Bethe revela torcida para Ronda voltar ao MMA:"O mundo quer vê-la de volta"
Brasileira relembra rivalidade com a ex-campeã peso-galo e analisa Jessica Eye, sua adversária no UFC 203, em Cleveland: "É uma atleta bastante resistente e guerreira"
Bethe Correia ainda quer fazer revanche contra Ronda Rousey no futuro (Foto: William Lucas / Inovafoto)
Um ano depois de protagonizar uma verdadeira guerra verbal contraRonda Rousey durante a promoção da luta principal do UFC 190, Bethe Correia se prepara para voltar ao octógono do Ultimate no próximo sábado, 10 de setembro, contraJessica Eye.
Conhecida por não ter papas na língua e por não ter medo de falar o que pensa, a brasileira já esqueceu as críticas sofridas após a derrota para a ex-judoca, mas não a rivalidade. Ela, inclusive, torce para que Ronda volte logo ao MMA e revela o desejo de, no futuro, enfrentar mais uma vez a ex-campeã dos galos do Ultimate.
- Quando eu lutei contra a Ronda, infelizmente eu não saí com vitória para mostrar que o que eu falava dela era a verdade. Eu sempre falava que achava que a Ronda não tinha um psicológico muito forte e tal, prova disso é que depois que ela perdeu está até hoje desaparecida, ninguém tem notícias da Ronda. Não sei como ela está, quais foram os motivos, mas acho que bem ela não está. Foi uma derrota que ela realmente não esperava e acho que ela está tirando um tempo para superar isso. Jamais vou tirar o reconhecimento do que a Ronda fez pelo MMA feminino e eu adoraria que ela voltasse ao MMA. Não só eu, como o mundo todo quer vê-la de volta ao octógono, até porque eu tenho uma derrota no meu currículo para ela e é algo que eu ainda quero: fazer uma revanche contra a Ronda no futuro. Mas para isso ela tem que voltar primeiro - declarou em entrevista ao Combate.com.
Durante o bate-papo, Bethe afirmou que as provocações funcionam como um "empurrão" na hora da luta, melhorando a sua performance. Ela também revelou detalhes da sua preparação para o combate contra Eye e analisou os pontos fortes da adversária, que é a atual décima colocada no ranking peso-galo feminino do UFC.
Confira a entrevista na íntegra:
Como foi a preparação pra essa luta? Você se dividiu entre EUA ou Brasil ou fez o camp todo no Brasil?
Esse camp eu comecei nos EUA, só que por questões pessoais e também financeiras, eu decidi voltar para as minhas raízes, então acabei fazendo a maior parte do meu camp no Brasil mesmo, na minha cidade natal. Foi muito bom, fiz uma escolha boa, e consegui me organizar bem e trazer muita coisa nova para essa preparação.
A parceria com a AKA continua?
A AKA sempre estará de portas abertas para mim, e o meu coração também sempre estará de portas abertas para eles. Lógico que eu quero voltar lá várias vezes. A minha relação com o Leandro Vieira e com o Javier Mendez é maravilhosa, e com a galera de lá também, pois eles sempre me acolheram muito bem. A AKA é a minha academia de coração e a minha família nos EUA.
Esse camp eu comecei nos EUA, só que por questões pessoais e também financeiras, eu decidi voltar para as minhas raízes, então acabei fazendo a maior parte do meu camp no Brasil mesmo, na minha cidade natal. Foi muito bom, fiz uma escolha boa, e consegui me organizar bem e trazer muita coisa nova para essa preparação.
A parceria com a AKA continua?
A AKA sempre estará de portas abertas para mim, e o meu coração também sempre estará de portas abertas para eles. Lógico que eu quero voltar lá várias vezes. A minha relação com o Leandro Vieira e com o Javier Mendez é maravilhosa, e com a galera de lá também, pois eles sempre me acolheram muito bem. A AKA é a minha academia de coração e a minha família nos EUA.
Bethe Correia enfrenta Jessica Eye no card preliminar do UFC 203, em Cleveland, EUA (Foto: Getty )Essa luta contra a Jessica Eye já tinha sido cogitada no passado. Como você vê a Jéssica? Quais os pontos fortes dela?
O UFC já tentou várias vezes marcar essa luta contra a Jessica Eye, talvez porque eles sabem que essa vai ser uma grande luta por causa dos nossos estilos. Algumas vezes a Jessica Eye se esquivou e, uma das vezes negou uma luta. Da outra vez ela inventou a história de um filme que até hoje nunca foi lançado, mas enfim, a luta saiu. Ela demorou um pouco pra aceitar, mas a luta foi casada e eu estou muito feliz em poder voltar ao octógono na cidade natal dela. Foi muito bacana isso e acho que vai ser bem interessante. Nós vamos colidir e eu não tenho dúvida que será uma excelente luta. Quando aos pontos fortes da Jessica, eu já vi várias lutas dela, ela é uma atleta bastante resistente e guerreira. Não é à toa que, nas últimas seis lutas ela tem apenas uma vitória, mas nunca desiste.
Como você disse, ela vem de uma fase ruim…nas últimas seis lutas só venceu uma, mas ainda assim está na sua frente no ranking. Onde você acha que uma vitória sobre ela pode te colocar na divisão?
A Jessica Eye tem várias derrotas realmente e não está tão bem ranqueada quanto eu gostaria. Claro que eu preferia enfrentar alguém melhor no ranking, porém ela tem muita fama, é bastante conhecida aqui nos EUA, perde a maioria dos seus combates, mas faz grandes lutas. E, com isso, ela ganha respeito e acho que vencer uma atleta dessas é sempre bom para o currículo. Tenho certeza de que essa vitória vai me fazer subir de novo no ranking.
Ronda Rousey e Bethe Correia: clima tenso nas semanas que antecederam o UFC 190 (Foto: André Durão)
Desde a luta contra a Ronda, você não envolveu adversárias polêmicas, adeptas do trash-talk...
Quanto às provocações, eu sempre mostrei primeiro o que eu quero. Às vezes o falar o que eu quero incomoda muita gente e eu também tenho uma qualidade que muitas pessoas acham que é um defeito: meu excesso de sinceridade, porque eu falo o que eu penso. Às vezes isso incomoda muitas lutadoras, chama a atenção da mídia e eu acabo tendo mais destaque do que algumas das lutadoras mais silenciosas. Quando elas resolvem me provocar eu também não sou de levar desaforo pra casa. Mas no caso da Jessica Eye, ela não me ofendeu em nenhum momento, então não tenho motivos para ofendê-la. Se alguém me respeita, eu devolvo respeito em dobro. Comigo é assim.
O quanto as provocações fora da luta influenciam na performance de um lutador?
No meu caso influencia muito, me instiga mais. Quando alguém me provoca, eu acho que treino mais instigada, com mais raiva e eu gosto de entrar instigada pra lutar. Isso, no entanto, varia muito de atleta para atleta. Tem gente que não aguenta a pressão e pode lutar mal por conta disso e tem outras pessoas que lutam melhor e treinam até melhor. No meu caso, faz parte sim e eu acho que melhora o meu desempenho.
Você passou por muitas críticas na derrota pra Ronda, mas quando ela perdeu pra Holly Holm a mesma coisa aconteceu com ela. Acha que ela ainda volta a lutar?
Quando eu lutei contra a Ronda, infelizmente eu não saí com vitória para mostrar que o que eu falava dela era a verdade. Eu sempre falava que achava que a Ronda não tinha um psicológico muito forte e tal, prova disso é que depois que ela perdeu está até hoje desaparecida, ninguém tem notícias da Ronda. Não sei como ela está, quais foram os motivos, mas acho que bem ela não está. Foi uma derrota que ela realmente não esperava e acho que ela está tirando um tempo para superar isso. Eu jamais vou tirar o reconhecimento do que ela fez pelo MMA feminino e eu adoraria que ela voltasse ao MMA. Não só eu, como o mundo todo quer vê-la de volta ao octógono, até porque eu tenho uma derrota no meu currículo para ela e é algo que eu ainda quero sim no futuro fazer uma revanche. Mas para isso ela tem que voltar primeiro.
Desde a derrota da Ronda o cinturão não parou nas mãos de ninguém. Ficou com a Holly, depois foi pras mãos da Miesha e agora está com a Amanda Nunes. Como você vê essa fase da categoria? Acha que a Amanda fica com a cinta por algum tempo?
O nível das meninas no peso-galo do UFC é muito alto. Acho que essa se tornou a categoria mais difícil do UFC, porque as meninas têm um nível muito parecido, são lutas bastante duras e é por isso que o cinturão está rodando tanto e vai continuar a rodar. Cada vez mais, as meninas estão ficando mais seguras, mais confiantes, mais determinadas e isso mostra que as lutas vão ficar cada vez mais difíceis, por isso acredito que o cinturão vai ficar rodando. E eu estou aí, graças a Deus essa rotatividade me faz chegar mais perto do cinturão e essa vitória contra a Jessica, que vai vir no sábado, vai me ajudar a dar um bom passo para me credenciar novamente para uma disputa de título.
Quanto às provocações, eu sempre mostrei primeiro o que eu quero. Às vezes o falar o que eu quero incomoda muita gente e eu também tenho uma qualidade que muitas pessoas acham que é um defeito: meu excesso de sinceridade, porque eu falo o que eu penso. Às vezes isso incomoda muitas lutadoras, chama a atenção da mídia e eu acabo tendo mais destaque do que algumas das lutadoras mais silenciosas. Quando elas resolvem me provocar eu também não sou de levar desaforo pra casa. Mas no caso da Jessica Eye, ela não me ofendeu em nenhum momento, então não tenho motivos para ofendê-la. Se alguém me respeita, eu devolvo respeito em dobro. Comigo é assim.
O quanto as provocações fora da luta influenciam na performance de um lutador?
No meu caso influencia muito, me instiga mais. Quando alguém me provoca, eu acho que treino mais instigada, com mais raiva e eu gosto de entrar instigada pra lutar. Isso, no entanto, varia muito de atleta para atleta. Tem gente que não aguenta a pressão e pode lutar mal por conta disso e tem outras pessoas que lutam melhor e treinam até melhor. No meu caso, faz parte sim e eu acho que melhora o meu desempenho.
Você passou por muitas críticas na derrota pra Ronda, mas quando ela perdeu pra Holly Holm a mesma coisa aconteceu com ela. Acha que ela ainda volta a lutar?
Quando eu lutei contra a Ronda, infelizmente eu não saí com vitória para mostrar que o que eu falava dela era a verdade. Eu sempre falava que achava que a Ronda não tinha um psicológico muito forte e tal, prova disso é que depois que ela perdeu está até hoje desaparecida, ninguém tem notícias da Ronda. Não sei como ela está, quais foram os motivos, mas acho que bem ela não está. Foi uma derrota que ela realmente não esperava e acho que ela está tirando um tempo para superar isso. Eu jamais vou tirar o reconhecimento do que ela fez pelo MMA feminino e eu adoraria que ela voltasse ao MMA. Não só eu, como o mundo todo quer vê-la de volta ao octógono, até porque eu tenho uma derrota no meu currículo para ela e é algo que eu ainda quero sim no futuro fazer uma revanche. Mas para isso ela tem que voltar primeiro.
Desde a derrota da Ronda o cinturão não parou nas mãos de ninguém. Ficou com a Holly, depois foi pras mãos da Miesha e agora está com a Amanda Nunes. Como você vê essa fase da categoria? Acha que a Amanda fica com a cinta por algum tempo?
O nível das meninas no peso-galo do UFC é muito alto. Acho que essa se tornou a categoria mais difícil do UFC, porque as meninas têm um nível muito parecido, são lutas bastante duras e é por isso que o cinturão está rodando tanto e vai continuar a rodar. Cada vez mais, as meninas estão ficando mais seguras, mais confiantes, mais determinadas e isso mostra que as lutas vão ficar cada vez mais difíceis, por isso acredito que o cinturão vai ficar rodando. E eu estou aí, graças a Deus essa rotatividade me faz chegar mais perto do cinturão e essa vitória contra a Jessica, que vai vir no sábado, vai me ajudar a dar um bom passo para me credenciar novamente para uma disputa de título.
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O UFC 203 tem transmissão ao vivo e exclusiva do Combate no próximo sábado, a partir de 19h (horário de Brasília). O Combate.com acompanha em Tempo Real, com vídeo ao vivo das duas primeiras lutas do card preliminar. Na véspera, site e canal exibem a pesagem cerimonial do evento ao vivo a partir de 16h50. Confira o card completo:
UFC 203
10 de setembro, em Cleveland (EUA)
CARD PRINCIPAL (a partir das 23h, horário de Brasília):
Peso-pesado: Stipe Miocic x Alistair Overeem
Peso-pesado: Fabricio Werdum x Travis Browne
Peso-médio: CM Punk x Mickey Gall
Peso-galo: Urijah Faber x Jimmie Rivera
Peso-palha: Jéssica Bate-Estaca x Joanne Calderwood
CARD PRELIMINAR (a partir de 19h15, horário de Brasília)
Peso-galo: Jessica Eye x Bethe Correia
Peso-leve: Nik Lentz x Mairbek Taisumov
Peso-médio: Caio Monstro x Brad Tavares
Peso-mosca: Ian McCall x Ray Borg
Peso-leve: Yancy Medeiros x Sean Spencer
Peso-meio-pesado: Francimar Bodão x CB Dollaway
Peso-leve: Drew Dober x Jason Gonzalez
Peso-leve: Damir Hadzovic x Yusuke Kasuya
10 de setembro, em Cleveland (EUA)
CARD PRINCIPAL (a partir das 23h, horário de Brasília):
Peso-pesado: Stipe Miocic x Alistair Overeem
Peso-pesado: Fabricio Werdum x Travis Browne
Peso-médio: CM Punk x Mickey Gall
Peso-galo: Urijah Faber x Jimmie Rivera
Peso-palha: Jéssica Bate-Estaca x Joanne Calderwood
CARD PRELIMINAR (a partir de 19h15, horário de Brasília)
Peso-galo: Jessica Eye x Bethe Correia
Peso-leve: Nik Lentz x Mairbek Taisumov
Peso-médio: Caio Monstro x Brad Tavares
Peso-mosca: Ian McCall x Ray Borg
Peso-leve: Yancy Medeiros x Sean Spencer
Peso-meio-pesado: Francimar Bodão x CB Dollaway
Peso-leve: Drew Dober x Jason Gonzalez
Peso-leve: Damir Hadzovic x Yusuke Kasuya
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