sexta-feira, 5 de junho de 2015

Alemanha teria fornecido até armas por votos pela Copa; dirigente nega

Jornal afirma que federação usou empresas e amistosos do Bayern de Munique para ajudar a vencer eleição para 2006, mas dirigente defende candidatura

Por Berlim
Wolfgang Niersbach, federação alemã (Foto: Getty Images)Wolfgang Niersbach negou irregularidades na eleição para 2006 (Foto: Getty Images)
A Copa da Alemanha também entrou no alvo das acusações sobre compra de votos. Uma reportagem do jornal alemão Die Zeit afirma que o país usou empresas, amistosos do Bayern de Munique e até armas, enviadas para a Arábia Saudita, para ajudar a vencer a eleição para o Mundial de 2006. Mas Wolfgang Niersbach, presidente da Federação Alemã e vice-presidente do comitê organizador na época, negou qualquer irregularidade.

- Não temos absolutamente nada para nos censurar. Deixe-me lembrar que fizemos absolutamente o melhor trabalho. Houve uma votação de 12 a 11. Nós sabemos que os oito europeus votaram em nós, e podemos apenas imaginar de onde os outros quatro votos vieram. Impressionamos com nossa candidatura – disse Niersbach à ZDF TV.

As acusações do Die Zeit são de que a Alemanha atuou em diversas frentes para influenciar os votos. A alegação mais grave é a de que o governo decidiu enviar um suprimento de lança-granadas para a Arábia Saudita uma semana antes da eleição da Copa. Empresas alemãs teriam investido na Coreia do Sul e na Tailândia, e amistosos do Bayern de Munique em Malta, Tailândia, Tunísia e Trinidad teriam rendido lucrativos acordos de direitos de transmissão. O jornal destaca que os procedimentos até podem ser legais, mas não seguem o espírito esportivo.

A Alemanha venceu a eleição para a Copa do Mundo de 2006 superando a África do Sul por 12 a 11, em uma votação polêmica que teve a abstenção do neozelandês Charlie Dempsey. Acredita-se que, em caso de empate, Blatter escolheria os sul-africanos para sediar o Mundial.

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