segunda-feira, 12 de junho de 2017

"Criança na Disney", diz Amanda Ribas ao comentar sua contratação pelo UFC

Com American Top Team como "parque de diversões", mineira tem estreia marcada na organização para o dia 7 de julho, contra Ju Thai, no TUF 25 Finale, em Las Vegas

Por Rio de Janeiro
Amanda Ribas Jungle Fight MMA (Foto: Raphael Marinho)Amanda Ribas estreia no UFC contra Ju Thai, no dia 7 de julho (Foto: Raphael Marinho)
O choro de alegria foi inevitável quando Amanda Ribas recebeu a ligação de seu empresário, Alex Davis, contando que seu sonho de fazer parte do plantel do Ultimate estava realizado. Morando na Flórida (EUA), onde treina na American Top Team (ATT) desde fevereiro, ela tratou de ligar para seu pai, Marcelo Ribas, que era seu treinador na cidade de Varginha, no sul de Minas Gerais, onde nasceu. A emoção tomou conta de vez quando Marcelo interrompeu a aula das crianças na academia para ouvir a notícia de que sua filha estava no maior evento do mundo e com estreia marcada para o dia 7 de julho, contra a compatriota Juliana Lima, a Ju Thai, no TUF 25 Finale, em Las Vegas.
A data escolhida pela companhia para a sua estreia fez um filme passar na cabeça de Amanda. Há três anos, também na Semana Internacional da Luta, a mineira foi competir no Mundial de MMA Amador e voltou para o Brasil com a medalha de ouro na bagagem
- Foi exatamente na mesma cidade e na mesma época. Fiquei muito feliz. A primeira vez que lutei MMA amador foi em Las Vegas e a primeira vez que vou realizar o sonho de lutar no UFC também será. Fiquei muito empolgada, me deu uma motivação a mais, o coração acelerou. Agradeço a Deus a oportunidade porque foi demais para mim. Estou revivendo emoções, o treinamento está duro. Fui no UFC agora em Dallas também, foi muito importante para saber como funciona por dentro, porque só conhecemos por fora. Não sabemos a rotina, programação, foi bom para já estar acostumada com o que vai acontecer. Estou adorando tudo, que nem pinto no lixo, criança na Disney... Todo mundo vem para a Flórida para ir para Orlando aproveitar e curtir. Eu vim para ir para a American Top Team. Lá é meu parque de diversões - brincou a lutadora, em entrevista ao Combate.com.
Aos 23 anos, Amanda tem um cartel de seis vitórias e uma derrota na carreira. A ida para a ATT foi articulada por Alex Davis, e a lutadora aceitou prontamente. A adaptação, ela garante, foi melhor do que se imaginava.
- No dia que cheguei, já dei de cara com os cinturões na entrada da ATT. Pensei: "É aqui que vai me ajudar a crescer". Não estou evoluindo só como lutadora, estou evoluindo como pessoa. Lutador hoje em dia não adianta só saber lutar, tem que saber se vender, saber falar. Estou melhorando muito meu inglês também, adorando essa experiência de treinar com a campeã, é muito importante para eu ver que posso chegar. Sei o que tenho que melhorar agora. E é tudo novo né? Morar com um lutador da Bósnia, técnicos diferentes, alimentação diferente, mas me adaptei mais rápido do que esperava. Estou amando. Sempre que bate a saudade de casa, tem um pãozinho de queijo ou um açaí pra matar (risos).
Amanda Ribas MMA medalha (Foto: Marcelo Russio)Amanda Ribas foi campeã mundial de MMA amador em 2014 (Foto: Marcelo Russio)
Na ATT, Amanda Ribas encontrou material humano de alto nível para buscar sua evolução no MMA. Na preparação da campeã da divisão dos palhas (a mesma na qual vai fazer parte no UFC), Joanna Jedrzejczyk, para a luta contra Jéssica Andrade, no mês passado, a brasileira atuou como sparring da polonesa. Além disso, se aproximou da campeã dos galos, Amanda Nunes, de quem também recebeu conselhos. 
- Antes da luta a gente conversava muito. Na verdade, mais ou menos por causa do meu inglês (risos), mas conversava bem com a Joanna e com a Amanda Nunes. A Amanda é demais também, coração enorme, ajuda em tudo, olha, nos ensina muito, todas as meninas aqui são muito boas, parceiras mesmo de treino. Não estão ali só para treinar e ir embora. Ajudam, perguntam... Está sendo uma experiência muito construtiva para mim. Vejo que são pessoas que cuidam uns dos outros. Uma vez a Amanda me falou que a gente tem que estar aqui para se divertir. Se ficar muito concentrado, fica doido, porque estamos fazendo o que amamos. Tem que fazer feliz. Isso me marcou muito, porque no judô, antes de me machucar, estava treinando tanto que deu overtraining. E quando ela me falou isso, ligou em mim. É verdade, temos que fazer o que amamos e feliz. Escutar o corpo também. Adorei quando ela me falou isso. Serviu para mim e estou usando isso. Sentindo o corpo, soltando, porque estamos aqui fazendo o que amamos - contou.
Sobre sua adversária, Amanda Ribas fez elogios e comemorou o confronto contra Ju Thai, que já esteve no top 15 da divisão até 52kg.
- Isso mostra que eles confiam no meu jogo. Porque a Ju Thai, ao meu ver, foi uma das lutas mais duras que a Joanna teve. Isso me deu uma motivação gigante. Para mim, se eu quero ser a melhor, tenho que lutar com as melhores, então me senti honrada - concluiu.
TUF 25 Finale
7 de julho, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO (até o momento):
Peso-leve: Michael Johnson x Justin Gaethje
Peso-médio: Elias Theodorou x Brad Tavares
Peso-leve: Marc Diakiese x Drakkar Klose
Peso-meio-pesado: Jordan Johnson x Marcel Fortuna
Peso-pena: Gray Maynard x Teruto Ishihara
Peso-meio-pesado: Steve Bossé x Jared Cannonier
Peso-galo: Jessica Eye x Aspen Ladd
Peso-palha: Angela Hill x Ashley Yoder
Peso-médio: Ed Herman x CB Dollaway
Peso-palha: Amanda Ribas x Juliana Lima

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