quarta-feira, 9 de março de 2016

Marlon revela que já houve oferta do UFC: "Quando chegar a hora, eu vou"

Campeão do WSOF, brasileiro diz que concorrência o procurou em outras ocasiões, mas não houve acerto: "Quero chegar como desafiante e não como qualquer um"

Por Rio de Janeiro
Marlon Moraes no Rio de Janeiro (Foto: Marcelo Barone)Marlon trouxe o cinturão para o Rio: lutador afirma que visibilidade 
é grande em Nova Friburgo, onde nasceu (Foto: Marcelo Barone)
A excelente fase de Marlon Moraes, campeão peso-galo do WSOF, desperta o interesse da concorrência. O UFC - principal evento de MMA do mundo - está de olho no brasileiro, que não escondeu que a organização concorrente já o procurou, sem sucesso, em outras oportunidades.

Em visita ao Rio de Janeiro, Marlon, que mora nos Estados Unidos, concedeu entrevista à imprensa. Embora tenha optado por seguir no WSOF, o friburguense não tem dúvidas de que a transferência para o Ultimate ainda vai acontecer.

- Olhando de uma forma global, gostaria de ir sem pensar no lado financeiro. Gostaria de chegar lá e ser valorizado, como o campeão do WSOF, como um dos melhores do mundo. Quero chegar como desafiante e não como qualquer um. Se eles me acolherem como o campeão que sou, como o atleta que sou, aí chegou a hora. Estou esperando esse detalhe. Tenho luta em contrato com o WSOF e, assim que a proposta vier e for boa para todo mundo... Já ouve algumas propostas, mas não foi a hora, preferi ficar. Quando chegar a hora, eu vou - declarou Marlon, que está invicto em nove confrontos na franquia, que luta desde a edição inaugural, em 2012.
O lutador fala ainda sobre a passagem pelo Brasil, projeta sua próxima luta, coloca-se à disposição para enfrentar campeões de outras categorias e analisa a possibilidade de Frankie Edgar, seu companheiro de equipe, enfrentar Conor McGregor.

Confira abaixo os melhores momentos da entrevista:

Período no Brasil


Eu venho para cá e fico em Nova Friburgo. Lá, a galera me conhece bastante, acompanha as lutas, os treinamentos. É legal estar na rua e tirar uma foto com uma criança, que sonha em ser lutador. Às vezes, vou ao shopping, e vem uma senhora e fala: "Você que é o Marlon? Posso tirar uma foto?". Muita gente de lá me acompanha, torce por mim. Quando entro no cage, sempre tento pensar em todos do meu pais e da minha cidade. O WSOF não é o maior evento, mas está crescendo, e eu, como lutador, também.

Incômodo ao falar do UFC

Tem horas que é um saco (risos). Toda hora um cara vem e fala: "Quando você vai para o UFC? Você luta UFC?" Eu luto MMA. Luto contra os melhores. No WSOF, às vezes, é mais difícil do que lutar no UFC. No UFC, se você é o quinto do ranking, você luta contra o número 3 ou 2. No WSOF, você é o campeão, e eles vão buscar um talento, como foi contra o Sheymon Moraes. Botei tudo a perder, todas as minhas últimas sete lutas. Não tive medo. Confiei em mim e as coisas estão dando certo. Estou crescendo e aprendendo a cada luta. Posso evoluir ainda mais e, se tiver que chegar lá (UFC) um dia, estarei preparado. Quero fazer barulho.
Marlon Moraes chute WSOF MMA (Foto: Divulgação)Marlon Moraes em ação no peso-galo no WSOF, quando enfrentou Barajas, na última luta (Foto: Divulgação)


Necessidade de ter que passar pelo UFC  

O meu sonho sempre foi lutar no UFC. O WSOF me trouxe tudo que estar lá me traria, mas não me trouxe o UFC. Independentemente de grana, fama, quero um dia lutar lá, ter isso na minha história. Tenho certeza de que um dia lutarei lá. Tem muito cara que está no UFC que você vê que não merecia estar lá. Vejo que posso ganhar de muita gente lá e fazer lutas duras com muitos caras. Na hora certa isso vai acontecer.

O que precisa para acertar com o Ultimate

Olhando de uma forma global, gostaria de ir sem pensar no lado financeiro. Gostaria de chegar lá e ser valorizado, como o campeão do WSOF, como um dos melhores do mundo. Quero chegar como desafiante e não como qualquer um. Se eles me acolherem como o campeão que sou, como o atleta que sou, aí chegou a hora. Estou esperando esse detalhe. Tenho luta em contrato com o WSOF e, assim que a proposta vier e for boa para todo mundo... Já ouve algumas propostas, mas não foi a hora, preferi ficar. Quando chegar a hora, eu vou.

Principal lutador do WSOF

Nas categorias leves, sou um dos principais. Falei no evento que estou aberto a lutar contra qualquer campeão das outras categorias leves. Nunca tive essa ambição de ser campeão de três categorias, como o Conor (McGregor). Não quero o cinturão de ninguém, mas vejo que posso vencer esses atletas.
Marlon Moraes no Rio de Janeiro (Foto: Marcelo Barone)Marlon Moraes posa com o cinturão do peso-galo do WSOF, que é dono há cinco lutas (Foto: Marcelo Barone)


Luta contra outros campeões

Um dos maiores atletas é o Justin Gaethje, campeão dos leves. Eu falei com o pessoal do WSOF que, se precisarem, estou dentro, estou à disposição. Treino com o Edson Barboza, com o Frankie Edgar... seria interessante. Eu levaria um pouco mais de velocidade e acho que me sentiria melhor para lutar cinco rounds no peso que treino.

Próximo adversário

Eu não tenho preferência, mas no ultimo evento, o pessoal depois da luta estava comentando sobre o Chris Gutierrez, que me respeitou, disse que seria legal e merecia. Seja ele ou o Josh Hill, vou treinar para dar o meu melhor e fazer de tudo para defender o cinturão.

Frankie Edgar x Conor McGregor

O que passa na nossa equipe é que o Frankie merece, mas é difícil para o UFC negar a revanche para o Aldo. Vamos ver. O Frankie quer, mas acho que o UFC vai dar a revanche ao Aldo, por questão de marketing, de retorno. Eles vão tentar proteger um pouco o McGregor dessa luta contra o Frankie, por ele ter estilo de derrubar, ficar por cima. Eles acham que o McGregor é um bicho-papão em pé. E, caso ele perca (para o Aldo), teria uma terceira luta. Está tudo aberto, não sei o que vai acontecer.

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