quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ricardo Bueno marca, mas Verdão fica no empate com a Portuguesa
Portuguesa joga bem no início do segundo tempo e abre placar, mas contestado centroavante marca e fecha 1 a 1 pelo Paulista
 
 
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro e Sergio Gandolphi
A Portuguesa reviveu seus momentos de Barcelusa, mas não conseguiu vencer. O Palmeiras repetiu erros do passado, contou com um “herói” improvável, mas também não saiu com a vitória. Nesta quarta-feira, Verdão e Lusa ficaram no empate por 1 a 1, no Pacaembu, e estacionaram na tabela na segunda rodada do Campeonato Paulista. A equipe rubro-verde saiu na frente com Maylson, mas o contestado Ricardo Bueno foi o responsável por dar a igualdade ao time mandante – isso depois de um caminhão de gols perdidos.
Com o resultado, o Palmeiras chega aos quatro pontos na tabela, atrás dos líderes São Paulo, Paulista e Corinthians. Já a Lusa somou seu primeiro ponto no Paulistão.
O Verdão, bom nas bolas paradas, só conseguiu jogar bem depois que Maikon Leite entrou. O rubro-verde treinado por Jorginho teve a posse de bola no segundo tempo, abriu o placar, mas não soube resolver a partida quando necessário.
A Portuguesa volta a campo no próximo sábado, às 19h30m, no Canindé, onde recebe o Guaratinguetá. Já o Verdão enfrenta o Grêmio Catanduvense no domingo, às 17h, em Catanduva.
luan palmeiras x portuguesa (Foto: Agência Estado)Pressionado pela marcação da Portuguesa, Luan arrisca um chute (Foto: Agência Estado)
Confiança de uns, desconfiança de outros...
O chute perigoso de Luan logo aos 15 segundos de jogo deu a impressão de que o Palmeiras vinha para morder e sufocar a Lusa. No entanto, a equipe de Jorginho conseguiu neutralizar a principal arma alviverde: o meia Valdivia. O Mago foi vigiado de perto pelos volantes Léo Silva e Boquita, que se alternavam na marcação do chileno – o camisa 10 quase não pegou na bola na primeira etapa. Assim, o auxiliar técnico Flávio Murtosa teve de encontrar alternativas, e foi várias vezes até a lateral do campo para tentar acertar o posicionamento do time.
Sem Valdivia, o Verdão atacou mais pela esquerda, com Luan e Juninho fazendo boas tabelas pelo setor. Pela direita, Cicinho foi tímido. Isso porque a Portuguesa investiu por ali com Edno e Marcelo Cordeiro, além dos constantes avanços de Henrique pelo meio. O toque de bola que deu origem à Barcelusa pôde ser visto em alguns momentos do jogo. Mesmo assim, nada que levasse perigo ao goleiro Deola. Faltou poder de finalização ao atual campeão da Série B.
Os personagens do Palmeiras foram os dois jogadores mais contestados da equipe, cada um à sua maneira. Na média, Tinga e Ricardo Bueno até gozam do mesmo prestígio (ou falta dele) junto à torcida palmeirense. Mas enquanto o meia errava passes simples e sofria com as vaias, o centroavante se mostrou voluntarioso, tentou chutes de longe, exigiu boas defesas do goleiro Weverton e quase fez um golaço de bicicleta. Aplaudido desde o primeiro lance, o camisa 9 mostrou que confiança pode fazer a diferença. Mas ainda não foi o suficiente para desencantar.
E o 9 salvou!
A substituição de Tinga era algo natural para o segundo tempo, e a torcida aplaudiu com euforia a entrada de Maikon Leite na vaga do meia. Aberto pelo lado direito, Maikon era o jogador incisivo que faltava para o setor. O Palmeiras poderia alternar suas jogadas e chegar mais facilmente ao gol. A pressão da torcida ajudaria a amedrontar a Lusa. O problema é que tudo ficou no campo das teorias...
Na prática, a Lusa seguiu aproveitando a brecha deixada por Cicinho e abriu o placar logo aos 4 minutos. Perdido, o lateral-direito não conseguiu conter Marcelo Cordeiro, capitão e melhor em campo pela equipe rubro-verde. Depois do cruzamento, o estreante Maylson apareceu sozinho na pequena área, no meio de Henrique, Leandro Amaro e Deola. Ninguém conteve o meia da Portuguesa, responsável pelo 1 a 0.
O Verdão voltou a mostrar os erros do passado, principalmente dentro da área. Maikon Leite até envolveu a zaga adversária, mas não acertou o pé. Do outro lado, Luan também custou a chutar na direção do gol. E Ricardo Bueno... Bem, aquele Ricardo confiante parecia ter ficado no primeiro tempo. Ele e Valdivia, juntos, protagonizaram o gol mais perdido do Campeonato Paulista – o chileno errou o chute na pequena área, e o centroavante, a um palmo do gol, pegou a sobra e acertou a trave.
Mas quem disse que o bravo camisa 9 desistiu? Logo quando Murtosa preparava o reserva Fernandão, Ricardo Bueno tratou de colocar as coisas no lugar. Maikon Leite (sempre ele, que não pode ser suplente do Verdão) disparou pela direita e cruzou rasteiro. E aí sim Ricardo, com a calma dos bons centroavantes, só tocou e deslocou Weverton: 1 a 1, e alívio profundo para o centroavante. Afinal, o reforço e concorrente Hernán Barcos assistia a tudo das tribunas do Pacaembu.
Daniel Carvalho estreou, Assunção completou seu centésimo jogo pelo Palmeiras, e a Lusa tentou o desempate do jeito que deu. Mas a igualdade era o resultado mais justo para dois times que mostraram vontade e alguma técnica, mas que precisam de algo mais se quiserem falar em título paulista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário