Ilustre torcedor do Vasco, Carlos Drummond é homenageado em feira
Poeta é autor da frase: "Não digo que sou um vascaíno doente, pois doente é quem não é vascaíno" reproduzida pelos torcedores do clube
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Mestre na arte de referenciar seus ídolos, o poeta ficou marcado após reproduzir frases como: “o extraordinário, o difícil não é fazer 100 gols como Pelé e sim um gol como Pelé”. O acervo de suas crônicas sobre o esporte foi transformado no livro “Hoje é dia de futebol” organizado pelos seus netos Luís Maurício e Pedro Augusto Granã Drummond e com prefácio de Pelé.
Apesar de assumir publicamente sua paixão pelo Vasco, Drummond também foi reverenciado em outras equipes do futebol como o Botafago, após publicar em 1983 uma homenagem ao ídolo Mané Garrinhca.
- Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho - dizia na crônica.
Para Carlos Secchin, imortal da Academia Brasileira de Letras, Drummond era um poeta múltiplo, com um talento para acompanhar e reproduzir as mudanças do mundo.
- Drumond acompanhou as transformações da vida social, política literária brasileira com espécie de uma antena fina captando todos os movimentos e respondendo a eles. Se me perguntarem quem é melhor Pelé ou Maradona eu respondo, Drummond - disse em entrevista ao ‘Tá na Área”.
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