Lista traz nove micos em pênaltis batidos com cavadinha displicente
Além do pecado de Pato contra o
Grêmio, jogadores como R10, Loco Abreu e Montillo erraram na marca da
cal devido ao improviso irresponsável
Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
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Dizem que pênalti é tão importante que o presidente de um clube deveria
batê-lo. O que pensar, então, quando um jogador decide por efetuar uma
cobrança se utilizando da arriscada cavadinha? O excesso de confiança e
até de certa irresponsabilidade muitas vezes custa caro. A lista abaixo
mostrará episódios como o que aconteceu nesta quarta-feira, quando o
atacante
Alexandre Pato optou pela cavadinha e se deu mal. Dida pegou o pênalti e o Grêmio eliminou o Corinthians da Copa do Brasil.
1 - ALEXANDRE PATO (GRÊMIO 0 X 0 CORINTHIANS - COPA DO BRASIL 2013)
Depois de um insistente 0 a 0 após 180 minutos de bola rolando, a
sequência de Grêmio ou Corinthians na Copa do Brasil passaria por uma
tensa disputa por pênaltis. Guardado para executar a quinta cobrança do
Timão, Alexandre Pato era a esperança de sobrevida da sua equipe, que
tinha desvantagem de 3 a 2 no placar. Apesar da importância do momento, o
atacante preferiu improvisar e deu uma cavadinha. O problema é que
diante dele estava o goleiro Dida, famoso por pegar pênaltis aos montes.
E fama se confirmou mais uma vez. Pior para Pato, que ficou marcado
como o pivô da eliminação corintiana.
2 - NEYMAR (SANTOS 2 X 0 VITÓRIA - COPA DO BRASIL 2010)
Com apenas 18 anos, em 2010,
Neymar
já dividia a responsabilidade de protagonista do Santos com Robinho e
Paulo Henrique Ganso. A personalidade do moicano era evidenciada em suas
atitudes. Na final da Copa do Brasil de 2010, no jogo de ida, quando o
Peixe vencia o Vitória por 1 a 0, Neymar teve um pênalti para cobrar e
assim a possibilidade de ampliar a vantagem alvinegra. No entanto, a
opção pela cavadinha não deu certo. O goleiro Lee ficou parado no meio
do gol e fez tranquila defesa.
3 - LÉO ROCHA (BOTAFOGO 1 (3) X (2) 1 TREZE - COPA DO BRASIL 2012)
O Treze tinha uma grande chance de protagonizar uma das maiores zebras
da história da Copa do Brasil. Depois de dois empates por 1 a 1, o clube
paraibano teve a oportunidade de fazer o sonho virar realidade numa
disputa por pênaltis. Os times haviam desperdiçado duas cobranças quando
Léo Rocha
teve em seus pés a chance de empatar e forçar as batidas alternadas. O
jogador trezeano não se intimidou com o fato de enfrentar o paredão
Jefferson e "inventou" na hora do chute. Deu no que deu. Além de
classificar o adversário, Léo Rocha ainda levou uma bronca do goleiro do
Bota, que considerou desrespeitosa a tentativa de cavadinha.
4 - MAICOSUEL (UDINESE 1 (4) X (5) 1 BRAGA - LIGA DOS CAMPEÕES 2012/13)
Contrato ao Botafogo para ser uma das estrelas da Udinese na temporada 2012/2013, o meia
Maicosuel
começou da pior forma a sua trajetória na equipe italiana. Após duas
igualdades em 1 a 1, a disputa pela vaga na fase de grupos da Liga dos
Campeões da Europa foi para a marca da cal. E a audácia do Mago de dar
uma cavadinha custou muito caro. Ele foi o único jogador (dos dois
times) a desperdiçar a cobrança e ficou com toda a culpa pela precoce
eliminação da Udinese.
5 - LOCO ABREU (FLUMINENSE 2 X 3 BOTAFOGO - CARIOCA 2011)
A fama de louco não é por acaso. Para quem abusou da cavadinha até em jogo da Copa do Mundo,
Loco Abreu
nunca teve cerimônias para repetir o lance tão arriscado em cobranças
de pênalti. No Carioca de 2011, o uruguaio via o Botafogo perder para o
Fluminense por 2 a 1 quando viu a chance de igualar o marcador numa
penalidade máxima. E a oportunidade virou mico. O goleiro Diego
Cavalieri brincou de estátua e ficou parado para pegar a cobrança do
camisa 13. A sorte - e a coragem - de Loco foi ter mais um pênalti para
bater. Ele arriscou nova cavadinha e teve êxito. No fim das contas, o
Fogão ainda virou o jogo e venceu por 3 a 2.
6 - ROGÉRIO CENI (SÃO PAULO 2 X 0 SANTA CRUZ - COPA DO BRASIL 2011)
Rogério Ceni
perdeu os últimos quatro pênaltis que bateu. E isso não é um fato na
carreira do goleiro-artilheiro. Em 2011, o camisa 1 foi inventar de
testar a paradinha e se deu mal. Em partida válida pela Copa do Brasil
contra o Santa Cruz, o São Paulo precisa vencer por dois gols de
diferença para avançar. E vencia por 1 a 0 quando teve um pênalti.
Rogério bateu com displicência, no meio do gol, e Tiago Cardoso fez a
defesa no finzinho da etapa inicial. Para a sorte do capitão, Ilisnho
marcou o segundo gol são-paulino na etapa final e livrou a cara do
ídolo.
7 - RONALDINHO (MILAN 0 (2) X (3) 0 INTERNAZIONALE - TORNEIO AMISTOSO 2010)
Jogos de pré-temporada normalmente não exigem a mesma entrega qdos
jogadores que partidas que valem pontuação. Mas quando se trata de um
clássico tudo muda. Para
Ronaldinho Gaúcho
nem isso parece ser motivo de perder o futebol irreverente. Em 2010,
por um torneio amistoso, o craque participou do clássico entre Milan e
Internazionale. Depois de empate por 0 a 0, Ronaldinho desperdiçou a
última cobrança ao carimbar o travessão depois de uma cavadinha. Sobrou
apenas o sorriso amarelo. A taça ficou com a Internazionale.
8 - MONTILLO (CRUZEIRO 3 X 4 ATLÉTICO-MG - BRASILEIRO 2010)
A saída de
Montillo
do Cruzeiro para o Santos foi conturbada. Mesmo assim, o torcedor
celeste tem um motivo ainda maior para se queixar do argentino. No
Brasileiro de 2010, o Cruzeiro começou a 31ª rodada na liderança e
enfrentou o rival Atlético-MG. Depois de sair com 2 a 0 de desvantagem
(dois gols de Obina), a Raposa teve a chance de diminuir num pênalti. O
problema foi que Montillo decidiu dar uma cavadinha e encobriu a meta de
Renan Ribeiro. Para piorar, o Galo fez o terceiro gol no minuto
seguinte. O Cruzeiro até reagiu, mas acabou derrotado por 4 a 3. E o
resultado influenciou diretamente na classificação final. O time azul
terminou o Brasileiro na segunda colocação, dois pontos atrás do
Fluminense. Se tivesse vencido o clássico...
9 - ELANO (SANTOS 4 X 5 FLAMENGO - BRASILEIRO 2011)
Além de ter ficado marcado pelo golaço de placa de Neymar - eleito como
o mais bonito do mundo em 2011 - e pela ótima exibição de Ronaldinho, a
vitória do Flamengo por 5 a 4 sobre o Santos, na Vila Belmiro, teve
outro lance capital. Quando o Peixe vencia por 3 a 2, ainda no primeiro
tempo,
Elano
teve a chance de ampliar ao se apresentar para bater um pênalti. O
problema foi a decisão de dar uma cavadinha muito mal executada. O
goleiro Felipe fez a defesa com tranquilidade e ainda provocou com
embaixadinhas. O erro de Elano foi crucial para a virada rubro-negra.
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