quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Fulminante no começo, Portuguesa vence e mantém Criciúma no Z-4
Lusa resolve a partida em 13 minutos, segura a pressão do Tigre e do Heriberto Hülse no segundo tempo e se distancia da zona de rebaixamento 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    pressão
    A marcação no campo de ataque da Lusa no início do jogo resultou no placar final. Em 13 minutos, abriu 2 a 0, com gol em bola roubada do zagueiro tricolor, perto da área.
  • nome do jogo
    Gilberto
    Mais uma vez o goleador da Lusa se destacou. Fez um, roubou a bola e deu assistência para o segundo tento da Lusa. Com 15, ele torna-se o artilheiro da Série A ao lado de Éderson
  • como fica?
    na degola
    Enquanto a Lusa ganha fôlego e três posições na tabela, o Tigre segue na zona de rebaixamento e pode ainda perder a 17ª posição para o Vasco, que joga na quinta
A CRÔNICA
por João Lucas Cardoso
2 comentários
Quem está na parte de baixo da classificação do Campeonato Brasileiro tem que estar ligado a todo momento. A Portuguesa entrou acesa e à mil, e resolveu o jogo diante do Criciúma em 13 minutos. Marcou os dois primeiros gols da vitória por 3 a 1 no começo do jogo e segurou a pressão do Tigre e do Heriberto Hülse. O reencontro da vitória após duas partidas significou à Lusa o distanciamento da zona de rebaixamento. Área da tabela que o time catarinense ansiava em sair com uma terceira vitória seguida – frustrada pela velocidade lusa do começo.

A Portuguesa surpreendeu o Criciúma e o Heriberto Hülse jogando em cima e com velocidade. Quando o time da casa foi entrar no jogo, a Lusa já havia colocado a bola duas vezes no fundo da rede, com Gilberto e Bergson. O técnico Argel Fucks mudou duas vezes e o esboço de reação do Tigre só foi ocorrer depois do 40º minuto da etapa. O goleiro Lauro suportou as investidas e manteve a vantagem parcial.

No segundo tempo, todo o time teve que suportar o Tigre. Com o gol de desconto de Matheus Ferraz, aos 25, a maioria das 11.633 nas arquibancadas quase entrou em campo. Se sobrou apoio, faltou ao Criciúma a organização e o passe certeiro para desfazer o prejuízo contraído nos instantes iniciais, ampliado já nos acréscimos, com Henrique. Asssim, o time paulista mantém o tabu de jamais ter pedido um jogo para o Criciúma no Campeonato Brasileiro. A façanha foi acrescida justamente no dia do aniversário do estádio Heriberto Hülse.
Ao chegar aos 37 pontos, a Portuguesa ganha três posições e mais fôlego contra o rebaixamento. Já o Criciúma, que tentava deixar a zona da degola nesta rodada, o revés o deixa estagnado na tabela e ainda pode perder a 17ª colocação após o duelo entre Vasco x Goiás, na quinta-feira. Para os próximos confrontos, os dois time invertem os mandos. O Tigre vai a capital paulista encarar o Corinthians, no próximo sábado, às 21h. Já a Portuguesa recebe o Vitória no domingo, no Canindé, em partida marcada para as 18h30m.
Criciúma Portuguesa (Foto: João Lucas Cardoso)Lusa ganha fora de casa: 3 a 1 fora de casa (Foto: João Lucas Cardoso)
Lusa a mil

Fulminante, a Portuguesa fez o jogo tomar rumo a seu favor tão logo iniciado. A marcação adiantada do time paulista fez a defesa do Tigre ser furada. E duas vezes. A primeira foi numa bola de escanteio em que o Criciúma não tirou da área. O chute de Gilberto foi desviado e o goleiro Galatto traído. Quem também se atrapalhou com a bola foi Matheus Ferraz, em lance claro da pegada lusitana no Heriberto Hülse. O zagueiro perdeu a bola para o artilheiro da Lusa, que achou Bergson e a Lusa um 2 a 0 com apenas 13 minutos.

Um prejuízo tremendo ao Tigre, que ansiava sair da zona de rebaixamento nesta rodada.
Ainda que tenha tomado duas pancadas, o Criciúma não conseguiu espantar a sonolência que parecia imperar no seu meio e defesa. Confortável, no campo e no placar, a Lusa recolheu a marcação, dando combate a partir de sua metade do gramado. No entanto, tinha as bolas paradas como aliadas para elevar o pavor à defensiva do time da casa. Como quando Souza carimbou o travessão e o goleiro do Tigre teve que salvar o segundo arremate, dado no rebote diante da ineficácia da retaguarda. A troca do meia Ricardinho pelo atacante Fabinho até permitiu aos catarinenses alguma aproximação à área lusitana. Diminuir o placar, no entanto, era algo distante.

Argel Fucks foi para a segunda alteração: Daniel Carvalho na vaga de Morais. Mas o sacode no time, como de costume, não partiu do banco ou de dentro das quatro linhas. A torcida da casa elevou o coro. Foi entre gritos de incentivo que o Carvoeiro foi equilibrar as ações, e esbarrar em intervenções importantes do goleiro Lauro. Primeiro, ele foi na altura do travessão para dar o tapa e evitar tentativa por cobertura de Fabinho. Depois o arqueiro espantou uma bomba cruzada na chegada do 'lateral-surpresa-esquerdo' Marlon dentro da área.
Segura a pressão
Com a vantagem na entrada da etapa, a Lusa se deu ao luxo de especular e até tocar a bola sem muito desejo de chegar à baliza de Galatto. Em alguns momentos, o Criciúma chegava a ter quase o time inteiro no campo de ataque. Porém, não era por falta de vontade ou posse de bola que o desconto estava longe. A carência era na armação da jogada ou nos cruzamentos para a área. O primeiro bom lance tricolor na etapa, por exemplo, só foi gerado com persistência. No tumulto dentro da área lusitana, o zagueiro Matheus Ferraz tentou se redimir da falha do primeiro tempo colocando dentro do gol. Ficou na boa intenção e bola na trave.

A Portuguesa começava a satisfazer com o resultado fora de casa que dava distância à zona de rebaixamento. Tanto que o técnico Guto Ferreira passou a lançar mão do ataque a partir da entrada do meia Wanderson na vaga do atacante Bergson, aos 19 minutos. A ambição que faltava aos visitantes enchia o fôlego do Criciúma. Se a torcida sentia a dificuldade, coube ao time colocar a arquibancada dentro de  campo e encurralar a Lusa.

Na persistência, o Criciúma chegou ao desconto. Matheus Ferraz ficou quite com a bobeira ao aparecer antes do goleiro Lauro na bola alçada à área. A maioria dos 11.633 espectadores passaram a jogar com o time a cada bola. Qualquer falta provocava urros do torcedor, gritos histéricos quando a bola entrava na área lusitana. Mas as falhas de armação apresentadas não mudaram. A Lusa manteve-se segura, e ainda aproveitou a desorganização tática do Tigre. O jogo já estava no acréscimo quando Henrique fechou a conta. Fez o terceiro dos visitantes e frustrou a festa ansiada pela torcida, pelo aniversário do estádio e em sair da zona de rebaixamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário