terça-feira, 17 de abril de 2012

Nada é impossível': Cleimar vê, na semi, sonhos de cada atleta do Bangu

Sob comando do técnico, Alvirrubro tenta encerrar tabu de nove anos sem bater um time grande. Última vitória foi justamente sobre rival deste sábado

Por Thiago de Lima Resende, RJ
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Ainda à beira de campo, durante a vitória por 3 a 0 sobre o Resende, no domingo, Cleimar Rocha teve seu nome gritado no Estádio do Trabalhador pela torcida do Bangu. Há pouco mais de um mês no clube, o técnico se tornou símbolo da recuperação do Alvirrubro no Campeonato Carioca: com quatro triunfos, dois empates e só um revés, o comandante conseguiu uma fuga milagrosa do rebaixamento e ainda levou o time de volta a uma semifinal de turno depois de uma década. Mas, agora, ele já se depara com um novo desafio: quebrar o jejum de nove anos da equipe de Moça Bonita sem derrotar um dos quatro grandes do Rio de Janeiro.
Para o treinador, o retrospecto negativo contra essas equipes é natural pelas circunstâncias. A última vitória do Bangu sobre uma delas foi na primeira rodada do estadual de 2003, quando bateu o Botafogo por 2 a 1 (veja os lances no vídeo acima). E, justamente contra o Alvinegro,   o clube de Moça Bonita pode colocar fim ao tabu. Os dois times se enfrentam neste sábado, às 18h30m (de Brasíia), no Engenhão.
As equipes de maiores investimentos geralmente têm grandes elencos, estrutura... Isso tudo é que faz a diferença. Mas a gente vai tentar. Para esse time, nada é impossível"
Cleimar Rocha, técnico do Bangu
- As equipes de maiores investimentos geralmente têm grandes elencos, estrutura... Isso tudo é que faz a diferença no jogo de futebol. Mas a gente vai tentar. Como já tem tanto tempo, está na hora de conseguir outra vez buscar um bom resultado. Para esse time, nada é impossível - destacou o comandante, que comemorou mais a fuga do rebaixamento do que a própria classificação.
- Meu sentimento sempre foi de fazer contas, trabalhar em função de não cair. As coisas foram se encaixando aos poucos e, de partida em partida, a gente foi construindo essa história. A classificação chega como um presente e vai ser bem-vinda - garantiu.
cleimar rocha bangu (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)À frente do Bangu, Cleimar Rocha tem aproveitamento de 66,6% (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Desde que voltou à elite do Campeonato Carioca em 2009, após quatro anos na segunda divisão do estado, o Bangu enfrentou 16 vezes os grandes do Rio. Foram 13 derrotas e três empates, todos com o Botafogo, nos últimos três anos. Segundo Cleimar Rocha, a preparação para essas partidas necessita de um cuidado especial com os jogadores.
- É diferente em relação a interpretar as coisas que acontecem com os atletas. Eles ficam ansiosos pela visibilidade que eles têm, esses jogos são os sonhos de cada um deles. De certa forma, modifica um pouquinho o comportamento. Mas o trabalho da comissão técnica é como qualquer outro: ver os defeitos do adversário para tentar explorar, evitar que tirem proveito dos nossos defeitos, da escalação, da forma de jogar... - observou.
Série D do Brasileiro ainda não está em pauta
Melhor colocado do Carioca entre as equipes que não figuram nas quatro principais divisões do futebol nacional, o Resende ainda não tem sua vaga na Série D do Brasileirão garantida. Caso o Bangu conquiste a Taça Rio, o regulamento dá a classificação ao Alvirrubro de Moça Bonita. Surpreso com a possibilidade, Cleimar Rocha lembra que é difícil se manter financeiramente na quarta divisão e que o assunto dependeria da diretoria.
- A gente não pensou ainda nessa situação. Deixo isso mais por conta da diretoria, se o regulamento interessar. A Série D é muito complicada de participar. Você tem que ter investimentos, não tem apoio nenhum. Então, às vezes, você consegue a vaga, mas não tem como se sustentar num campeonato daqueles - concluiu.

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