sábado, 19 de dezembro de 2015

Alexandre Capitão supera suspeita de aneurisma e vira campeão no WSOF

Amazonense, que ficou de fora do TUF, deu a volta por cima e, mesmo com a costela machucada, venceu Lance Palmer e conquistou o cinturão dos penas, nesta sexta

Por Manaus, AM
Imagina estar prestes de realizar um grande sonho e de repente ficar prestes a desistir por causa de um problema de saúde? A situação é, no mínimo, assustadora. E foi o que ocorreu com o lutador Alexandre Capitão. Destaque no Jungle Fight, com o cinturão dos penas, o amazonense seria um dos participantes do TUF Brasil 4, mas uma suspeita de aneurisma cerebral o tirou do torneio, em abril deste ano. Depois, exames comprovaram que o alarme era falso.
Alexandre Capitão WSOF 26 (Foto: Divulgação/WSOF)Capitão dá a volta por cima após sair do TUF com suspeita de aneurisma e é campeão no WSOF (Foto: Divulgação/WSOF)
Mas a sua saída do reality show, que seria a porta de entrada para o UFC, não abateu o amazonense que continuou os treinos e, em seguida fechou com World Series of Fighting (WSOF). Após vencer Saul Almeida, se credenciou para disputar o cinturão. E, nesta sexta, em Las Vegas conseguiu dar a volta por cima. Mesmo com uma costela machucada, bateu Lance Palmer, por decisão unânime, e conquistou o título dos penas da franquia.
Graças a Deus pra mim foi um passo muito grande. Eu quase achei que minha carreira tinha acabado"
Alexandre Capitão
 - Graças a Deus pra mim foi um passo muito grande. Eu quase achei que minha carreira tinha acabado. E olha onde Deus me colocou? Deus tinha algo melhor para mim. Tudo que Deus faz é bem feito, disso eu não posso reclamar. Eu saí do TUF, mas ele me colocou aqui nos Estados Unidos, me colocou num evento que deu um reconhecimento muito maior aqui nos Estados Unidos, no mundo todo. Consegui um título mundial e chegar por cima no UFC. Então, tudo que Deus faz é bem feito – disse o novo campeão, por telefone, ao ressaltar o que significa ser dono de cinturão de um dos eventos mais importantes de MMA.
- Pra mim é muito importante. É o meu primeiro título mundial, estou muito feliz. Graças a Deus deu tudo certo, mais um título mundial para o Brasil. Pra mim não tem preço isso. Ainda mais a gente que trabalha muito, vem de baixo, família humilde. Conquistar um título mundial em Las Vegas não tem preço - completou.
O lutador, que apesar de já ter declarado que seu grande sonho é ir para o UFC, não quis comentar sobre seu futuro. Segundo ele, o momento é de aproveitar para descansar e depois sentar com o empresário para ver o que fazer.
- Agora eu ainda nem pensei nisso. Eu vou focar no meu descanso, pensar e depois conversar com meu manager. Ver qual o melhor plano, se a gente permanece no evento ou se vai buscar algo melhor – acrescentou.
Alexandre Capitão WSOF 26 (Foto: Divulgação/WSOF)Alexandre Capitão venceu Lance Palmer e ficou com o cinturão dos penas (Foto: Divulgação/WSOF)
VITÓRIA COM COSTELA MACHUCADA

A trajetória de capitão, antes do cinturão ainda teve outro problema a ser superado. Com duas semanas para o evento, o amazonense machucou uma costela em um treinamento com Alan Nuguette (que é do UFC). Mesmo assim, de acordo com ele, não quis desistir da luta e continuou os treinos à base de anti-inflamatório, fisioterapia e muito gelo. 
- Quase eu desisto da luta, duas semanas antes. Mas como eu não era o campeão, não podia desistir. Eu falei "eu dependo disso aqui para mudar a minha vida. Então eu tenho que lutar de qualquer jeito, nem que seja só com um braço, mas vou lutar" – explicou.
De acordo com ele, ninguém entendia porque não fazia seu jogo, com doubel leg e outras golpes que são característicos seus. Segundo ele, não conseguia se agachar e tinha sentido no vestiário, momentos antes da luta. 
- Então decidi ir pra cima, controlar o cage e tentar ganhar desse jeito. Essa foi a minha estratégia. E graças a Deus deu certo e o cinturão está aqui com nós e vai para o Brasil – disse, ao explicar um pouco melhor sua estratégia para conseguir vencer Lance Palmer.
- Eu busquei mais a luta em pé, controlei mais o centro do cage, mais de três minutos e meio cada round, foi isso que contou. Mesmo ele me derrubando, com Double leg, não fazia nada embaixo, eu trabalhava mais do que ele, travava be. Só o quinto round que ele ganhou bem, que ele conseguiu trabalhar mais por causa que eu estava sentido muito a minha costela – explicou.  

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