sexta-feira, 28 de junho de 2013

Adversário de Roger Gracie critica salários do UFC: 'Não paga bem'

Sargento do Exército, Tim Kennedy revela valor de sua bolsa no UFC 162
e diz que embolsará menos de 50%: 'Ganharia mais limpando lixeira'

Por Rio de Janeiro
66 comentários
Tim Kennedy lutador MMA (Foto: Getty Images)Tim Kennedy: 59% de sua bolsa será usada em
custos de preparação (Foto: Getty Images)
Conhecido pelo tom ácido de suas entrevistas, o peso-médio americano Tim Kennedy, adversário do brasileiro Roger Gracie no UFC 162, em 6 de julho, virou sua mira para a estrutura de pagamento do maior evento de MMA do mundo. O lutador e sargento do Exército americano, que fará em Las Vegas sua primeira luta pelo Ultimate após 12 anos de carreira e lutas por organizações como IFL, WEC e Strikeforce, reclamou duramente de como está sendo pago para o duelo com o carioca e lembrou que muitos outros lutadores têm de trabalhar para se manter e não podem se dedicar 100% ao esporte.
- É patético que tantos lutadores (tenham de ter outros empregos). Sou um de 3% dos caras no esporte inteiro (que não precisam), e seria dureza sobreviver com o que eu recebo lutando. É bom eu ter outro emprego, porque o UFC não paga muito bem - afirmou Kennedy, em entrevista ao podcast "GrappleTalk".
As declarações de Kennedy ecoam com as opiniões do peso-leve John Cholish, que se aposentou após sua derrota para Gleison Tibau no UFC no Combate 2, em maio, e reclamou das dificuldades de se manter lutando MMA. Na época, o presidente do UFC, Dana White, menosprezou as críticas de Cholish, dizendo que ele recebeu a mesma chance e o mesmo início que campeões como Anderson Silva e Georges St-Pierre receberam ao começarem. Todavia, Kennedy chega ao UFC já como um lutador estabelecido, duas vezes desafiante ao cinturão do Strikeforce e um dos atletas mais populares do esporte nos EUA.
Luke Rockhold x Tim Kennedy Strikeforce MMA (Foto: Getty Images)Tim Kennedy (dir.) enfrentou Luke Rockhold pelo cinturão no Strikeforce (Foto: Getty Images)
O sargento das Forças Armadas, que serviu no Iraque e no Afeganistão, revelou que sua bolsa para o UFC 162 será de US$ 55 mil (cerca de R$ 120 mil), e que seu pagamento poderia subir até US$ 70 mil (R$ 152,8 mil) com um bônus pela vitória. Contudo, após pagar despesas de treino, exames médicos e equipe, Kennedy receberia apenas US$ 20 mil (R$ 43,6 mil), sem contar os impostos que ainda teria de pagar. Posteriormente à entrevista, o lutador detalhou a divisão de sua bolsa: 13% em taxas de academia, 12% para nutrição, 10% para seu empresário, 10% para seu treinador, 8% em alojamento para sua equipe, 3% para exames médicos requeridos para a luta e 3% em equipamento. No total, seria 59% de sua bolsa de luta antes dos impostos serem deduzidos.
+ Combate.com: confira as últimas notícias do mundo do MMA
- Qualquer um que aceite isso como a "realidade do esporte" é triste e patético. Eu espero que esta não seja a realidade do esporte. Se for, eu provavelmente deveria fazer outra coisa, como limpar lixeiras. Eu ganharia mais dinheiro do que ganho agora - disparou Kennedy.
O peso-médio americano tem 15 vitórias e quatro derrotas na carreira, e vem de triunfo por finalização sobre o compatriota Trevor Smith no último evento do Strikeforce, em janeiro. Ele enfrenta Roger Gracie no card principal do UFC 162, que terá transmissão ao vivo e exclusiva do canal Combate no próximo dia 6 de julho, direto de Las Vegas, a partir de 19h (horário de Brasília). Confira o card completo:
UFC 162
6 de julho de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Anderson Silva x Chris Weidman
Frankie Edgar x Charles Do Bronx
Tim Keneddy x Roger Gracie
Mark Muñoz x Tim Boetsch
Cub Swanson x Dennis Siver
CARD PRELIMINAR
Chris Leben x Andrew Craig
Norman Parke x Kazuki Tokudome
Edson Barboza x Rafaello Trator
Gabriel Napão x Dave Herman
Seth Baczynski x Brian Melancon
Mike Pearce x David Mitchell

Nenhum comentário:

Postar um comentário