terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Esquiva defende troca, critica Bolsa Pódio e espera repetir título de Popó

Lutador brasileiro deixa de ser amador, assina contrato com conceituada empresa de boxe profissional e fala em marcar nome na história do esporte brasileiro

Por São Paulo
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Esquiva Falcão (Foto: Marcelo Prado)Esquiva faz pose na apresentação oficial como lutador da Top Rank (Foto: Marcelo Prado)
Um novo passo na carreira. As Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, já ficaram no passado. Esquiva Falcão mudou seu foco e, ao assinar com a maior empresa de boxe profissional do mundo, a Top Rank, colocou como prioridade repetir o feito de Acelino Popó Freitas e trazer o título mundial de boxe para o Brasil.
- Agora eu penso na minha carreira. Decidir isso não foi fácil, afinal tem uma Olimpíada que será realizada no meu país. Mas acredito que já fiz o que tinha de fazer pela seleção, conquistei uma medalha (prata) em Londres. Agora o foco é a minha carreira e nada melhor do que o próximo passo ser entrar no boxe profissional. Espero repetir o sucesso e ser campeão mundial como o Popó. Sei que estou no melhor lugar para isso – afirmou o lutador, que concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, em São Paulo.
Além de ampliar seus horizontes profissionais, Esquiva vai mudar de vida financeiramente. As dificuldades ficarão no passado. Especula-se que pelo acordo com a Top Rank e por uma quantidade determinada de lutas, o capixaba irá receber US$ 2 milhões (R$ 4,6 milhões).
- Consegui alcançar meu primeiro objetivo que era comprar uma casa, já tenho onde morar. Agora vou cuidar de mim e da minha família. Também não vou esquecer o projeto social que tenho para que possamos formar novos lutadores. É claro que o dinheiro é importante, mas não vem ao caso falar sobre valores – ressaltou.
Esquiva Falcão (Foto: Marcelo Prado)Todd DuBoef, Esquiva Falcão e Sérgio Batarelli na coletiva de apresentação (Foto: Marcelo Prado)

Um dos fatores que fez Esquiva aceitar o boxe profissional foi não ter recebido nenhum valor que ele teria direito pela medalha que conquistou nos Jogos de Londres, no ano passado. O Bolsa Pódio daria R$ 5 mil mensais ao lutador, o que ele nunca viu.
 - Sinceramente, cansei de esperar. Cheguei a conversar sobre o assunto, e amigos meus me disseram: "vai esperar até quando?". Agora quero focar nos meus novos objetivos e trabalhar muito para ter sucesso. Não quero ser um cara que fez sucesso apenas por um ciclo de quatro anos. Quero ser um lutador que fez história e marcou o nome no boxe – finalizou o lutador, acompanhado na coletiva do seu manager, Sérgio Batarelli, e de Todd DuBoef, presidente da Top Rank, empresa que tem grandes lutadores sob contrato, entre os quais o filipino Manny Pacquiao.
No início de outubro, o irmão de Esquiva, Yamaguchi Falcão, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Londres, também optou pela profissionalização, abrindo mão dos Jogos do Rio em 2016 - já que o boxe olímpico é disputado apenas por lutadores amadores. Aos 25 anos, ele fechou contrato com a empresa Golden Boy, a mesma do astro americano Floyd "Money" Mayweather.

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