segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ainda órfão de Cabañas, América aposta na estrutura para voltar a vencer

Afastado do futebol após ser baleado, paraguaio deixa marcas no clube mexicano, que investe em modernização para encerrar jejum

Por Cahê Mota Direto da Cidade do México
Estrutura de primeiro mundo, história vitoriosa, um incômodo tabu para ser quebrado e um ídolo recente que precisa ser esquecido. Adversário do Fluminense nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no estádio Azteca, pela terceira rodada do Grupo 3 da Libertadores, o América do México faz questão de exibir na entrada de seu CT, decorada com a frase “95 anos de grandeza”, sua força no futebol nos continentes centro e norte-americano. Mas nos corredores do local ainda é clara a ausência do último ídolo do clube: Salvador Cabañas.
entrada CT América do México (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)Entrada do CT do América destaca os 14 títulos de campeão mexicano (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)

Sem levantar um troféu desde o Torneio Clausura de 2005, os “Águias”, como são chamados os maiores campeões mexicanos da história, com 14 títulos, atraíram mais a atenção nos últimos anos pelos feitos de seu artilheiro gordinho do que pelas conquistas – vide as eliminações de Flamengo e Santos na Libertadores de 2008. O tiro que atingiu o paraguaio durante briga em uma boate no início de 2010, entretanto, não somente interrompeu a carreira de Cabañas como encerrou de forma nada amistosa uma história de sucesso que durou quatro anos, 115 jogos e 66 gols.
Desvinculado do América sob acusações de abuso de seu empresário nos pedidos financeiros após o incidente, Cabañas não é mais o tema das conversas ou o alvo das lentes. Sua imagem, porém, ainda é relacionada ao clube.
boneco cabañas América do México (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)Boneco de Cabañas ainda é vendido na loja do
América-MEX (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)
- Cabañas já não tem mais ligação com o América, mas continua sendo um ídolo para os torcedores. Foi um dos principais jogadores do clube nos últimos anos – explica o assessor de imprensa do clube, Edwin Victoria.
Talvez por isso, bonecos do jogador ainda sejam vendidos na loja oficial, além da existência de um painel, mesmo que escondido, em um dos campos do centro de treinamento. CT, que, por sinal, impressiona pela modernidade e estrutura. São quatro campos profissionais, dois para as divisões de base e um ginásio com grama sintética.
Neste sentido, inclusive, o adversário desta quarta atinge todas as perspectivas tricolores, justamente em um momento onde a cobrança por melhorias nas condições de trabalho tem criado debates nos bastidores do Tricolor carioca. Construído em 1950, o centro de treinamento mexicano é alvo de investimento e modernização constante.
treino América do México (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)Jogadores do América tem quatro campos oficiais
à disposição (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)
Em campo, os principais nomes são o goleiro Guilhermo Ochoa, também destaque da campanha de 2008, quando foi eliminado na semifinal da Libertadores pela LDU, e o apoiador argentino Montenegro. O camisa 10 chamou a atenção dos tricolores na vitória por 4 a 3 sobre o Toluca, domingo, pelo campeonato local. Além deles, os “Águias” contam também com o brasileiro Rosinei, ex-Corinthians e Internacional, que tem sido escalado regularmente entre os titulares.
ante deste panorama, o Fluminense, após dois empates em casa, entra em campo para renascer na Libertadores, curiosamente contra a equipe que ficou marcada por atrapalhar a vida dos brasileiros, mas que já não conta com aquele que era seu principal nome naqueles feitos.

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