quarta-feira, 6 de março de 2013

Decisão do Fla abala Jade: 'Fiquei tão perplexa que nem conseguia chorar'

Um dos destaques entre os atletas rubro-negros, ginasta afirma ainda que teme por 2016: 'Pode ser que o Rio não tenha atletas nas Olimpíadas'

Por Flávio Dilascio Rio de Janeiro
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A decisão da nova diretoria do Flamengo de acabar com o apoio à ginástica olímpica e ao judô no plano profissional pegou de surpresa os atletas. Contratos de 28 deles não serão renovados, e restarão apenas as categorias de base e as escolinhas, como aconteceu com a natação. Jade Barbosa é um dos principais nomes dessa lista. E é uma das que mais parecem ter sentido o baque. Pelo menos é desta maneira que definiu a situação. Abatida, demonstrava estar muito emocionada. Mas as lágrimas, comuns nas competições que disputou, não vieram.

- Fiquei tão perplexa que nem conseguia chorar. Entrei no Flamengo quando ainda tinha cinco anos. Passamos por todo tipo de situação e sempre conseguimos superar - lamentou a atleta de 21 anos na coletiva de imprensa convocada por ela, os irmãos Diego e Daniele Hypolito, Caio Campos, Patrics Barbosa, Sérgio Sasaki e o técnico Renato Araujo.
Jade Barbosa, Diego Hypolito, Daniele Hypolito, coletiva Ginástica Flamengo (Foto: Wagner Meier/Agência Estado)Jade Barbosa e os irmãos Diego e Daniele Hypolito na coletiva (Foto: Wagner Meier/Agência Estado)
Além do fato de ter que deixar um clube que defendeu por quase toda a carreira, Jade Barbosa se diz preocupada com as Olimpíadas de 2016. Para ela, a cidade-sede pode não ter um representante na ginástica.
- Fico preocupada com 2016 porque pode ser que o Rio não tenha nenhum atleta nas Olimpíadas. Deveriam ter pensado mais no esporte e nas consequências para o clube - lamentou.
Para explicar a decisão, os dirigentes rubro-negros alegam que houve um déficit de R$ 14,5 milhões no departamento olímpico em 2012 e que o custo das duas equipes juntas chegava a R$ 2 milhões por ano. Eles informam ainda que tentaram, sem sucesso, pedir ajuda a duas esferas do governo e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A entidade se defende. Em nota oficial, afirma que se reuniu com dirigentes do clube na última semana e tem ajudado nos últimos anos com série de ações. O COB alega ainda que contribuiu com equipamentos, pagamentos de equipes e ajuda de custo para treinamentos e viagens.

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