Única brasileira a encarar Ronda no MMA elogia: "É uma pessoa humilde"
Em 2011, Ediane "Índia" Gomes perdeu por finalização em 25 segundos para a americana, que fazia sua estreia profissional nas artes marciais mistas, pelo KOTC
Lutadora afirma que foi respeitada por Ronda Rousey (Foto: Esthen Lin / Invicta FC )
As declarações quase sempre contundentes e o status de campeã do peso-galo do UFC costumam carimbar o rótulo de "marrenta" em Ronda Rousey. Única brasileira a enfrentá-la, Ediane "Ìndia" Gomes não partilha desta visão - embora tenha sido finalizada pela adversária em 2011, pelo KOTC, em apenas 25 segundos de luta.
Em entrevista ao Combate.com, nesta sexta-feira, Ediane recorda que aceitou o duelo com Ronda - até então desconhecida no MMA - oito dias antes do evento e precisando perder muito peso, tanto é que teve problemas com a balança, diferentemente da oponente.
- Eu nem sabia quem era. Sabia que era judoca, mas não acompanhava. Quando cheguei na Califórnia, vi a imprensa em cima dela e falei: "Caraca, ela é boa". A Ronda precisava de alguém que estivesse no ranking, e acho que eu era a quinta colocada. Quando entrei no cage, dei risada porque ela era muito forte, dava duas de mim (risos). Eu não bati o peso, ela bateu. Eu parecia um saco, estava inchada. A perda de peso foi muito mal organizada. Ela me finalizou em 25 segundos, foi perfeito para ela. Eu levantei a cabeça e disse "parabéns". A Ronda fez o trabalho dela. Conversamos no Facebook depois, mesmo meu inglês sendo ruim para caramba. É uma pessoa humilde, dedicada, não tenho nada de ruim a falar dela, que sempre me respeitou, me tratou bem.
Em entrevista ao Combate.com, nesta sexta-feira, Ediane recorda que aceitou o duelo com Ronda - até então desconhecida no MMA - oito dias antes do evento e precisando perder muito peso, tanto é que teve problemas com a balança, diferentemente da oponente.
- Eu nem sabia quem era. Sabia que era judoca, mas não acompanhava. Quando cheguei na Califórnia, vi a imprensa em cima dela e falei: "Caraca, ela é boa". A Ronda precisava de alguém que estivesse no ranking, e acho que eu era a quinta colocada. Quando entrei no cage, dei risada porque ela era muito forte, dava duas de mim (risos). Eu não bati o peso, ela bateu. Eu parecia um saco, estava inchada. A perda de peso foi muito mal organizada. Ela me finalizou em 25 segundos, foi perfeito para ela. Eu levantei a cabeça e disse "parabéns". A Ronda fez o trabalho dela. Conversamos no Facebook depois, mesmo meu inglês sendo ruim para caramba. É uma pessoa humilde, dedicada, não tenho nada de ruim a falar dela, que sempre me respeitou, me tratou bem.
Índia não guarda rancor da americana, apesar de revés (Foto: Divulgação / Invicta FC)
Sem papas na língua, Índia reconhece a capacidade técnica de Ronda, mas nem tudo é elogio. A brasileira afirma que "Rowdy" foi "fabricada" pelo UFC para liderar o crescimento do MMA feminino dentro da organização.
- É uma máquina americana, fabricada, e ela sabe disso. E tem o chefão do lado ainda, quer mais o quê? O UFC precisava colocar as mulheres para lutar e pegou uma americana, bonita, ex-atleta olímpica, para vender e jogar o MMA lá em cima. A Gina Carano saiu do MMA, então precisaram arrumar outra. E estão certos, se não fizessem isso, não teria mulher no UFC. É o que a mídia compra, não é culpa deles. A mídia compra mulher sexy lutando. Eu, uma louca, que já lutou com homem, a mídia vai comprar? - questionou.
Ediane analisou a luta de Ronda, contra Cat Zingano, prevista para este sábado, pelo UFC 184. A lutadora não acredita em surpresas e aposta na manutenção do título após nova vitória da campeã da categoria.
- Tirar o cinturão dela vai ser difícil. Só um cego não vê. A Ronda está bem na trocação e tem um judô muito bom. Você leva uma queda e nem vê de onde veio. Foi assim comigo. É muito rápido. Os golpes dela na trocação nunca passam no vazio, sempre entram. Para ganhar dela, vai ter que ser na sorte, pois ela é sinistra. Aposto em finalização no terceiro round, com um arm-lock, se ela não vier com uma caixinha de surpresa, como fez na última luta. A Zigano é dura, muito dura, mas não vai conseguir vencê-la.
- É uma máquina americana, fabricada, e ela sabe disso. E tem o chefão do lado ainda, quer mais o quê? O UFC precisava colocar as mulheres para lutar e pegou uma americana, bonita, ex-atleta olímpica, para vender e jogar o MMA lá em cima. A Gina Carano saiu do MMA, então precisaram arrumar outra. E estão certos, se não fizessem isso, não teria mulher no UFC. É o que a mídia compra, não é culpa deles. A mídia compra mulher sexy lutando. Eu, uma louca, que já lutou com homem, a mídia vai comprar? - questionou.
Ediane analisou a luta de Ronda, contra Cat Zingano, prevista para este sábado, pelo UFC 184. A lutadora não acredita em surpresas e aposta na manutenção do título após nova vitória da campeã da categoria.
- Tirar o cinturão dela vai ser difícil. Só um cego não vê. A Ronda está bem na trocação e tem um judô muito bom. Você leva uma queda e nem vê de onde veio. Foi assim comigo. É muito rápido. Os golpes dela na trocação nunca passam no vazio, sempre entram. Para ganhar dela, vai ter que ser na sorte, pois ela é sinistra. Aposto em finalização no terceiro round, com um arm-lock, se ela não vier com uma caixinha de surpresa, como fez na última luta. A Zigano é dura, muito dura, mas não vai conseguir vencê-la.
Brasileira não acredita em derrota de Ronda Rousey para Cat Zingano, neste sábado (Foto: Arquivo Pessoal)Ediane acredita que Cris Cyborg possa ter o que é preciso para destronar a americana se a luta for em um peso que não seja o galo, onde Ronda é soberana. Em relação à Bethe "Pitbull" Correia, que também pode cruzar o caminho do cinturão, Índia espera vê-la contra outras oponentes.
- Torço pela Cris Cyborg. Na divisão 65kg, acho que vence a Ronda. Na categoria de 61kg, acho que a Ronda venceria, porque a Cris é grande, ficaria muito desidratada, fraca, pela perda de peso. Espero que essa luta aconteça. Tem ainda a Bethe, mas ainda não a vi enfrentar uma menina dura, como é a Cat Zingano que, quando bate, é para arrancar a cabeça da pessoa. Gostaria de ver a Bethe contra ela, por exemplo.
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