quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Sem desculpas, Thiago Marreta revela lesão durante luta: "Dor insuportável"

Ex-integrante do TUF Brasil 2 lamenta estiramento - que acarretou em uma contratura muscular - no duelo com Eric Spicely: "Cheguei a gritar, sorte que o juiz não ouviu"

Por Rio de Janeiro
Eric Spicely, Thiago Marreta, UFC Brasília, MMA (Foto: Getty Images)Thiago Marreta aplaude a vitória de Eric Spicely (Foto: Getty Images)
A atuação de Thiago Marreta contra Eric Spicely, no UFC Brasília, sediado no Ginásio Nilson Nelson, no último sábado, foi aquém das recentes apresentações do atleta - especialmente diante de um adversário pouco expressivo, que o finalizou no round inicial. O brasileiro sofreu um estiramento no músculo posterior da coxa esquerda, que prejudicou a sua performance e, embora não utilize a situação para justificar o revés, revela que a dor foi intensa e minou a sua movimentação.

- Logo no início da luta, fomos para o chão, e ele encaixou a omoplata. Quando levantei, senti uma fisgada muito forte na parte posterior da coxa esquerda, cheguei a gritar, sorte que o juiz não ouviu. Em seguida, dei um chute com essa perna e senti de novo muita dor. Fui para cima com a mão, ele entrou nas minhas pernas, me travou e caí com a perna esticada. Foi uma dor insuportável, virei de costas e me levantei com ele. O Tatá (treinador) gritou para eu ir para a grade, o que eu consegui, mas a dor estava tão forte que não resisti ao peso e acabei cedendo. Fiz a ressonância, deu uma lesão de quarto grau, quase um rompimento, como o médico explicou. A gente fica triste, pois eu já vinha de derrota. Fiz um bom camp, estava bem treinado. Tem que tocar o barco, bola pra frente - declarou, em entrevista ao Combate.com.

Marreta iniciou a fisioterapia na quarta-feira e fará três sessões por semana - além de repousar para evitar o agravamento. O lutador da Tatá Fight Team vai precisar de cerca de um mês para voltar - ao poucos - às atividades.
- Quando desci do octógono, cai no vestiário de dor, os médicos vieram me atender e recebi uma injeção na veia para a dor. Estou me cuidando, fazendo fisioterapia e repouso. Daqui a umas três semanas eu, talvez, possa fazer boxe, mas ficarei um mês sem treinar jiu-jítsu ou chutar. Tenho vontade de voltar a lutar em dezembro, mas preciso ver como será a recuperação. Preciso voltar devagar, fazer a preparação física aos poucos. Não dá para fazer em ritmo forte, como costumo, levantar peso... A minha vontade é lutar em dezembro ou janeiro, mas vai depender da recuperação.
Eric Spicely, Thiago Marreta, UFC Brasília, MMA (Foto: Getty Images)Spicely finalizou o brasileiro no primeiro round do combate noUFC Brasília, MMA (Foto: Getty Images)
Sobre as críticas pelo desempenho inesperado, Marreta minimiza a situação e não utiliza a lesão como "escudo" para explicar a derrota.
- As pessoas querem falar, criticar, mas fico na minha. Não me escondo atrás de lesão, a vitória está lá no cartel dele (Spicely), lesionado ou não. Ele fez um bom trabalho, me colocou para baixo, pegou e finalizou. A lesão aconteceu, não é invenção, me prejudicou, mas faz parte do jogo. Nunca tinha sentido esse tipo de lesão, que é muito comum em jogadores de futebol. Eu nunca tinha sentido essa dor. Achei que tivesse rompido alguma coisa, pelo menos, não vou precisar de cirurgia.

A lesão - e o consequente processo de recuperação - deixaram Marreta fora da luta do amigo Alex Cowboy, de quem seria córner no "UFC: Lineker x Dodson", neste sábado, em Portland. O apoio ao parceiro de equipe, adversário de Will Brooks, terá que ser pelo telefone, e a torcida, através da televisão.

- Eu ia para a luta, tinha comprado a passagem para ficar no córner do Cowboy. O voo para o Rio já foi selva, sentado no avião, comum dor horrível... Eu não conseguia amarrar o tênis, botar bermuda, não conseguia movimentar a perna. Não tinha como ir mesmo. Vou torcer de casa para ele. É uma luta dura, mas confio no Cowboy. Ele tem um jeito de lutar que complica qualquer um. 

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