Esquiva defende troca, critica Bolsa Pódio e espera repetir título de Popó
Lutador brasileiro deixa de ser amador, assina contrato com conceituada empresa de boxe profissional e fala em marcar nome na história do esporte brasileiro
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Esquiva faz pose na apresentação oficial como lutador da Top Rank (Foto: Marcelo Prado)
Um novo passo na carreira. As Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, já ficaram no passado. Esquiva Falcão
mudou seu foco e, ao assinar com a maior empresa de boxe profissional
do mundo, a Top Rank, colocou como prioridade repetir o feito de Acelino
Popó Freitas e trazer o título mundial de boxe para o Brasil.
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Agora eu penso na minha carreira. Decidir isso não foi fácil, afinal
tem uma Olimpíada que será realizada no meu país. Mas acredito que já
fiz o que tinha de fazer pela seleção, conquistei uma medalha (prata) em
Londres. Agora o foco é a minha carreira e nada melhor do que o próximo
passo ser entrar no boxe profissional. Espero repetir o sucesso e ser
campeão mundial como o Popó. Sei que estou no melhor lugar para isso –
afirmou o lutador, que concedeu entrevista coletiva na tarde desta
terça-feira, em São Paulo.
Além de ampliar seus
horizontes profissionais, Esquiva vai mudar de vida financeiramente. As
dificuldades ficarão no passado. Especula-se que pelo acordo com a Top
Rank e por uma quantidade determinada de lutas, o capixaba irá receber
US$ 2 milhões (R$ 4,6 milhões).
- Consegui alcançar
meu primeiro objetivo que era comprar uma casa, já tenho onde morar.
Agora vou cuidar de mim e da minha família. Também não vou esquecer o
projeto social que tenho para que possamos formar novos lutadores. É
claro que o dinheiro é importante, mas não vem ao caso falar sobre
valores – ressaltou.
Todd DuBoef, Esquiva Falcão e Sérgio Batarelli na coletiva de apresentação (Foto: Marcelo Prado)
Um
dos fatores que fez Esquiva aceitar o boxe profissional foi não ter
recebido nenhum valor que ele teria direito pela medalha que conquistou
nos Jogos de Londres, no ano passado. O Bolsa Pódio daria R$ 5 mil
mensais ao lutador, o que ele nunca viu.
saiba mais
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Sinceramente, cansei de esperar. Cheguei a conversar sobre o assunto, e
amigos meus me disseram: "vai esperar até quando?". Agora quero focar
nos meus novos objetivos e trabalhar muito para ter sucesso. Não quero
ser um cara que fez sucesso apenas por um ciclo de quatro anos. Quero
ser um lutador que fez história e marcou o nome no boxe – finalizou o
lutador, acompanhado na coletiva do seu manager, Sérgio
Batarelli, e de Todd DuBoef, presidente da Top Rank, empresa que tem
grandes lutadores sob contrato, entre os quais o filipino Manny
Pacquiao.No início de outubro, o irmão de Esquiva, Yamaguchi Falcão, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Londres, também optou pela profissionalização, abrindo mão dos Jogos do Rio em 2016 - já que o boxe olímpico é disputado apenas por lutadores amadores. Aos 25 anos, ele fechou contrato com a empresa Golden Boy, a mesma do astro americano Floyd "Money" Mayweather.
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