quarta-feira, 23 de novembro de 2011

William evita comentar briga: 'Tenho uma bomba de Hiroshima na mão'

Capitão do Avaí diz que mente quem tratou o clima dentro do clube durante o campeonato como 'ótimo'. Além disso, já projeta jogo contra o rival Figueira

Por Fred Gomes Rio de Janeiro
Capitão do Avaí, o atacante William não quis entrar na polêmica entre Diogo Orlando e Lincoln, que teriam trocado agressões durante a derrota para o Vasco por 2 a 0, no último sábado. Para evitar crise, utiliza-se de uma metáfora, dizendo que não gostaria de atirar uma bomba de Hiroshima dentro do clube. Trata-se de uma alusão a um ataque da Força Aérea americana ocorrido no Japão, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
- Não vou falar muitas coisas. Peço desculpas por não falar tudo, eu não iria medir palavras. Às vezes o clima é pesado, e tem cara dizendo que o ambiente é bom. Quem fala isso está mentindo. Tem jogador falando que o vestiário é ótimo... Isso é mentira. Se eu for falar o que penso, vamos ficar uma meia hora conversando e amanhã tem uma bomba de Hiroshima dentro do clube. Eu tenho uma bomba de Hiroshima nas mãos (risos), mas quero sair em paz e curtir meus filhos nas férias - disse, em entrevista por telefone.
A postura adotada pelo camisa 9 tem um motivo. Depois da fatídica partida contra o Vasco, disse que 50% do elenco avaiano não merecia estar na Série A.
- Já soltei essa declaração e criou um enorme problema. Meu empresário me pediu para não entrar em detalhes, pois não quero criar mais crise. Quero paz, já repercutiu bastante. Eu não vou mentir, sempre falarei a verdade. Mas sair falando tudo agora pode criar mais um monte de confusão - justificou-se.
William em ação durante Vasco x Avaí (Foto: Maurício Val / FOTOCOM.NET   )William soltou o verbo depois da partida contra o Vasco (Foto: Maurício Val / FOTOCOM.NET )
Especulado em diversos clubes na próxima temporada, William dificilmente ficará no Leão. A tendência é que saia, mas, pelo enorme carinho e identificação criados com o Avaí, ele evita o tema. Mais do que isso: só pensa nos dois próximos jogos.
- Vou jogar para terminar esse campeonato com dignidade. Enfrentamos o Vasco para vencê-los e, se não tivéssemos um jogador expulso, complicaríamos a vida deles. Temos o jogo contra o Coritiba e o clássico com o Figueirense. Vamos para vencer - avisou.
Objetivo é tirar 'casquinha' do Figueira
Citado pelo ídolo, o Figueirense é tema de pergunta inevitável: tirar o arquirrival da Libertadores teria um sabor especial?
- É um prato cheio para o torcedor do Avaí. Sabemos que um torcedor ou outro pensa no futebol de Santa Catarina, mas o fanático pelo Avaí quer ver seu time bem e o outro mal. Então quem tem uma identificação com o clube, como é o meu caso, sabe o quanto é importante essa vitória para o torcedor. Para mim, pouco importa se vamos tirar o Figueira da Libertadores ou não. O que mais vale é vencer. Sei que não cicatrizaria a dor pelo rebaixamento, mas daria uma diminuída - encerrou.

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