sábado, 5 de maio de 2012

Após um ano e meio afastada, Angela Park diz que volta ao golfe 'por amor'

Atleta, que tinha deixado o esporte para trabalhar como recepcionista de hotel nos EUA, se mostra feliz com o retorno e pensa nos Jogos de 2016, no Rio

Por Igor Christ Rio de Janeiro
Filha de coreanos, Angela Park deixou o Brasil com 8 anos para morar nos Estados Unidos com o pai e o irmão. Lá, se tornou uma das melhores golfistas do mundo e, em 2007, com 18 anos, ganhou destaque ao conquistar o vice-campeonato do US Open, um dos quatro torneios mais importantes do circuito mundial. Apesar de todo o sucesso, a atleta se afastou dos gramados por um ano e meio, em 2011, período em que virou recepcionista num hotel em Los Angeles, na Califórnia (EUA).
Angela Park golfe (Foto: AGIF/Divulgação)Paranaense Angela Park volta ao golfe depois de um ano e meio afastada (Foto: AGIF/Divulgação)
O retorno aos torneios profissionais aconteceu neste sábado, na quarta edição do LGPA Brasil Cup 2012, que está sendo realizado no Clube Itanhangá, no Rio de Janeiro. Aos 24 anos, a paranaense de Foz do Iguaçu, que tem origem coreana e dupla cidadania (americana e brasileira) e já acumulou mais de US$ 2 milhões na carreira, diz já estar motivada novamente e traça planos no esporte.
É uma honra saber que as pessoas confiam no meu potencial para defender o Brasil nas Olimpíadas. Isso me dá confiança e orgulho"
Angela Park
- Estou feliz de retornar aqui no Brasil, pois senti o carinho do público. Isso é uma forma de incentivo até para seguir treinando forte. Eu aprendi bastante nesse período em que fiquei fora. Jogando bem e com tão pouca idade, eu não percebia isso. Mas hoje eu já consigo dimensionar tudo o que a minha carreira representa. Eu não amava mais jogar golfe, porém estava sentindo muita falta de bater uma bolinha e competir. Eu queria ver como era a vida normal das pessoas. Eu jogo porque gosto muito do que faço. O amor (pelo golfe) voltou maior ainda e quero seguir no esporte - disse Angela.
Nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, o golfe retornará ao quadro olímpico depois de mais de cem anos. É a oportunidade perfeita para Angela representar o país diante do torcedor brasileiro.
- Sinto falta de jogar bem e sei que posso melhorar, seja aqui no Brasil ou nos Estados Unidos. É uma honra saber que as pessoas confiam no meu potencial para defender o Brasil nas Olimpíadas. Isso me dá confiança e orgulho, mesmo sem saber se irei representar o país ou não - disse a golfista.
Brasileiras não vão bem no primeiro dia de competição
No primeiro dia do LPGA Brasil Cup, o circuito profissional feminino, Angela terminou com três tacadas acima do par do campo. As outras duas brasileiras, Victoria Alimonda e Luciana Bemvenuti também não tiveram um bom dia e encerraram, respectivamente, com 2 e 8 tacadas acima do par.
A francesa Karine Icher e a tailandesa Pornanong Phatlum, ambas com sete tacadas abaixo do par do campo, terminaram empatadas neste sábado, na modalidade stroke play, 36 buracos. O evento terminará neste domingo com a rodada final a partir das 8h.
- Joguei mal, tenho que reconhecer isso, mas me diverti muito no gramado - disse Angela.

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