Dever de casa: Inter vence o Once Caldas por 1 a 0 e sai em vantagem
D’Alessandro deu show e armou jogada para o gol de Damião. Jogo da volta é no dia 1º de fevereiro, em Manizales
Imagine como seria iniciar o ano no próprio estádio com uma decisão diante de 40 mil torcedores ensandecidos. Acrescente isso com a disputa de Libertadores, a competição mais desejada pelos gaúchos. Foi o que aconteceu na noite desta quarta-feira no Beira-Rio, quando o Inter conseguiu se sobressair diante dos colombianos do Once Caldas e venceu a partida por 1 a 0.
Tudo isso com direito a atuação de luxo de D’Alessandro, que ainda não tem a participação garantida no jogo de volta. O argentino foi o maestro do time vermelho, criador das jogadas ofensivas e destruidor do sistema tático adversário. Leandro Damião marcou o gol da vitória.
Foram apenas os 90 minutos do primeiro duelo que irá classificar uma das equipes para a fase de grupos da competição. O segundo confronto será na próxima quarta-feira, na altitude de 2,2 mil metros de Manizales, na Colômbia.
Era a noite de D’Alessandro. Com a braçadeira de capitão, foi o primeiro colorado a ingressar no gramado, sob coro estridente da torcida presente nas arquibancadas: “Fica, D’Alessandro”.
O gringo deu a resposta dentro de campo. Centralizado, mostrou porque o sistema tático de Dorival Júnior, o 4-2-3-1, foi construído em cima da qualidade técnica do camisa 10. Ainda no primeiro minuto, cruzou da ponta esquerda e, por detalhe, Rodrigo Moledo não conseguiu complementar. Mais do que nunca, estava a fim de jogo.
O Inter era agudo. Era como um vizinho chato que rondava a porta do gol adversário a todo instante. D’Ale dava as cartas, era o cérebro, o articulador de tudo. Com um toque por cobertura, por cima da zaga, achou Damião. Esperto, o centroavante serviu Oscar. No entanto, com o gol vivo à frente, o garoto desperdiçou a chance ao disparar por cima.
Assim como D'Alessandro, Damião também estava à vontade. Aos oito minutos, perdeu o controle da bola na área e tentou de bicicleta, para fora.
O time visitante era corajoso. Mesmo sob pressão, seguia com três atacantes, mas cedia espaços. Em uma arrancada de Pajoy, o principal jogador do time, Índio travou o colombiano com falta. Da intermediária, Cuero testou Muriel com um cartão de visitas. Bem postado, o goleiro colorado não encontrou dificuldades para defender.
Bravo, o Once Caldas não estava morto. Progressivamente, avançava a marcação, tentava assustar. E conseguiu, quando Núñez bateu cruzado da meia direita. A bola foi em curva, com endereço. Mas Muriel se lançou no canto para espalmar. Na sequência, Cuero arriscou de longe, e acertou as redes pelo lado de fora.
O Inter cansava de desperdiçar chances. Aos 30, D’Alessandro recebeu na intermediária e olhou exatamente onde iria mirar: era no canto superior esquerdo. Mas com um tapa, Martinez evitou aquele que seria o segundo gol.
Mal defensivamente, o técnico Pompilio Páez tentou ajustar o sistema com o ingresso do zagueiro Alvarez na vaga do meia Henao. Dessa forma, postou o time no 3-4-3. O objetivo era o de tentar equilibrar a partida.
“Dramaticidade prevista”
Na sexta-feira, o técnico Dorival Júnior havia falado em “dramaticidade” para o duelo. O treinador previu um jogo nervoso que acabou se demonstrando na segunda etapa, quando o Once Caldas ganhou posse de bola.
Damião poderia ter garantido o placar e a vitória logo no começo da segunda etapa. Quando tinha a posse quase na pequena área, perdeu um segundo precioso para arrematar e viu a bola ser afastada.
Dorival tentou mudar a equipe ao colocar Marcos Aurélio na vaga de Dagoberto. Era um estreante no Beira-Rio por outro.
No entanto, Marcos Aurélio demorou a entrar na partida. Cometia erros bobos, assim como outros companheiros. O Inter chegou a mostrar dificuldade para sair jogando: entregava a bola de graça para o time adversário.
Em um lance, Marcos Aurélio justificou o ingresso na etapa complementar. De “gancho”, pifou Damião na área. Outra vez, no entanto, o camisa 9 demorou para concluir e perdeu ângulo.
O final da partida foi nervoso. Aos 38, Núñez arrancou suspiros da torcida ao arrematar para fora, um rebote de fora da área. O atacante colocou as mãos na cabeça, sabia que era uma das raras oportunidades. Sem força, o Once Caldas não conseguiu mais chegar com perigo.
Como saldo, o Inter viaja com a Colômbia com a vantagem de não ter sofrido gol em casa. Mas resta saber qual face colorada atuará em Manizales: o time organizado e ofensivo da primeira etapa ou a equipe nervosa do segundo tempo? Serão novos 90 minutos para definir o semestre vermelho.
Tudo isso com direito a atuação de luxo de D’Alessandro, que ainda não tem a participação garantida no jogo de volta. O argentino foi o maestro do time vermelho, criador das jogadas ofensivas e destruidor do sistema tático adversário. Leandro Damião marcou o gol da vitória.
Foram apenas os 90 minutos do primeiro duelo que irá classificar uma das equipes para a fase de grupos da competição. O segundo confronto será na próxima quarta-feira, na altitude de 2,2 mil metros de Manizales, na Colômbia.
Leandro Damião e D'Alessandro comemoram o gol (Foto: Alexandre Lops / Divulgação Inter)
Capitão D’AleEra a noite de D’Alessandro. Com a braçadeira de capitão, foi o primeiro colorado a ingressar no gramado, sob coro estridente da torcida presente nas arquibancadas: “Fica, D’Alessandro”.
O gringo deu a resposta dentro de campo. Centralizado, mostrou porque o sistema tático de Dorival Júnior, o 4-2-3-1, foi construído em cima da qualidade técnica do camisa 10. Ainda no primeiro minuto, cruzou da ponta esquerda e, por detalhe, Rodrigo Moledo não conseguiu complementar. Mais do que nunca, estava a fim de jogo.
O Inter era agudo. Era como um vizinho chato que rondava a porta do gol adversário a todo instante. D’Ale dava as cartas, era o cérebro, o articulador de tudo. Com um toque por cobertura, por cima da zaga, achou Damião. Esperto, o centroavante serviu Oscar. No entanto, com o gol vivo à frente, o garoto desperdiçou a chance ao disparar por cima.
Assim como D'Alessandro, Damião também estava à vontade. Aos oito minutos, perdeu o controle da bola na área e tentou de bicicleta, para fora.
O time visitante era corajoso. Mesmo sob pressão, seguia com três atacantes, mas cedia espaços. Em uma arrancada de Pajoy, o principal jogador do time, Índio travou o colombiano com falta. Da intermediária, Cuero testou Muriel com um cartão de visitas. Bem postado, o goleiro colorado não encontrou dificuldades para defender.
Dagoberto jogou bem, mas saiu com dores
(Foto: Alexandre Lops / Divulgação Inter)
O gol não demorou a surgir. Aos 11 minutos, Damião recebeu passe rasteiro primoroso de D’Alessandro, é claro. Cara a cara com Martinez, aplicou um toque sutil no canto esquerdo. Na comemoração, o centroavante goleador se atirou de costas no gramado. Estava de bem com o gol, com a torcida, com o mundo.(Foto: Alexandre Lops / Divulgação Inter)
Bravo, o Once Caldas não estava morto. Progressivamente, avançava a marcação, tentava assustar. E conseguiu, quando Núñez bateu cruzado da meia direita. A bola foi em curva, com endereço. Mas Muriel se lançou no canto para espalmar. Na sequência, Cuero arriscou de longe, e acertou as redes pelo lado de fora.
O Inter cansava de desperdiçar chances. Aos 30, D’Alessandro recebeu na intermediária e olhou exatamente onde iria mirar: era no canto superior esquerdo. Mas com um tapa, Martinez evitou aquele que seria o segundo gol.
Mal defensivamente, o técnico Pompilio Páez tentou ajustar o sistema com o ingresso do zagueiro Alvarez na vaga do meia Henao. Dessa forma, postou o time no 3-4-3. O objetivo era o de tentar equilibrar a partida.
“Dramaticidade prevista”
Na sexta-feira, o técnico Dorival Júnior havia falado em “dramaticidade” para o duelo. O treinador previu um jogo nervoso que acabou se demonstrando na segunda etapa, quando o Once Caldas ganhou posse de bola.
Damião poderia ter garantido o placar e a vitória logo no começo da segunda etapa. Quando tinha a posse quase na pequena área, perdeu um segundo precioso para arrematar e viu a bola ser afastada.
D'Alessandro fez bela partida na noite desta quarta-feira (Foto: Alexandre Lops / Divulgação Inter)
E aí os colombianos cresceram, pegaram confiança e partiram para cima. No entanto, encontravam sempre uma defesa bem postada e só conseguiam levar com chutes de fora da área. Foi assim com Cuero e González, em duas oportunidades.Dorival tentou mudar a equipe ao colocar Marcos Aurélio na vaga de Dagoberto. Era um estreante no Beira-Rio por outro.
No entanto, Marcos Aurélio demorou a entrar na partida. Cometia erros bobos, assim como outros companheiros. O Inter chegou a mostrar dificuldade para sair jogando: entregava a bola de graça para o time adversário.
Em um lance, Marcos Aurélio justificou o ingresso na etapa complementar. De “gancho”, pifou Damião na área. Outra vez, no entanto, o camisa 9 demorou para concluir e perdeu ângulo.
O final da partida foi nervoso. Aos 38, Núñez arrancou suspiros da torcida ao arrematar para fora, um rebote de fora da área. O atacante colocou as mãos na cabeça, sabia que era uma das raras oportunidades. Sem força, o Once Caldas não conseguiu mais chegar com perigo.
Como saldo, o Inter viaja com a Colômbia com a vantagem de não ter sofrido gol em casa. Mas resta saber qual face colorada atuará em Manizales: o time organizado e ofensivo da primeira etapa ou a equipe nervosa do segundo tempo? Serão novos 90 minutos para definir o semestre vermelho.
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