Ser ou não ser ofensivo, eis a
questão de Joel Santana no Cruzeiro

Nova formação tática da equipe divide opiniões até entre os jogadores

Por Fernando Martins Y Miguel Belo Horizonte

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Montillo acata e defende o estilo Joel de trabalhar
(Foto: Washington Alves / VIPCOMM)

A torcida do Cruzeiro espera uma nova postura da equipe contra o Flamengo, nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), na Arena do Jacaré. Após a derrota para o Botafogo, na última rodada, parte dos cruzeirenses criticou o Joel Santana pela falta de ofensividade demonstrada pela equipe celeste. O treinador se mostrou desconfortável quando questionado sobre uma postura mais agressiva do Cruzeiro diante do Flamengo.
- Não sei o que vocês entendem por postura ofensiva. Contra o Botafogo, nós chutamos 15 bolas, eles chutaram seis ou sete. Só que nós não acertamos o gol. Isso não foi problema de questão ofensiva, foi problema de aproveitamento desse fundamento. Tanto no jogo do Botafogo quanto no do Atlético-GO, nós tivemos uma situação de finalização muito grande. Nossa equipe está errando muito o fundamento final, que na realidade é o mais difícil, o que completa tudo – tentou explicar Joel Santana.
Contra os goianos, que figuravam na zona de rebaixamento na ocasião, Joel escalou a equipe apenas com Wallyson na frente. Diante do Botafogo, só colocou atacantes suplentes em campo após a equipe ter levado o gol.
Depois da partida contra o Alvinegro carioca, o meia Roger chegou a declarar que os jogadores teriam que se adaptar à nova filosofia do treinador, já que, segundo o jogador, com Joel, a Raposa espera a iniciativa do adversário para tomar a bola e contra-atacar.
Mas o meia Montillo saiu em defesa do treinador.
- Cada treinador tem seu jeito de trabalhar. E aqui, quando o time ganhou cinco jogos, ninguém falou da escalação dele. Jogamos mal nos últimos dois jogos, mas é o mesmo esquema que ele utilizou quando ganhamos do Vasco, do Coritiba. Temos muitos jogadores bons, temos que acatar as ordens e fazer o melhor.