Derrota em Brasília não desanima Larissa, que planeja treinos nos EUA
Lutadora paraense culpa nervosismo e clima seco pela derrota para Jéssica Andrade, no último sábado, e se organiza para período na American Top Team, na Flórida
Larissa Pacheco foi finalizada com uma guilhotina por Jéssica Andrade (Foto: Rodrigo Malinverni)
Segundo a paraense, a preparação para enfrentar a lutadora
paranaense em Brasília foi prejudicada pelo tempo curto, já que estava
treinando para defender novamente o cinturão do Jungle. Acostumada com o clima
do Pará – que chega a ter 95% de umidade relativa do ar –, Larissa
afirma que sentiu a secura brasiliense, além da responsabilidade de iniciar a carreira em
uma franquia extremamente popular mundo afora.
– Eu não estava treinando para essa luta com a
Jéssica, mas estava treinando para o Jungle, onde já era campeã. Então era uma
expectativa diferente. Quando veio o UFC foi tudo de supetão, muito rápido. Eu
tive que diversificar o treinamento muito rápido. Fiquei muito nervosa quando
entrei no corredor, muito eufórica com tudo. Além disso, o ar de Brasília
também estava muito seco. Eu não estava conseguindo respirar direito na hora do
combate, além de outros problemas, como a garganta seca, nariz querendo
sangrar, boca toda rachada... então tudo isso implicou para a derrota de alguma
forma – lamentou a atleta.
O próximo compromisso de Larissa Pacheco no UFC ainda não tem
data programada. A paraense acredita que deverá entrar no octógono em dezembro
e, para tanto, projeta uma preparação mais intensa. Junto com o seu empresário,
a lutadora se organiza para passar um período de treinos na América Top Team,
na Flórida.
– Eu já tive o primeiro impacto, a primeira impressão
do UFC, agora eu vou treinar mais. Vou passar um tempo fora treinando, e se a
luta for lá é melhor ainda, já que estarei adaptada ao clima. Eu vejo a derrota
como uma motivação. Eu nunca havia perdido antes, foi a primeira da minha
carreira, e me vejo motivada a continuar, para fazer a outra luta melhor, com
mais garra, e procurando não deixar essas pequenas coisas me abaterem –
explicou Pacheco.
Nos planos de Larissa, porém, a viagem será algo
breve. Ela não pretende deixar o Brasil de vez já que a sua mãe – que também é
técnica – e outros parentes permanecerão na capital paraense. Para a lutadora,
a experiência será necessária para ficar em grau de igualdade com as
adversárias em infraestrutura de treinos e fazer trabalhos específicos, principalmente
de solo.
Antes de chegar ao UFC, Larissa foi campeã no Jungle Fight (Foto: Ivan Raupp)
– Eu já estou dando entrada em tudo para poder passar
uma temporada fora. Eu não vou me mudar, vou só passar um tempo fora do país.
Minha mãe e minha família vão cuidar das minhas coisas daqui (de Belém), e eu
vou para lá procurar evolução, trabalhar com os grandes do UFC, ter
treinamentos específicos para chão, queda, procurar corrigir as minhas falhas
para que eu possa estar preparada para uma luta daqui a três meses. Quem
está no UFC está em outro mundo do MMA. É totalmente diferente do amador, tudo
é muito rígido, e aí a gente precisa de um preparo melhor, aprender certas
coisas, até a como desidratar, porque eu desidrato 10 quilos, então tudo isso
implica. Uma experiência lá fora vai me ajudar a evoluir como profissional –
analisou. Um dos pontos de apoio de Larissa para a carreira internacional são os conterrâneos Iuri e Ildemar Marajó, que incentivaram a paraense a buscar uma formação diferenciada nos Estados Unidos.
– Conversei com o Iuri e o Ildemar. A gente tem o mesmo empresário. Eles falaram: ‘Vai pra lá, é bom pra caramba. Tu não precisas ir embora daqui, só passar uma temporada. Vais ver como o treinamento é diferenciado, tem técnico pra tudo, então tu vais evoluir muito. Aqui a estrutura é pouca’. Lá a estrutura é diversificada e será muito importante para eu evoluir. Eles me incentivaram a sair e agora a expectativa é para uma próxima luta daqui a três meses, e eu quero estar bem preparada para isso – finalizou Larissa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário