terça-feira, 19 de abril de 2011

Mais de 20 anos depois, Falcão inicia busca pela Libertadores perdida

Derrotado na final como jogador em 1980, ídolo do Inter agora comanda, como treinador, vestiário repleto de campeões

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
Falcão no treino do Internacional (Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)Falcão disputou três Libertadores pelo Inter como
jogador  (Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)
Dos 11 titulares do Inter no jogo contra o Emelec, nesta noite, nove são campeões da Libertadores. Alguns deles, casos de Renan, Bolívar e Rafael Sobis, já têm duas. O curioso é pensar que ali na casamata, os orientando, estará Paulo Roberto Falcão, um mito do Inter, um dos maiores craques já criados pelo futebol. E que não sabe o que é erguer uma Libertadores...
Falcão inicia nesta terça-feira, às 20h15m, no Beira-Rio, sua luta pela Libertadores perdida. Ele foi o centro de um timaço que mandou no Brasil nos anos 70. Ganhou três Brasileirões, os de 1975, 76 e 79, o último de forma invicta. Mas não conquistou a América. Teve três chances, em 1976, 77 e 80. Nas duas primeiras, tinha um Cruzeiro no meio do caminho. Na última, o sonho morreu na final.
Em 1976, Inter e Cruzeiro caíram na mesma chave da Libertadores, reeditando a grande final do Brasileirão do ano anterior. Desta vez, os mineiros levaram a melhor. A vitória por 5 a 4 da Raposa no Mineirão foi um dos elementos de uma batalha histórica. Em uma chave que também tinha Olimpia e Sportivo Luqueño, o Colorado não conseguiu avançar.
Na temporada seguinte, nova decepção. Desta vez, o Inter passou da primeira fase, mas caiu no triangular semifinal, novamente por causa do Cruzeiro - a Portuguesa, da Venezuela, completava o trio. Mas a dor maior foi aparecer em 1980. O time gaúcho caminhou até a final. Aí encarou o Nacional, do Uruguai, e teve outra frustração. No Beira-Rio, empatou por 0 a 0. No Centenário, levou 1 a 0. Falcão esteve em campo nos dois jogos. Em seguida, rumou para o Roma, da Itália.
Foi a sua última Libertadores. E é uma marca que ele não esquece. Na última segunda-feira, em sua apresentação oficial no Inter, ele citou o fato de não ser campeão da América. E também já citou o fato em conversas com o elenco.
- Ele comentou que não tem esse título. O que faz bem é chegar mais uma pessoa motivada, que demonstra a todo tempo que quer esse título, e contagia todo mundo. Isso é válido chegando em um clube que sabe que pode ser campeão. É importante ele dizer que isso é importante não só para os jogadores, mas para ele também. Ele tem história, tem Seleção, mas não tem esse título - comentou o zagueiro Rodrigo, que também busca sua primeira Libertadores.
Falcão já começa com uma decisão. O Inter precisa somar pontos contra o Emelec para não correr riscos de eliminação na Libertadores. Se vencer, será o campeão do grupo. Se empatar, corre o risco de avançar em segundo. Se perder, torce para que o Jaguares não vença o Jorge Wilstermann na Bolívia.
 

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