sexta-feira, 15 de junho de 2012

'Me senti traído', diz Rudimar Fedrigo sobre biografia de Anderson Silva

Citado como pessoa 'má', empresário obtém liminar na Justiça para retirar
o livro de Spider de circulação. Ele pede indenização por danos morais

Por Fernando Araújo Curitiba
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Rudimar Fedrigo (Foto: Rudimar Fedrigo/Arquivo Pessoal)"Isso é muita ingratidão e uma grande covardia"
(Foto: Rudimar Fedrigo/Arquivo Pessoal)
“Eu me senti traído. Foi uma decepção e uma dor muito grande, como chorar sem lágrimas”. As palavras são de Rudimar Fedrigo, proprietário da academia Chute Boxe, com sede em Curitiba, sobre o impacto sofrido quando leu os trechos do livro de Anderson Silva , “Anderson Spider Silva – O relato de um campeão nos ringues da vida", que tratam da relação dos dois.
Na última quarta-feira, Fedrigo obteve liminar na 14.ª Vara Cível do Foro Central de Curitiba que retirou o livro de circulação. A determinação da Justiça prevê multa diária de R$ 300 por exemplar não retirado, após dez dias da notificação à editora. A liminar vale para todo o país. Além de uma indenização por danos morais, ele pede que os trechos em que é citado sejam retirados.
Em seu livro, Anderson cita o professor de Muay Thai e fundador da academia como uma pessoa do “mal”, questiona sua faixa preta e o acusa de tentar prejudicá-lo por várias vezes em sua carreira. Rudimar e o atual campeão dos pesos-médios do UFC se conheceram no início dos anos 2000, quando Silva foi treinar em sua academia.
O que mais me surpreende é que ele nunca demonstrou nada. Minha relação com o Anderson sempre foi muito boa"
Rudimar
- O que mais me surpreende é que ele nunca demonstrou nada para mim. Minha relação com o Anderson sempre foi muito boa – conta Fedrigo.
Ainda segundo ele, o último contato entre os dois aconteceu há dois anos, num hotel em São Paulo. Anderson Silva teria reconhecido Fedrigo e o cumprimentou.
- Ele veio e me chamou de mestre. Fez o cumprimento do Muay Thai colocando as duas mãos juntas à frente e abaixando a cabeça. Na minha frente, nunca falou nada.
Segundo Fedrigo, Silva chegou já como lutador pronto em sua academia, mas com poucas chances no circuito de lutas. Por isso, usa palavras fortes para descrever a sua decepção.
- Isso é muita ingratidão e uma grande covardia. Ajudei muito no começo. Fui o primeiro cara que o levou para uma luta fora do país, que arranjou sua primeira locomoção. Ele nunca pagou uma mensalidade em minha academia.
O empresário pede uma indenização por danos morais pelas declarações que estão no livro, como não ter faixa preta, e alega que as insinuações podem trazer prejuízo para sua imagem e a de sua academia.
- Fui graduado como grão mestre pela Associação Brasileira de Muay Thai. Como não tenho faixa preta? Isso pode denegrir a minha imagem e me trazer muitos prejuízos.
Segundo Hélio Sussekind, dono do selo Primeira Pessoa, responsável pelo lançamento do livro, a Editora Sextante ainda não recebeu a notificação da Justiça. Enquanto não receber a notificação, os exemplares não serão retirados das livrarias. A editora pretende se pronunciar oficialmente uma vez que a notificação for recebida.
Anderson Silva e Rudimar Fedrigo (Foto: Rudimar Fedrigo/Arquivo Pessoal)Anderson Silva (com troféu), Wanderlei Silva e Rudimar Fedrigo (Foto: Victor Hugo C.Leite/Arquivo Pessoal)

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