Substituído por Razia, Glock prevê vida dura para estreantes na Marussia
Para alemão, dupla formada por novatos (Chilton e Razia) pode gerar dificuldade para próprios pilotos e para equipe: 'Não vai ser fácil para eles'
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Timo Glock, ex-Marussia (Foto: Getty Images)
Foram cinco temporadas e 91 corridas na Fórmula 1. Mas no início deste ano, Timo Glock rescindiu seu contrato com a Marussia para dar lugar ao brasileiro Luiz Razia,
que, além de vice-campeão da GP2 em 2012, desembarca também com o
aporte financeiro de empresas europeias. Razia forma, com o britânico Max Chilton
(também da GP2 e com apoio de patrocinadores), uma dupla de estreantes.
Fora da F-1, o alemão – agora piloto da BMW no campeonato alemão de
turismo – acredita que os novatos e a própria equipe terão dificuldades
nesse primeiro ano devido a falta de uma referência mais experiente.- Definitivamente, não vai ser fácil para eles, especialmente em testes, quando você precisa ser capaz de tomar as decisões certas ao localizar os pontos fracos dos carros. É algo que só vem com experiência. Há muita pressão em Luiz e Max para chegar à velocidade do carro rapidamente. Esta é a parte crítica. Saber que a simulação que você leva para a pista não é tão precisa, mas ser capaz de dar o passo à frente dali – analisou Glock.
Em meados de janeiro, no anúncio da rescisão com Glock, a própria Marussia admitiu que questões financeiras motivaram o destrato e, por conseqüência, a formação de uma dupla de estreantes.
- Nossa equipe foi fundada no princípio de beneficiar a experiência e, ao mesmo tempo, oferecer oportunidades para jovens talentos emergentes. Por causa dos desafios atuais da indústria, tivemos que tomar medidas para garantir nosso futuro a longo prazo. A difícil condição econômica prevalece e o cenário comercial é complicado para todos, inclusive para a F-1 – explicou o chefe do time, John Booth.
Alemão deixou equipe para dar espaço para brasileiro Luiz Razia (Foto: Divulgação Marussia)
Luiz Razia, que estreou como titular na Marussia nos testes de
pré-temporada em Jerez de la Frontera no início de fevereiro, admite que
a falta de experiência da nova dupla pode ser um complicador, mas
discordou de que isso seria um grande problema. Para o baiano, ele e
Chilton chegam com ótima bagagem da GP2, principal categoria de acesso e
que corre em circuitos presentes no calendário da F-1.- Diria que teremos alguns momentos difíceis, mas não problemas. Foi uma decisão difícil para a equipe. Precisamos trabalhar juntos para enfrentar as dificuldades e, eventualmente, chegaremos a boas coisas. Há algumas pistas que ainda não conhecemos e diversas coisas novas, então precisamos entrar no ritmo. Mas os pilotos da GP2 entram no ritmo rapidamente – balanceou o brasileiro.
Max Chilton, companheiro de Luiz Razia na Marussia em 2013, também estreia na F-1 (Foto: Divulgação)
A temporada da Fórmula 1 começa com o GP da Austrália, de 15 a 17 de
março. Os pilotos voltam à pista antes disso, para a segunda sessão de
testes de pré-temporada, a partir de 18 de fevereiro, em Barcelona.
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