turno e tem convivido com lesões - primeiro foi na coxa e, depois, na panturrilha. A ponto de o departamento médico não crer que ele entre mais em campo na temporada, a exemplo de Juninho, com  fadiga muscular.
Ao longo de 2012, porém, Alecsandro fez 58 partidas (26 gols) e segurou a barra quando não havia um substituto, já que Tenorio operou o tendão de Aquiles em fevereiro. Seu contrato vai até fevereiro de 2014, mas uma proposta que interesse às duas partes pode tirá-lo da Colina.
- Vou me movimentar no mercado para ver se fazemos uma boa colocação para o atleta e para o Vasco. Isso eu tenho certeza de que vou fazer, com a autorização do Alecsandro. Se essa situação continuar, vai ser insustentável para qualquer jogador. Tomara que encontrem uma solução logo - afirmou o agente, que aproveitou para registrar que seu cliente não pensa em acionar o clube na Justiça, como fez o meia Bernardo, por exemplo, sem sucesso.
O Vasco nunca honrou com o pagamento em dia, à exceção da época do Rodrigo Caetano, que brigava muito por isso. Por uns seis meses, o Alecsandro nunca teve problema. Depois, piorou tudo. Em uma analogia, o clube estava normal, entrou no leito, passou para a UTI e agora parece que espera a hora da morte"
Oldegard Filho, agente de Alecsandro
No início de setembro, o atacante concedeu sua última entrevista coletiva, na qual já mostrava sua chateação com o cenário sombrio. Sua declarações repercutiram muito, e Alecsandro alega que foi mal interpretado. Por isso, tem evitado a imprensa desde então. Neste meio tempo, a queda de rendimento no ataque vascaíno tornou a despertar as críticas dos torcedores.
De acordo com o empresário, é consenso entre o grupo e pessoas do meio que a saída de Rodrigo Caetano foi fundamental para que a administração perdesse o controle.
- O Vasco nunca honrou com o pagamento em dia, à exceção da época do Rodrigo Caetano, que brigava muito por isso. Por uns seis meses, o Alecsandro nunca teve problema. Foi apresentado um plano de carreira para ele, mostrando que tudo que estava sendo oferecido era em cima das receitas. O (José Hamilton) Mandarino (ex- vice de futebol, que saiu há dois meses e meio) ajudou nisso. Depois, piorou tudo. Em uma analogia, o clube estava normal, entrou no leito, passou para a UTI e agora parece que espera a hora da morte - lamentou.
Alecsandro assumiu um compromisso financeiro alto com um imóvel, e a incerteza vem lhe chateando cada dia mais. Em contrapartida, o diretor de futebol do Vasco, Daniel Freitas, diz que ainda não notou nenhuma manifestação de vontade de sair por parte do camisa 9.
- Ainda não conversei com o empresário, mas tenho falado com o Alecsandro e ele nunca manifestou qualquer tipo de insatisfação. Sempre disse que gostaria de permanecer no Vasco na próxima temporada, até porque tem contrato em vigor - frisou.

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