segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mesmo sem ponto eletrônico, Gaúcho e Ricardo Gomes se entrosam bem

Diretor técnico apenas enviou auxiliar ao vestiário para levar orientações e, segundo o treinador, opiniões sobre jogo foram 'muito parecidas'

Por Fred Huber e Vicente Seda Rio de Janeiro
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gol Vasco x Ajax (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do vasco)Jogadores comemoram gol da vitória sobre o Ajax
(Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do vasco)
O drama vivido por Ricardo Gomes ao sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) quando o Vasco vivia  talvez o seu melhor momento nos últimos anos comoveu São Januário. E o carinho dos torcedores ficou explícito no retorno do agora diretor técnico cruz-maltino. Na despedida de Pedrinho, no amistoso contra o Ajax, da Holanda, no domingo, ele foi assediado por onde passou, atendendo com a costumeira educação e simpatia todos os pedidos de fotos e autógrafos. Porém, o jogo festivo serviu para mais do que uma reaproximação com os torcedores. Foi o primeiro teste de um novo formato de trabalho com Gaúcho na área técnica e Ricardo Gomes, agora, assistindo de camarote.
Para evitar o excesso de esforço ao subir e descer as escadarias que levam às cabines reservadas à diretoria, comissão técnica e imprensa, apenas o auxiliar Jorge Luiz desceu ao vestiário no intervalo do jogo, levando as instruções de Ricardo Gomes. O ponto eletrônico ficou de lado, mas o entrosamento da comissão técnica ficou claro no discurso de Gaúcho. Sem pudores ao admitir que discute com o diretor todos os temas relacionados ao seu trabalho, o que inclui escalações e mudanças táticas na partida, o treinador vascaíno narrou a sua primeira impressão sobre o novo formato.
 - Eu e Ricardo já trabalhamos juntos, estava o Cristóvão (Borges, ex-técnico do Vasco) também. E a nossa leitura do jogo sempre foi parecida. Então isso sempre funcionou bem, é até curioso. O Jorge Luiz veio ao vestiário passar o que o Ricardo falou hoje (domingo), e a nossa leitura também foi bem parecida - explicou Gaúcho.
O técnico afirmou que, durante as partidas, nem sempre é positivo ter outra pessoa falando ao ouvido e, ao que parece, isso não será problema.
- A nossa relação é diária. Nos 90 minutos, acaba sendo mais uma coisa individual. Tem gente que trabalha com o ponto eletrônico, mas tem vezes que isso atrapalha, desconcentra, acabam sendo colocadas coisas no momento errado, é de cada um. A coisa mais legal é o papo no vestiário, porque geralmente as opiniões são muito parecidas - contou.
O Jorge Luiz veio ao vestiário passar o que o Ricardo falou hoje (domingo), e a nossa leitura também foi bem parecida"
Gaúcho
Na pré-temporada, Ricardo Gomes assiste do gramado a todos os treinamentos, fazendo intervenções pontuais e individuais com determinados jogadores. Um dos que chamou para conversar em Pinheiral, no interior do Rio, foi Carlos Alberto, um dos mais experientes do atual elenco vascaíno. Para Gaúcho, o Vasco tem de ser mais ousado do que foi contra o Ajax, mas a avaliação do treinador foi bastante positiva, levando em consideração o número de coletivos realizados na pré-temporada.
- A coisa que vi mais clara é que o Vasco terá de ser mais ousado, mas sem um time taticamente equilibrado, sei que é difícil. Tentei montar uma equipe bem compacta, ou não daria para jogar. Não tive decepção nenhuma. Há muito a melhorar, mas muita coisa boa aconteceu. Gostei muito do que vi, fizemos poucos coletivos, demos mais ênfase à parte física, mas as coisas andaram bem - analisou.
Os jogadores do Vasco retornam para Pinheiral nesta segunda-feira, onde o time realiza a pré-temporada até a estreia no Carioca, dia 19, contra o Boavista, em Volta Redonda.

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