terça-feira, 1 de abril de 2014

Celso Barros fecha a torneira: ‘Flu tem que buscar o caminho dele’

Presidente da patrocinadora do clube diz que cota de investimento no futebol está completa: 'Nosso orçamento está muito comprometido em relação ao futebol'

Por Rio de Janeiro
O aviso dado na reeleição para a presidência da Unimed-Rio, no fim de fevereiro, foi reforçado nesta segunda-feira. Um dia depois da eliminação do Fluminense para o Vasco no Campeonato Carioca e na véspera do fechamento da janela de transferências internacionais, o presidente da patrocinadora do clube, Celso Barros, avisou que a torneira está fechada. A aplicação de dinheiro no futebol tricolor - que atualmente gira na casa de R$ 40 milhões anuais - chegou ao limite, segundo ele.
- Nossa cota de investimento está completa. O Fluminense tem que buscar o caminho dele. Não posso falar nada de reforço. Já ajudamos. Trouxemos o Conca, o Walter. Nosso orçamento está muito comprometido em relação ao futebol - disse ao GloboEsporte.com.
Conca, Celso Barros e Ricardo Berna carnaval Rio de Janeiro (Foto: Richard Souza)No carnaval, Celso Barros recebeu Conca e Ricardo Berna, ex-Flu, em seu camarote na Marquês de Sapucaí. Argentino voltou ao clube com investimento do patrocinador (Foto: Richard Souza)

Os dois jogadores citados por Celso e o meia-atacante Chiquinho, uma aposta, foram os únicos reforços contratados para a temporada. Depois disso, nenhum negócio avançou. O clube tentou fechar com Osvaldo, atacante do São Paulo, mas a troca que envolveria o meia Wagner não foi concluída. Para a zaga, setor mais contestado, ninguém chegou.
A cada entrevista coletiva o técnico Renato Gaúcho é questionado sobre a chegada de reforços. E a resposta é sempre a mesma. Ele diz que conversa com "doutor Celso" e com o vice-presidente Ricardo Tenório para trocar ideias e definir contratações. Nenhuma delas saiu do papel até aqui. Perguntado sobre a possibilidade de contratar novos jogadores, Celso Barros passou a bola.
A parceira é importante? Claro que é importante. Mas tem que ligar para o presidente, para o Tenório. Não sou presidente do Fluminense
Celso Barros, presidente da Unimed-Rio
- A parceira é importante? Claro que é importante. Mas tem que ligar para o presidente (Peter Siemsen), para o Tenório. Não sou presidente do Fluminense - frisou.
Depois da eliminação tricolor no Carioca, Renato deixou claro que precisa de peças para oxigenar o grupo. Celso Barros, por ora, apenas lamenta a derrota na competição.  
- Quer saber se fiquei triste? Fiquei. O time perdeu? Perdeu. Como sempre alguém perde. A gente espera que se recupere na Copa do Brasil e vamos ver o Brasileiro.
Após a derrota por 1 a 0 para o Vasco, na semifinal, Barros, Renato e Tenório debateram a queda da equipe na competição. No encontro, ainda no domingo, Renato apontou erros individuais cometidos contra o rival e elegeu seus culpados pelo resultado. Celso, por sua vez, voltou a insistir no retorno de Rodrigo Caetano para o cargo de diretor executivo de futebol. Caetano ocupa o cargo no Vasco e tem contrato até o fim do ano. Por opção, o presidente do clube, Peter Siemsen, não participou do encontro. A diretoria tricolor não quer Caetano de volta.
Segundo o presidente da patrocinadora do Fluminense, não há nenhum novo encontro marcado para os próximos dias para tratar de contratações.
- Não tem nada. Conversa nenhuma - afirmou, em tom tão ácido quanto aquele que marca o momento da relação entre Unimed e Fluminense.   

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