terça-feira, 1 de abril de 2014

Aos 90 anos de idade, fãs de MMA assistem primeiro card ao vivo

Sam Chinkles e Sidney Graber compareceram ao WSOF 9 neste sábado, em Las Vegas, e aproveitaram até para tietar o brasileiro Rousimar Toquinho

Por Las Vegas
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O World Series of Fighting (WSOF) voltou a Las Vegas neste sábado com um card que terminou com dois brasileiros campeões. E, enquanto Rousimar Toquinho e Marlon Moraes trabalhavam duro para levar o título inédito para casa, dois fãs de MMA de 90 anos de idade acompanhavam atentos o seu primeiro evento ao vivo.
Sam Chinkles e Sidney Graber são dois fãs do esporte que nunca tinham tido a oportunidade de ver de perto uma luta de MMA. Os dois se conheceram há cerca de seis meses por intermédio de um amigo em comum, que achou que eles poderiam se tornar grandes companheiros:
Sam Chinkles e Sidney Graber (Foto: Evelyn Rodrigues)Sam Chinkles (esq.) e Sidney Graber, felizes em seu primeiro evento de MMA ao vivo (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Nós nos conhecemos através de um amigo em comum, Frank Curreri, que achou que nós éramos dois ‘velhos solitários’ com a mesma paixão e que isso poderia tornar os nossos dias mais alegres. Somos apaixonados por MMA, mas começamos a acompanhar lutas através do boxe. Na nossa geração, o boxe era parte da cultura dos EUA, não tinha como não acompanhar. Infelizmente, com o tempo, o esporte se degenerou e eu não tinha mais prazer em acompanhar os duelos. Foi aí que descobri o MMA. O mais engraçado, é que as pessoas da minha idade achavam que MMA era a sigla do museu de arte moderna (risos). Quando eu falava que ía ver MMA eles achavam que eu estava me referindo ao museu - conta Sidney Graber, empreiteiro aposentado e fã de Anderson Silva.
- Eu nunca vi ninguém lutar como o Anderson. É uma pena tudo o que aconteceu com ele, mas as grandes lutas que ele nos proporcionou ficarão para sempre na memória e na história do esporte - completa.
Sam, que é designer gráfico, é fã de Jon Jones e torcia pelas estrelas do boxe de Nova York nas décadas de 1930 e 1940. Ele conta que descobriu o MMA por acaso:
- Eu tive um primeiro contato com o MMA através do UFC, que eu, na verdade, descobri de forma inesperada, enquanto estava trocando de canal. Fiquei muito intrigado com o esporte, porque o ritmo era diferente e havia muita ação. Para mim, foi uma descoberta que me animou muito, porque eu finalmente pude voltar a assistir as lutas na TV com o mesmo entusiasmo de antes.
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Sam Chinkles e Sidney Graber com Rousimar Toquinho WSOF (Foto: Ana Hissa)A dupla de senhores posa com Rousimar Toquinho
após o WSOF (Foto: Ana Hissa)
Desde que se conheceram, Sam e Sidney passaram a dividir a mesma paixão pelo esporte e a acompanhar as lutas juntos, mas os duelos eram vistos apenas pela TV. Neste sábado, eles foram convidados pelo WSOF para assistirem ao evento no Hard Rock Hotel e Cassino. Animados, eles acompanharam de perto todas as lutas e elogiaram a atuação dos brasileiros Rousimar Toquinho e Marlon Moraes, que saíram com o cinturão em mãos:
- Eu achei que foi um card muito bom, gostei da maioria das lutas e presenciei algumas bem dramáticas. É claro que os dois duelos pelos cinturões foram as lutas que mais me chamaram a atenção. A última luta, do Rousimar Palhares, foi rápida e eu meio que previ que acabaria assim. Eu sabia que ele venceria. - disse Sam, que, assim como Sidney afirma que o atletismo e a técnica dos lutadores é o que mais o impressiona no MMA:
- Esses caras têm um condicionamento físico e uma resistência absurdas. O que me impressiona é o atletismo e a técnica. Eu já treinei boxe e eram rounds de três minutos, no MMA os rounds são de cinco minutos e eu fico impressionado como as lutas podem durar até cinco rounds. O que esse menino, o Marlon Moraes, fez hoje foi impressionante.  É inacreditável que as pessoas conseguem fazer isso. - afirma Sidney.
A única reclamação dos dois amigos é com relação ao antidoping:
- Eu nao gosto quando descobrimos que um atleta abusou de substâncias não permitidas para obter resultados. É covarde. Acho que a mágica do esporte é ver como cada lutador vem de uma base diferente e consegue se sair bem em um esporte que mistura várias outras artes marciais. - diz Sam, que ainda fez questão de deixar um recado para os fãs brasileiros de MMA:
- Se eu pudesse falar com os fãs brasileiros, eu diria que não importa em que país você nasceu ou qual a sua idade, se você gosta de de bons lutadores e de entretenimento, você pode apreciar o MMA. Eu gosto e aprecio o valor artístico, o drama, o nível técnico e a condição física que esses caras têm. Isso é fantástico! - finaliza o designer gráfico, que agora faz planos para assistir um próximo evento ao vivo de MMA.

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