sábado, 8 de março de 2014

Jornal diz que médicos deram recado à família de Schumacher: 'Só milagre'

Especialistas consultados são realistas quanto às chances do ex-piloto

Por Berlim
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Porta-voz de Michael Schumacher nega interrupção do processo de despertar do ex-piloto (Foto: Getty Images)Especialistas dizem que apenas milagre poderia salvar Michael Schumacher (Foto: Getty Images)
Algumas poucas palavras emitidas nesta sexta-feira pela porta-voz de Michael Schumacher, Sabine Kehm, quebraram o silêncio que já durava três semanas sem boletins oficiais. Entretanto, o novo comunicado se limita a afirmar que o processo para retirar o ex-piloto do coma segue em andamento. Enquanto a família do heptacampeão restringe o acesso a informações, a imprensa europeia segue acompanhando de perto o drama que abalou o circo da Fórmula 1. Uma reportagem do jornal britânico "The Telegraph" afirma agora que "apenas um milagre" poderia salvar Schumi. 
Um correspondente do periódico enviado a Berlim teve acesso a fontes próximas da esposa de Schumacher, Corinna. De acordo com as pessoas ouvidas pelo jornalista, a mulher de 45 anos consultou especialistas em traumas cerebrais espalhados por toda a Europa, e teria sido alertada por eles que as chances de recuperação do ex-piloto são mínimas. Os médicos que tratam do paciente no Hospital de Grenoble, França, também teriam reconhecido que há grandes chances de Michael permanecer em estado vegetativo pelo resto de sua vida.
- A família foi informada de que apenas um milagre pode trazê-lo de volta agora. Ele está em um estado desolador, mas não podemos divulgar nada até a família emitir uma declaração formal - disse um experiente jornalista alemão, citado pela reportagem.
- Os médicos repetem constantemente que milagres às vezes acontecem, mas há poucas esperanças de que ele vai sair dessa - acrescentou outra fonte.
Schumacher hospital (Foto: AFP)Schumacher está internado em coma induzido desde o último dia 29 de dezembro (Foto: AFP)

Michael está internado em coma induzido desde o último dia 29 de dezembro, após ter sofrido um grave acidente enquanto esquiava em uma estação de Méribel, sudeste da França. No fim de janeiro, os médicos deram início ao procedimento de diminuição da sedação para retirar gradualmente o alemão do coma. Alguns especialistas procurados pela família do ex-piloto afirmaram que a maioria dos comas artificiais dura, em média, três semanas. Os médicos alertam também que, por causa da incapacidade de engolir corretamente, um paciente em coma tem grandes chances de contrair pneumonia, por causa dos fluidos que preenchem os pulmões.
Esta semana, o jornal italiano "Gazzetta dello Sport" publicou que Schumacher já estaria respirando sozinho, sem ajuda de aparelhos. No entanto, a assessora do ex-piloto insiste que informações não oficiais devem ser ignoradas. De qualquer forma, a maioria dos especialistas consultados pela imprensa europeia concorda que, caso consiga acordar do coma, é pouco provável que o heptacampeão possa levar a mesma vida de antes.
- A maioria dos pacientes que acordam de um coma após este longo período de tempo sofre deficiências graves - afirmou Gary Hartstein, ex-médico chefe da Fórmula 1.

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