quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Com documentos assinados, Fla espera anunciar Cirino nesta sexta

Clube garante assinatura da documentação principal antes da virada do ano para não sujeitar negociação às novas regras da Fifa, e faltam somente detalhes burocráticos

Por Rio de Janeiro
Marcelo Cirino, Atlético-PR x Sporting Cristal (Foto: EFE)Marcelo Cirino está perto de ser anunciado pelo Flamengo com contrato de três anos (Foto: EFE)
O Flamengo deverá confirmar oficialmente nesta sexta-feira a contratação do atacante Marcelo Cirino, destaque do Atlético-PR, que chega em negociação envolvendo a Doyen Sports. A partir desta quinta, já passaram a valer as novas regras da Fifa proibindo a participação de terceiros em direitos sobre jogadores. De acordo com pessoas ligadas ao departamento de futebol rubro-negro, todos os documentos que teriam de ser sacramentados antes da virada do ano para que a negociação não seja afetada pelas novas medidas foram assinados até quarta-feira e, desta forma, restam somente detalhes burocráticos para o anúncio oficial. O futebol do clube, ao lado do jurídico, montou uma força-tarefa nos últimos dias do ano para concretizar o reforço.

Na articulação entre o Flamengo e a Doyen Sports, cujo representante na América Latina é o empresário Renato Duprat, ficou acordado que o clube pagará cinco milhões de euros (ou aproximadamente R$ 16,5 milhões) por 50% dos direitos sobre Cirino, ao fim de um contrato de três anos. Caso o jogador seja negociado antes disso, o clube ficará com 20% do valor e a Doyen com 80%. O departamento jurídico do Flamengo analisou os mecanismos mais seguros diante das novas regras da Fifa que começaram a valer nesta quinta.

De janeiro a abril, novos contratos com a participação de terceiros como investidores ainda poderão ser assinados, mas com duração máxima de um ano. A partir de maio, não será mais permitida a participação de terceiros em direitos sobre atletas. Ou seja, caso a documentação não tivesse sido assinada, a transação só poderia ter validade de um ano, o que provavelmente inviabilizaria o negócio.

- O investidor empresta dinheiro, mas quer como garantia o próprio jogador. Pronto, já não pode. Porque é uma participação em uma venda futura. É muito simples: clubes e jogadores estão proibidos de firmar contrato com participação de terceiros sobre os direitos do atleta, ou participação de terceiros em venda futura total ou parcial desses direitos. Se a garantia do negócio é um percentual de venda do jogador, o investidor só terá a garantia por um ano a partir de janeiro e, a partir de maio, não poderá mais ter nenhuma - analisou o advogado Marcos Motta, membro do grupo de estudos da Fifa que definiu a medida.

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