terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

'Tenho mais 'punch' que ele', diz Cristiano Marcello sobre adversário

Peso-leve brasileiro volta ao Japão, onde fez sucesso como córner dos lutadores da Chute Boxe, no próximo sábado pelo UFC: Silva x Stann

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
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O ano de 2012 foi bom para Cristiano Marcello. Aos 34 anos de idade, o lutador carioca participou da versão americana do reality show The Ultimate Fighter, conquistou uma vaga no UFC e expandiu os negócios de sua academia, CM System. Em 2013, com 35 anos completados no último dia 3 de dezembro, Marcello já tem um primeiro desafio marcado: seu retorno a Saitama, sede do UFC Japão 2013, onde enfrenta o japonês Kazuki Tokudome no próximo sábado. Seu adversário tem a maior parte de suas vitórias por nocaute ou nocaute técnico, mas o brasileiro estudou bastante o seu jogo e garante: tem a mão mais perigosa do confronto.
Cristiano Marcello pesagem UFC Rio III (Foto: Getty Images)Cristiano Marcello no último UFC Rio III: preparado para a 'mão pesada' de Tokudome (Foto: Getty Images)
- É difícil ver pelo histórico. Eu fui 26 vezes ao Japão, vi muita luta de japonês, e dificilmente você vê um japonês com "punch" avassalador. Aí você vê os oponentes, como foram os nocautes... Não foi aquela coisa à la Wanderlei Silva, que, onde você soca, não nasce mais cabelo. Foi um lance que o juiz interferiu, porque o cara não reagiu mais... Lógico, luta é luta, você tem que estar sempre se preocupando, mas eu acho que tenho mais "punch" que ele, inclusive - afirmou Cristiano Marcello ao SPORTV.COM.
Apesar disso, o carioca garante não ter soberba e espera uma luta muito dura contra o adversário, veterano do Pancrase e Deep, que faz sua estreia no Ultimate, após 11 vitórias, três derrotas e um empate na carreira. A última luta de Marcello também foi sangrenta: uma vitória na decisão dividida dos jurados contra o iraniano Reza Madadi no UFC Rio III. Depois dela, o brasileiro chegou a dizer que precisaria fazer uma "lanternagem", mas confessa agora que a recuperação foi mais fácil do que esperava.
Cristiano Marcello, UFC RIO III (Foto: Amanda Kestelman / Globoesporte.com)O estrago no rosto de Cristiano após o UFC Rio III
(Foto: Adriano Albuquerque/Globoesporte.com)
- Foi super tranquilo. Precisei de uns 10 dias pra me recuperar, devido a quatro pontos que levei no supercílio esquerdo. Achei que minha carreira de modelo tinha acabado, mas pelo contrário, estou mais bonito ainda! - brincou.
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A luta do próximo sábado marca o retorno de Cristiano Marcello ao Japão, país onde ele mesmo diz que viveu algumas das maiores emoções de sua vida, como um dos córneres dos lutadores da academia Chute Boxe. O carioca ajudou em vitórias clássicas de Wanderlei Silva, Maurício Shogun e Anderson Silva, entre outros. Ele mesmo lutou uma vez pelo lendário e extinto evento Pride, em 2006, quando foi derrotado por Mitsuhiro Ishida em decisão unânime dos jurados. Aquele combate permanece na sua memória.
- Eu lutei com o top 2 do ranking, que lutou com o (Takanori) Gomi depois da minha luta. Quase quebrei o braço dele. Não chegou a quebrar, mas eu o vi de tipoia depois. Fiz um estrago, fiz uma luta boa, mas ele não quis trocar em pé comigo, mérito dele por ser um bom wrestler. Os japoneses gostaram tanto da luta que foram 15 minutos de eu por baixo, quase raspei ele várias vezes, quase peguei várias vezes... O próprio presidente veio me elogiar depois, disse que foi um show de jiu-jítsu. Foram 16 mil pessoas em Osaka. Eu lembro da entrada, entrei de quimono preto... Se fazia muito show. Na época, tinha um moleque no beisebol que pegava um lencinho e se secava, e jogava para o público. Eu fiz uma alusão a isso, peguei um lencinho, comecei a me secar e joguei para o público, e a galera se identificou com isso - lembrou o lutador.

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