sábado, 30 de abril de 2011

Rio de Janeiro dá troco no Osasco
e conquista o hepta na Superliga

Na sétima final seguida entre os times, equipe comandada pelo técnico Bernardinho atropela por 3 sets a 0, no Mineirinho, e retoma a hegemonia

Por Danielle Rocha Belo Horizonte
Na temporada passada, depois de amargar quatro vice-campeonatos, o Osasco decidiu que seria a hora de colocar o ponto final numa escrita. A coroa da Superliga mudou de mãos e a vontade era que permanecesse por muito tempo em São Paulo. Só que as antigas rainhas não estavam nem um pouco dispostas a ver aquela cena se repetir. Empurrado pelo canto de "time de guerreiras" vindo da arquibancada, o Rio de Janeiro atropelou as rivais e retomou o trono: 3 sets a 0, parciais de 25/23, 30/28 e 25/19. Conquistou também o heptacampeonato (1997/1998, 1999/2000, 2005/2006, 2006/07, 2007/08, 2008/2009 e 2010/2011). Assista ao lado os melhores momentos do jogo.
Veja a galeria de fotos da final da Superliga, no Mineirinho
vôlei comemoração rio de janeiro campeão superliga (Foto: Washington Alves / Vipcomm)Jogadoras e comissão técnica comeoram o hepta (Foto: Washington Alves / Vipcomm)
- Foi maravilhoso. Foi um sonho jogar no Mineirinho, eu tinha certeza de que ia ser nosso, eu falei para as meninas ontem. Faltava esse título na minha carreira. Tenho que agradecer a todos... à torcida que compareceu em peso... - disse Sheilla.
E Bernardinho não poupou elogios. Veja a entrevista no vídeo ao lado.
- A Sheilla é uma atleta excepcional, uma estrela que brilha com o grupo... uma líder que lidera silenciosamente - disse.
O jogo
Os alto-falantes do ginásio davam o tom do que estava por vir com o "Agora o bicho vai pegar", introdução da música tema de "Tropa de Elite". E pegou mesmo, com direito a rali no primeiro ponto, conquistado por Sheilla para o Rio de Janeiro. Não demorou muito para que a alegria tomasse o outro lado da quadra. O Osasco tirava proveito dos erros do adversário e conseguia manter o jogo equilibrado. Natália também contribuía no saque e com ataques potentes. Sheilla e Fabi se esforçavam para não deixar a bola cair e recebiam o aplauso de Bernardinho, apesar de não terem conseguido dar continuidade à jogada.
Atentas no bloqueio e na defesa, as equipes se revezavam no comando do placar. O Osasco ainda respirou um pouco mais. Liderado por Jaqueline, fez 16/14, mas permitiu a virada. Sheilla apareceu nos momentos decisivos e, juntamento com Juciely, subiu no bloqueio que colocou o Rio de Janeiro na frente: 25/23.
regiane vÔlei rio de janeiro osasco final superliga (Foto: Washington Alves / Vipcomm)Regiane, do Rio, ataca; Bernardinho e Carol
observam (Foto: Washington Alves / Vipcomm)
A resposta viria rapidamente. O Osasco abriu 2/0 e tinha em Natália sua principal pontuadora. Era o momento de tentar freá-la. O triplo formado por Valeskinha, Mari e Sheilla conseguiu por alguns momentos, o que ajudou a equipe hexacampeã a se aproximar e tomar a frente (8/7). Do outro lado, cada bloqueio bem sucedido sobre Sheilla era motivo de muita comemoração. Mais ainda quando vinha seguido de vantagem (13/11). Só que Mari ajudou a corrigir o rumo do Rio de Janeiro, que chegou ao empate. Logo em seguida, o bloqueio voltou a funcionar e foi fundamental para ganhar fôlego (20/17). Apesar do momento adverso, o Osasco não esmoreceu. Fez três pontos seguidos e se colocava na briga de novo.
E que briga. Após dois erros seguidos de Natália, foi a vez de Sassá se apresentar e manter as chances do time de fechar o set. Mas encontrava grande resistência. O adversário não queria ceder a parcial e tinha em Juciely e Sheilla suas grandes armas. E foi com um saque da oposta que o Rio de Janeiro fez 2 a 0: 30/28.
vôlei Fabi Rio de Janeiro final Superliga (Foto: Luiz Doro / adorofoto)Fabi vibra após um ponto contra o Osasco
(Foto: Luiz Doro / adorofoto)
O Osasco estava pressionado. Precisava vencer de qualquer maneira. Fez 3/1, se manteve vibrante, até as rivais começarem a mostrar todo o seu poderio. Jaqueline e suas companheiras já mostravam um semblante preocupado e tinham motivos para isso. O time de Bernardinho errava pouco, defendia muito e soltava o braço no ataque. Abriu seis pontos (17/11) e tinha o título nas mãos. Adenízia ainda acreditava. Subia no meio da rede e tentava mexer com os brios de suas companheiras. Mas estava difícil mudar aquela situação. Estava difícil conter o ímpeto do Rio de Janeiro e de Juciely, responsável pelo ponto do heptacampeonato. Festa e um lado; choro do outro.

vÔlei rio de janeiro osasco final superliga (Foto: Washington Alves / Vipcomm)Festa azul no Mineirinho: Rio de Janeiro é heptacampeão (Foto: Washington Alves / Vipcomm)

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